FAU Mackenzie cria programa de apoio às comunidades afetadas pela covid-19

Alunos e professores apoiam associações e entidades que atuam nos territórios vulneráveis de São Paulo

23.11.202010h58 Comunicação - Marketing Mackenzie

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FAU Mackenzie cria programa de apoio às comunidades afetadas pela covid-19

Idealizado por professores e alunos da graduação e pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, o Programa de Extensão "FAU+D Mackenzie ACOLHE" tem como objetivo minimizar os impactos da covid-19, apoiando comunidades, associações e entidades, que atuam nos territórios vulneráveis do município de São Paulo.

Construído a partir do entendimento do papel social das universidades e da necessidade urgente de atuação junto à desigual realidade social e urbana brasileira, necessidade exacerbada pela pandemia do início do ano de 2020, o  programa se estrutura em quatro eixos.

O primeiro é o de Apoio e arrecadação, responsável pelo mapeamento e organização do cadastro das famílias residentes nos territórios vulneráveis e aptas a serem beneficiadas pelos demais eixos, além de organizar as campanhas de arrecadação. Comunicação é o segundo, no qual acontece o desenvolvimento do material informativo e educativo referente à pandemia, divulgado em redes sociais ou demais meios de comunicação, que serve de apoio às associações e entidades.

Já o eixo de Projeto é encarregado de elaborar projetos e estudos diversos ligados às necessidades das comunidades vulneráveis, sejam equipamentos, mobiliários e/ou espaços para redução dos riscos de contágio da doença; e, por fim, o de Economia Solidária, responsável por articular, formular e discutir conceitos de economia solidária, pensar em alternativas de economia cooperativa voltadas para o desenvolvimento local, especialmente para o empoderamento da população,  geração de renda e transformação social dessas comunidades.

Vale lembrar que no Brasil somos mais de 211 milhões de habitantes, 85% de população urbana, onde quase metade da população mora em áreas sem saneamento básico, “principalmente sem coleta de esgoto e 35 milhões não recebem água canalizada e tratada. Com a chegada da covid-19, os desafios são ainda maiores, evidenciando a necessidade de ações concretas. Atuar junto às comunidades parceiras de nosso cotidiano pareceu não só fundamental, mas, também, um compromisso obrigatório”, explica a professora Ana Paula Calvo, coordenadora do projeto. 

Comprometimento com a população 

A FAU Mackenzie prima por sua tradição enquanto escola de projeto no campo da arquitetura, urbanismo e design, por isso, é fundamental utilizar esse potencial de excelência para dar vida a um programa pautado no conhecimento construído coletivamente e em propostas de atuação junto a populações vulneráveis, levando em consideração o desafio imposto pela pandemia do novo coronavírus, que reforça ainda mais as problemáticas de uma cidade como São Paulo. 

Garantir o entendimento do papel social da profissão e as possibilidades de atuação em comunidades em situação de grande vulnerabilidade socioespacial fazem parte dos componentes curriculares e atividades de pesquisa e extensão dos cursos de Arquitetura e Design.

“Estas ações, ao longo dos anos, só foram possíveis devido aos laços e parcerias com um conjunto de comunidades e suas lideranças, associações e movimentos organizados, que nos apoiaram em cursos, workshops, estudos, debates, palestras, seminários, rodas de conversa e pesquisas, dando suporte às atividades acadêmicas desenvolvidas”, conta Angélica Benatti Alvim, diretora da FAU Mackenzie. 

O projeto, de caráter integrador e interdisciplinar, é coordenado pela FAU-Mackenzie e conta com o apoio dos parceiros: Faculdade de Direito (FDir) e o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), ambos da UPM; o Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento São Paulo (IAB/SP); a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU); a Secretaria Municipal da Habitação (SEHAB); a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), as ONGs Design Possível, Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e Habitat Brasil; a Casa Cor; o Instituto Brasiliana e o arquiteto Sérgio Sampaio, formado pela FAU Mackenzie.