Mackenzie Brasília aposta em ensino diferenciado para amenizar os efeitos da pandemia na Educação

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Processo de aprendizagem transformado oferece ensino consistente e atual

06.04.2022


Apostando em uma metodologia dinâmica, o Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), unidade Brasília promove mudanças na Educação Básica para familiarizar os alunos com a nova (ou velha, para alguns) rotina de aulas presenciais. A proposta é adequar o ensino e tornar mais confortável o ambiente escolar.

Os professores buscam levar para a sala de aula um planejamento moderno que mitigue as consequências da mudança na vida dos estudantes. “Adotamos uma formação ativa que difere muito daquele antigo modelo de estudo”, explica Giuliana Silva, educadora especialista em alfabetização do Ensino Fundamental I.

O corpo docente tem sido capacitado para oferecer uma abordagem multissensorial que preencha as lacunas que possam ter ficado no meio do caminho. Principalmente para as crianças que estão nos seus primeiros anos de alfabetização.

Além disso, os educadores asseguram uma formação baseada em competências que vão muito além do currículo. “Há alguns casos de crianças que ainda não sabem nem como manusear uma tesoura. Tivemos de ensiná-los ou reensiná-los a pegar em lápis”, informa Giuliana.

As tecnologias foram uma “mão na roda” no período em que o ensino precisou acontecer a distância para proteger os jovens. No entanto, isso deixou muitos dependentes das telas de computador ou celulares.

Em uma visita recente à biblioteca do Colégio, a professora questionou um de seus alunos sobre o motivo de ainda não ter reservado nenhuma obra do acervo. Algo que o pequenino respondeu rapidamente dizendo não gostar de livros porque os desenhos não se mexem, como fazem na internet.

“Isto é preocupante. Não podemos mais pensar na educação como era antes da pandemia”, comenta Giuliana. “Estamos apresentando um conteúdo interativo e que se aproxime da realidade em que eles viveram nos últimos dois anos. Trata-se de uma forma de deixar mais divertido o saber do dia a dia”, diz.

Como uma das ferramentas adotadas pelos profissionais, está o método conhecido como gameficação, que consiste na adesão de táticas lúdicas que instiguem os jovens a participar ativamente do percurso educacional. Ganhando destaque na pedagogia moderna, a técnica difere da aprendizagem comum por estimular o interesse do aluno com o uso benéfico das tecnologias digitais.

Formação complementar do Mackenzie

Para complementar o ensino, o CPM Brasília disponibiliza também atividades extracurriculares que incentivem os estudantes a aprimorar suas capacidades em outras áreas além da educação básica. A proposta é preparar os alunos para uma vida acadêmica completa.

Em horário contrário às aulas, os educadores ministram no Grupo de apoio Pedagógico (GAP) conteúdos já repassados na sala de aula. Após uma análise do professor e consentimento dos pais ou responsáveis, alguns estudantes são direcionados para participar das atividades que visam fortalecer o aprendizado.

No campo do esporte são mais de 13 modalidades que trabalham um estilo de vida saudável e recreativo. Os destaques estão nas equipes de natação, ginástica rítmica e saltos ornamentais, que foram premiadas em diversas categorias de competições nacionais.

Além disso, durante todo o percurso acadêmico, o aluno é incentivado a aprimorar o conhecimento linguístico. Em programas que vão da Educação Infantil ao Ensino Médio, os jovens participam de aulas que promovem o ensino de uma formação bilíngue.

A nova conjuntura do ensino

As consequências da pandemia da covid-19 continuam mesmo com a suavização das medidas de segurança após a vacinação. Os prejuízos são mais sentidos por aqueles que vão estudar presencialmente pela primeira vez. Dados da pesquisa “Educação Não Presencial na Perspectiva dos Estudantes e Suas Famílias” apontam que 76% das crianças em fase de alfabetização vão precisar de reforço.

Segundo as famílias, pelo menos dois em cada três estudantes precisarão de apoio em algum conteúdo. Para 28% dos responsáveis, a prioridade das escolas nos próximos dois anos deve ser justamente a promoção de programas de reforço e recuperação.

O levantamento foi realizado em dezembro de 2021 pelo Datafolha a pedido do Itaú Social, da Fundação Lemann e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contou com a participação, por telefone, de 1.306 pais e responsáveis de 1.850 estudantes em todo o país.