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Imigrantes e refugiados compartilham experiências em evento acadêmico no Mackenzie

Imigrantes e refugiados compartilham experiências em evento acadêmico no Mackenzie

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05.12.2025 - EM Cultura

Coordenação

"Evento “São Paulo para todos”, organizado por alunos de Jornalismo, promove diálogo sobre inclusão, cultura e desafios migratórios"

Nessa quinta-feira, 04 de dezembro, o Centro de Comunicação e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) recebeu a segunda edição do projeto “São Paulo para todos - A contribuição de refugiados e imigrantes para a nossa cidade”. Organizado pelos alunos de Jornalismo do sétimo semestre, o evento contou com uma roda de conversa com convidados de diferentes países para discutir questões relacionadas à imigração em São Paulo.

O projeto conta com o apoio do CCL Plural, grupo de estudos de diversidade e inclusão na unidade acadêmica, e foi realizado por meio de uma parceria entre a disciplina “Políticas Públicas e Direitos Humanos”, ministrada pela professora Patrícia Paixão, e o projeto do MackPesquisa “Discursos sobre refugiados no Brasil e na França - Uma perspectiva comparada sobre os desafios da interculturalidade nos processos migratórios do século XXI”, liderado pela professora Denise Paiero.

Foram convidadas a chinesa Tián Xiăolín, a nigeriana Nneka Milicent, a cubana Yanet Figueroa e Maria Stela Spolzino, vice-presidente da instituição de apoio aos refugiados Bibli-ASPA. Com os alunos, elas discutiram a vivência no Brasil e a importância do ativismo em prol dos refugiados e imigrantes.

Tián Xiăolín, da China, mudou-se para o Brasil em 2019. No evento, ela descreveu algumas experiências que teve em contato com os brasileiros e com a língua portuguesa. “Quando eu não entendo algo, os brasileiros sempre têm paciência para falar mais devagar, o que é muito bom”, diz. No momento cultural, Lynn compartilhou a importância do Ano Novo Chinês.

Nneka Milicent, da Nigéria, se formou como técnica de laboratório em 2014, mas atuou como comerciante por não ter encontrado emprego no ramo. A nigeriana relatou os desafios em ser imigrante no Brasil, compartilhando suas vivências em território brasileiro. No evento, Nneka cantou canções de seu país para encorajar os estudantes e professores presentes.

Yanet Figueroa, de Cuba, trabalhava em uma cozinha de hotel antes de vir ao Brasil. Ela compartilhou sua vivência em seu país de origem, a história de sua família e a mudança para o Brasil. “Comentaram que aqui tinha mais humanidade para viver. Todos me receberam bem”, diz Yanet. No momento cultural, a cubana compartilhou a história da religião em seu país.

Maria Stela Spolzino, da Bibli-ASPA, apresentou a instituição em apoio aos refugiados e imigrantes. A vice-presidente introduziu os cursos oferecidos aos acolhidos, reforçando a importância do projeto.

A docente Patrícia Paixão explica a relevância do evento para o ambiente acadêmico. “Na disciplina, discutimos a empatia e a importância de conhecer a história do outro para entender a realidade dos imigrantes e refugiados da nossa cidade. Com o evento, trazemos pessoas com realidades distintas que se cruzam. É importante ouvir essas pessoas e entender que cada um tem sua própria história”.