Emoções e saudades: Encontro Para Sempre Mackenzista 2023

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Evento contou com atrações musicais, teatrais, espaços de convivência, sorteios, brindes e visitação para antigos alunos 

14.11.2023 Para Sempre Mackenzista


No sábado de céu azul, dia 11 de novembro, mais de mil mackenzistas estiveram no campus Higienópolis para o Encontro Para Sempre Mackenzista 2023. O evento reuniu antigos alunos do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), em um momento repleto de emoções, lembranças e conexões renovadas que contou com mais de 1.500 inscritos. 

A recepção teve café da manhã em um ambiente descontraído para relembrar histórias que se tornaram preciosas ao longo dos anos; visita aos prédios e laboratórios, que trouxe não apenas o reconhecimento de espaços familiares, mas também a oportunidade de vislumbrar as inovações e transformações que moldaram o Mackenzie ao longo do tempo. Além disso, um estúdio do MackPlay foi montado para que os mackenzistas compartilhassem suas boas histórias na plataforma audiovisual do Mackenzie; os visitantes ainda receberam brindes e concorreram a sorteios de livros da Editora Mackenzie. 

Erika de Aquino Borges, antiga aluna da pós-graduação lato sensu da UPM, que se formou em 2010, diz que caminhar pelos mesmos espaços de mais de dez anos antes é um prazer inigualável e que faz com que a conexão com o Mackenzie “seja sem fim”, nas palavras dela. A mackenzista destaca a importância que os professores tiveram em sua vida e formação, pontuando a qualidade e o carinho de cada um. 

“Além disso, não posso deixar de falar da biblioteca do Mackenzie. Na primeira vez em que ali entrei, aí sim eu tive a certeza de que estava em uma universidade de verdade, um centro de conhecimento. Adorei o encontro e só digo que: um dia de Mackenzie é para ser lembrado para sempre”, afirmou Erika emocionada. 

Os psicólogos Priscila Hara, que se formou em 2007 e depois realizou uma pós, concluída em 2014, e Ricardo Souza, formado em 2010, falaram um pouco sobre a mistura daquilo que se transformou e do que permaneceu desde que estudaram no Mackenzie. 

“São muitas memórias desbloqueadas, é muito bom passar por esses locais”, disse Ricardo. “Eu era do interior, então quando vim para São Paulo, tive de enfrentar muitas mudanças e isso me trouxe mais apego e carinho pelo Mackenzie, especialmente dos amigos que fizemos aqui e que ficaram para vida”, complementou Priscila. 

Fátima Nehmi, que se formou em Desenho Industrial em 1985, comentou que a sensação de estar de volta ao campus é muito boa. Ela se lembra que, em sua época de formação, as aulas de Educação Física eram obrigatórias a todos os cursos e olha com curiosidade para esse incentivo do Mackenzie ao esporte e saúde.  

Janette Minkoves estudou desde o primário no CPM, tendo iniciado na chamada Escola Americana por volta de 1960. Percorrendo as salas do Colégio ela ri dizendo que se lembra dos professores que davam bronca quando ela “aprontava muito”. Mackenzista de carteirinha, Janette disse que cursou Direito na UPM, tendo entrado em 13º lugar entre os aprovados. “Estava preparadíssima”, afirmou ela, que se formou em 1976. 

Como morou nos EUA por cerca de 20 anos, ela conta que fez poucas visitas ao Mackenzie, mas que não poderia perder essa oportunidade ao longo do encontro. “Na minha época de estudos, passei muitas horas na biblioteca central e entrar lá novamente foi incrível, pois como tudo está preservado, era como estar numa cápsula do tempo”, pontuou. 

Ela, que teve irmãos mackenzistas também, lembra que participou do diretório acadêmico em sua época de faculdade e contou que trazia seu violão e fazia rodas de músicas com os colegas no intervalo das aulas. “Eu estudava, almoçava, passava praticamente o dia todo aqui, e puxava a ‘bagunça’ da música”, relembrou Janette com alegria. 

Atrações e memórias 

Um dos pontos altos foi o encontro no tradicional auditório Ruy Barbosa que, lotado, teve falas institucionais de gratidão do presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), Milton Flávio Moura; do diretor de Educação do IPM, José Paulo Fernandes Jr.; do reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos; do coordenador do Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), Eduardo Abrunhosa, que esteve representando o chanceler da instituição, Robinson Grangeiro Monteiro; e do pró-reitor de Extensão e Cultura (PREC) da UPM, Cleverson Pereira de Almeida. 

“A casa é sua e acho que vocês se sentem assim aqui. Sempre me pergunto o que faz de vocês mackenzistas e sei que todos nós valorizamos o conhecimento, mas não só isso, viver com vocês é bom, é diferente. Como mantenedor, o IPM tem o papel de cuidar e de servir vocês, e desejamos seguir dessa forma. Obrigado por este dia e por fazerem parte da nossa história”, afirmou o presidente do IPM. 

Para o diretor de Educação, o destaque foi para a felicidade compartilhada, “e aqui no campus hoje vimos muito isso. Pessoas relembrando os locais, vendo o crescimento da instituição, saibam que cada um aqui contribuiu para isso. Gratidão é a memória do coração e somos gratos a cada um”, adicionou ele. 

“É um prazer tê-los aqui e sentimos saudades de vocês. Uma instituição viva não depende apenas de infraestrutura, de laboratórios e tecnologia, mas sim de pessoas, por isso vocês são o Mackenzie”, disse o reitor da UPM, convidando os antigos mackenzistas a fazerem parte da plataforma Alumni.

De acordo com Abrunhosa, o papel da Chancelaria é representar a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) e fazer com que o trabalho esteja alinhado à missão do Mackenzie. “Educação se faz pelos livros, avaliações, mas especialmente pela conduta e pelo exemplo. A vida cristã é centralizada no outro e não em si mesmo, pois ser um bom profissional é, acima de tudo, estar a serviço do outro, da sociedade, do bem”, assinalou ele. 

Entre outros destaques, o pró-reitor da PREC agradeceu a todos os presentes, em especial ao Gerente do Programa Para Sempre Mackenzista, Ciro Aimbiré; e à coordenadora do Programa de Acompanhamento de Egressos da UPM, professora Camila Ferrara Padin. 

Na sequência, destacou que o espírito mackenzista é “um acervo moral e material da instituição, é difícil defini-lo, mas o sentimos. Lembrando Santo Agostinho, ‘se ninguém me perguntar o que é, eu sei, se perguntarem, não sei mais”, adicionou Almeida. 

Logo após as falas, os mackenzistas receberam de presente o Almanaque Bossa Nova, espetáculo que celebra os 60 anos de um dos primeiros shows do estilo musical em solo paulistano, realizado no mesmo auditório Ruy Barbosa. Com organização da Coordenação de Arte e Cultura (CAC) da UPM, o musical é uma viagem nostálgica, relembrando os grandes sucessos e a influência desse movimento que marcou época. O espetáculo conta com performances emocionantes, arranjos musicais cuidadosamente elaborados e a energia contagiante do Coro Jovem Cênico Mackenzie e da participação da Banda CAC, turma 1 de teatro do Mackenzie e outros convidados. 

Encontro Para Sempre Mackenzista 2023 foi mais do que uma simples reunião de antigos alunos, foi uma oportunidade de se reconectar ao passado, reviver memórias e celebrar a história compartilhada. Como disse Abrunhosa ao se referir aos registros do Centro Histórico e Cultural do Mackenzie, “vocês que já são parte da história, estão fazendo história novamente, pois esse Encontro será parte dos registros do nosso CHCM”, concluiu.