Como estudar em casa com as crianças?

Compartilhe nas Redes Sociais
Na foto, uma menina ruiva, de cabelos lisos, está sentada em cima de uma mesa, lendo um livro, com outros livros do lado e muitos lápis em um potinho. A foto foi tirada em frentre a uma janela.
Planejamento e rotina ajudam pais e alunos 

08.04.2020


Em decorrência da pandemia do Covid-19, o sistema educacional tem passado por mudanças, principalmente na área do ensino-aprendizagem. As crianças estão em distanciamento social, dentro de casa e junto às suas famílias. Nesse contexto, a presença e a participação dos pais/familiares é essencial durante essa fase para otimizar o processo de ensino e permitir uma experiência enriquecedora a todos. 

Segundo Suely Duarte, orientadora educacional do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) São Paulo, os pais, além de manterem uma comunicação efetiva e constante com a escola de seus filhos, podem e devem participar do processo de aprendizagem, interessando-se por ele e interagindo, “por meio de conversas sobre o que estão aprendendo, descobrindo e que é novo, apoiando-os em suas dúvidas e dificuldades”, explica a orientadora. 

Nas escolas, os alunos seguem um planejamento educacional. Dentro de casa, não deve ser diferente. Como alerta a orientadora, é importante que os pais motivem os filhos a cumprirem a rotina diária de estudos, leituras, execução de atividades - sem esquecer de seguir as orientações on-lines passadas pela escola. Para diferenciar o lazer das atividades escolares, é necessário estabelecer horários, fazendo um cronograma e planejamento diário, no qual fique claro o objetivo de cada atividade. 

Ela assinala que também é importante ser flexível, quando necessário, para ajustar os deveres e o lazer.  A família pode criar e propor jogos coletivos que estimulem a mente e o físico, como contação de histórias, leituras compartilhadas, pinturas, trabalhos manuais, receitas na cozinha, etc. “Para depois refletirem juntos sobre o conteúdo”, completa. 

Suely ainda explica a importância de se trabalhar a saúde mental e física durante o distanciamento social e explicar para as crianças a realidade sobre a pandemia. “Este é o momento para sermos claros e objetivos em nossas conversas, sendo sensíveis à capacidade de compreensão de cada faixa etária, sem alardes e desespero. Precisamos encarar a realidade, com fé e esperança - fazendo nossa parte individualmente e coletivamente”, pontua.

Por fim, o movimento que estimula o distanciamento social, com o objetivo de diminuir a curva de transmissão do novo coronavirus, também pode ser visto e encarado como uma oportunidade para fortalecer laços, por meio do diálogo e carinho. 


Related News