Irmãos mackenzistas ganham prêmios em competição de Artes nos Estados Unidos

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Família Rédua se destaca em produção de vídeo e artes visuais em disputa da Universidade de Yale

11.03.2020 Nossos Talentos


Os irmãos mackenzistas Raquel (17) e Rafael Rédua (13), alunos do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília (CPMB), foram vencedores da competição de artes na 46ª edição da Yale Model United Nations (YMUN), realizada entre 23 e 26 de janeiro, na Universidade de Yale, localizada na cidade norte-americana de New Haven, em Connecticut. 

Raquel, conquistou a primeira colocação na categoria vídeo, escolhida pelo júri colegiado da instituição. O irmão ficou em segundo lugar na categoria artes visuais, por escolha popular, em votação realizada no Facebook. “Eu fiquei bastante feliz e impactada, foi um misto de emoções”, disse a aluna da 3ª série do Ensino Médio. “Quando soube do resultado, achei que era uma brincadeira, não consegui acreditar”, acrescentou Rafael. 

O tema da disputa artística foi Conectando Ideias, Conectando Culturas e despertou nos jovens uma reflexão sobre o relacionamento das pessoas, incluindo a influência dos meios tecnológicos e digitais de comunicação no convívio humano, especialmente na faixa etária dos competidores, com os meios tecnológicos e digitais de comunicação.

As ideias retratadas artisticamente e os conceitos que as sustentaram foram fundamentadas nas aulas, programas e atividades do CPMB, nos debates entre os colegas de turma e pelas provocações feitas pelos professores, em sala de aula, como destacaram os irmãos. “Em uma tarefa proposta no CPMB, eu e um colega discutimos sobre como as pessoas podem estar conectadas a vários lugares, ao mesmo tempo, hoje em dias”, disse Rafael, responsável por uma das melhores obras da exibição artística.

Raquel fez um vídeo em que critica a nova experiência de convivência entre jovens da sua geração. O roteiro, classificado por ela como “simples”, traduz uma situação complexa, construída pela inserção das inovações digitais no cotidiano dos adolescentes. “As amigas chegam na sorveteria para conversar, tiram uma foto e depois ficam só mexendo no celular, sem dar atenção umas para as outras. Na sequência, todas vão embora, uma por uma, quase que sem se falar, e mostram a superficialidade da relação digital, devido à interação com o celular. Elas postam a foto, interagem com a rede, mas não se comunicam entre si, pessoalmente”, explica a mackenzista, que já havia ganhado, em 2019, o prêmio “Cidadã Global”, também na Competição de Artes

A proposta do vídeo foi concebida para um projeto da ExpoMack, a Feira Cultural do CPMB, que ocorre no 2º semestre de cada ano. Raquel e mais quatro amigas (Ana Beatriz Farias, Ana Clara Reis dos Santos, Julia Caetano Almeida e Letícia de Sousa Pereira), que são as atrizes do vídeo e também participaram da elaboração do enredo, ficaram responsáveis por apresentar um produto (vídeo) dentro da temática “Internet, Redes Socias e Comunicação”, do segmento “Linguística” da Feira Cultural. “Conversando com as meninas sobre o que apresentar em vídeo sobre um tema tão vasto, com tantas possibilidades, em um vídeo de seis minutos, que embora seja pouco tempo para falar sobre tudo e bastante tempo para um vídeo, nós decidimos abordar como a tecnologia interfere nos relacionamentos entre as pessoas, muitas vezes as afastando”, comentou a mackenzista

Já o irmão dela, desenhou uma pessoa em um momento pensativo. Neste pensamento retratado, eram circulados lugares e outras pessoas que o personagem já conhecia, mesmo sem tê-los encontrado pessoalmente., uma analogia ao fato de a internet e as novas tecnologias da informação possibilitarem um acesso virtualizado a outros universos, simulando ou até substituindo o contato físico, pessoal, com determinada região ou pessoa. A ideia era representar o novo contexto de conectividade entre pessoas e localidades de todo o planeta. E destacar a facilidade dessa operação. “Uma mesma pessoa pode estar conectada a vários lugares e pessoas, bem como vários lugares e várias pessoas podem estar conectadas a uma pessoa”, explicou o aluno do nono ano do Mackenzie Brasília. 

Os irmãos Rédua serão premiados em Brasília, com presentes da Universidade de Yale, um certificado e uma solenidade especial para anunciar o seu feito. “Eu acredito que o CPMB abriu as portas para mim em muitas coisas, eu já entrei aqui pensando no InterMack e no InMack, no quanto essas propostas são sensacionais. Coisas que eu nunca tive antes. Outras formas de ensinar e de nos inserir em debates importantes, como a discussão sobre redes sociais, tecnologia, relacionamentos, que eu acabei levando pro vídeo”, acrescentou Raquel.

Os alunos eram parte da comitiva formada por quatro mackenzistas, acompanhada pela coordenadora da Educação Internacional do CPMB, Erika Zaidan, que participou da tradicional simulação de crise da ONU, em Yale, com mais de 1.900 estudantes de todo o Planeta. A Competição de Artes, bem como outras concorrências intelectuais, ocorre concomitantemente, no espaço da Universidade, dentro da programação do YMUN. 

Para Erika Zaidan, a viagem foi triplamente importante. “Primeiro pela oportunidade de estar naquele ambiente, aprendendo, conhecendo uma outra cultura acadêmica, trocando informações e aplicando conteúdos que eles aprendem no Colégio. Depois, pelo reconhecimento da produção deles. Eles levaram reflexões importantes para a nossa realidade, representadas artisticamente, com muita competência e oferecendo ainda mais espaço para o debate sobre as problemáticas trazidas. E em último lugar, mas não menos importante, a possibilidade de trabalhar a pesquisa acadêmica, a capacidade de discursar em público, a ética e respeito nas relações, o trabalho em equipe, a negociação entre outras questões que são cobradas e exercitadas em uma simulação da ONU. Nós estamos muito felizes pelo que fizemos na YMUN e pelas vitórias dos Rédua”, concluiu a coordenadora.