Os perigos do uso rotineiro dos fones de ouvido

Professor do Mackenzie destaca riscos e modos de prevenção

24.01.202418h44 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Os perigos do uso rotineiro dos fones de ouvido

Nos últimos anos, os fones de ouvido se tornaram um companheiro inseparável das pessoas. Seja para prática esportiva ou simples lazer, o objeto apresenta diversos designs, cores e tipos, que podem melhorar a performance musical. Certamente, os fones de ouvido mudaram completamente a maneira como ouvimos e consumimos músicas.

Entretanto, o uso prolongado dos fones pode apresentar riscos, afinal, ele fica diretamente inserido nos ouvidos, um órgão importante e sensível no corpo humano. Conversamos com o médico e professor de Otorrinolaringologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), dr. José Fernando Polanski, que alertou sobre os perigos do uso frequente de fones de ouvido. 

Contrariando a crença comum, o risco não discrimina idade, mas sim comportamentos. “A possibilidade de lesão está associada a três fatores: o volume ou intensidade, ao tempo de uso diário e a frequência com que isso ocorre”, afirma Polanski. 

O professor ressalta os perigos dos fones pequenos. “Eles ficam diretamente no conduto do ouvido, chamados auriculares ou intra-auriculares, não conseguem esse tipo de vedação. Por isso, o usuário tende a ouvir com uma intensidade maior, aumentando a chance de lesão”.

Existem fones que têm maior segurança: aqueles que envolvem toda orelha, chamados de circumaurais, ou aqueles que ficam sobre a orelha, mas sem envolvê-la totalmente, os supra-auriculares. “Esses fones maiores conseguem, por causa da sua vedação, bloquear os ruídos externos, diminuindo a intensidade do som necessária para se ouvir com nitidez e com isso trazendo mais segurança”, aponta Polanski. 

Mais recentemente, foram lançados modelos de fones com uma tecnologia de cancelamento ativo de ruído (noise cancelling), que também auxiliam na segurança auditiva. “Esses fones têm a função de bloquear os sons externos de forma eletrônica. Assim, os fones mais seguros são aqueles maiores, que envolvem toda a orelha, e que têm tecnologia de cancelamento ativo de ruído”, destaca Polanski.

Entretanto, por mais que estes tipos de fones ajudem, ainda assim podem oferecer danos à saúde auricular se utilizados em volume muito alto.

Como precaução, Polanski propõe uma forma para garantir um uso seguro dos fones de ouvido, utilizando a regra dos 60: o volume com 60% da intensidade máxima do aparelho por no máximo 60 minutos ao dia. “A intensidade do aparelho a 60% do seu máximo é o suficiente para se ouvir com satisfação e clareza o som e a música. 60 minutos seria um tempo de uso considerado seguro”. 

O professor, chama a atenção aos sinais de alerta para alguém que pode estar com audição danificada por conta do uso dos fones de ouvido. “Sensação de ouvido entupido e zumbido, são sinais de alerta para problemas auditivos. Nesses casos, a pessoa deve procurar o atendimento de um médico otorrinolaringologista”, enfatiza.