Mulheres mackenzistas para se inspirar

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Conheça seis personagens históricas que foram fundamentais para a instituição

10.03.2023 Cultura


O Mackenzie sempre foi pioneiro em diversas áreas, impactando a sociedade por meio de sua atuação. Ao longo de seus mais de 150 anos, diferentes mulheres marcaram a história da instituição e, na semana em celebramos o Dia Internacional da Mulher, selecionamos seis personagens femininas que fizeram a diferença e que ainda hoje inspiram toda a comunidade mackenzista.

Mary Ann Annesley Chamberlain

Precursora da história do Mackenzie, Mary Ann Annesley Chamberlain abriu as portas de sua casa para ensinar crianças que não pertenciam à elite paulistana da época. A missionária norte-americana misturou as classes para aulas sem fazer distinção entre filhos de escravos, livres, estrangeiros, meninos e meninas. A escola teve seu início em 1870, diferenciando-se pelo método educacional e pela inclusão. Mary Ann era a favor da educação e formação integral do seu humano criado à imagem e semelhança de Deus, missão que até hoje permanece como norte do Mackenzie. A Escola Americana, como era conhecida na época o colégio, recebeu a visita de Dom Pedro II que, impressionado com o ensino, ajudou para que a escola ganhasse maior potência. 

Maria Antônia da Silva Ramos 

Uma das ruas ao redor do campus Higienópolis recebe o nome de Maria Antônia, uma mulher que não estudou na instituição, mas teve papel fundamental para o crescimento do Mackenzie. A herdeira de terras da região da Consolação vendeu parte de sua propriedade, por um valor simbólico, ao reverendo George Chamberlain, marido de Mary Ann. O terreno corresponde, atualmente, à parte tombada do campus, incluindo o prédio 1 que abriga o Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), instância responsável por manter e conservar a história mackenzista e de onde grande parte das informações deste texto vieram. 

Adelpha Silva 

Nascida no interior de São Paulo, Adelpha Silva Rodrigues de Figueiredo foi uma das primeiras bibliotecárias do Brasil e iniciou sua vida profissional como professora na Escola Americana. A paixão pelos livros a levou para o curso de Biblioteconomia, na cidade de Nova York. Ao voltar para o Brasil, trabalhou na biblioteca George Alexander, no prédio 2, e implementou o sistema dewey de catalogação, considerado inédito para a época. 

Esther de Figueiredo

A primeira mulher da América Latina a comandar uma reitoria quando assumiu o cargo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), também foi a primeira a assumir o cargo de ministra do Brasil, na pasta de Educação, entre 1982 e 1985. Esther de Figueiredo era advogada e professora, mas extremamente talentosa para as artes, especialmente a música, com o piano, e a poesia. Impactante para a história da instituição e do país, Esther ainda hoje inspira mulheres, como a mackenzista Louise Diório, que produziu em 2021 o livro Eternas Falas de Esther de Figueiredo Ferraz, um livro-reportagem biográfico sobre a personagem.

Chu Ming Silveira

Nascida na China e formada em Arquitetura na UPM, em 1964, ganhou destaque no design brasileiro e mobiliário urbano mundial. Foi também a criadora do protetor telefônico, conhecido como “orelhão”, desenvolvido durante o período que chefiou o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira. Considerada um sucesso, a criação de Chu Ming Silveira ganhou projeção em diferentes países, incluindo Moçambique, Angola, Peru, Colômbia, Paraguai e China.

Anita Malfatti

Uma das responsáveis pela Semana de Arte Moderna de 1922, Anita Malfatti foi aluna e professora no Mackenzie até a década de 1930. Com originalidade e inovação, a artista era responsável pelas oficinas de artes da Escola Americana e do Mackenzie College, precursor da UPM, além da disciplina de Educação Artística da Escola-Normal Superior. Anita usava em sala de aula conceitos artísticos tradicionais e do Modernismo, priorizando também o aprendizado técnico ao longo do processo pedagógico. 

Esta matéria foi produzida com informações do Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM) e com base no texto da jornalista, Louise Diório.

Na foto da capa: sede da Escola Americana ainda na São João, em 1876.


Mary Ann Annesley Chamberlain. FOTO: acervo CHCM


Adelpha Rodrigues. FOTO: acervo CHCM


Chu Ming. FOTO: acervo familiar, cedido por Djan Chu