Ceará cai de 9º para 11º do País em liberdade econômica, aponta Mackenzie

15.06.202100h00 Centro Mackenzie de Liberdade Econômica

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Ceará cai de 9º para 11º do País em liberdade econômica, aponta Mackenzie

O índice é uma medida relativa de desempenho dos estados, com foco em avaliar as condições para empreender em cada unidade federativa brasileira e o grau de interferência governamental

O Ceará se encontra na 11ª posição, dentre as 23 unidades da Federação do País pesquisadas no Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual (IMLEE) 2020. Apesar de ter aumentado de 7,39 pontos em 2019 para 7,69 no ano passado, a colocação do Estado piorou, pois antes era o 9º do Brasil.

O IMLEE varia de zero (menos liberdade econômica) a dez (mais liberdade) e é uma medida relativa de desempenho dos estados, com foco em avaliar as condições para empreender em cada unidade federativa brasileira e o grau de interferência governamental.

A ideia é fomentar o debate sobre a liberdade econômica no Brasil, estimular a adoção de políticas públicas que ampliem a liberdade econômica e permitam maior crescimento e prosperidade da economia brasileira e de seus cidadãos. O ranking foi desenvolvido pelo Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) e compara as jurisdições estaduais do Brasil.

No relatório de 2020, com dados 2018, Maranhão fica em último colocado geral, com 6,81 pontos, representando uma queda se comparado com o índice de 2019, quando teve 7,03. Já o penúltimo lugar, Piauí (6,96), e o antepenúltimo, Rio Grande do Sul (7,10), apresentaram aumento nos pontos, mas não o suficiente para sair das posições ruins.

Nos primeiros lugares ficam Roraima, com 8,92 pontos (ante 7,25 em 2019); São Paulo em segundo com 8,45 pontos (7,71 em 2019); e Espírito Santo em terceiro com 8,34 (7,79 no relatório anterior).

Avaliações

Conforme o coordenador do CMLE, professor Vladimir Fernandes Maciel, o que atrapalha um estado como o Rio Grande do Sul é a idade de fundação, com grande presença de funcionários públicos aposentados, o que pesa na avaliação fiscal do índice e interfere na nota.

É o que acontece ao contrário com Roraima, em primeiro lugar no ranking, que é uma unidade federativa muito mais nova e não tem esse impacto.

Além disso, segundo a análise, o Rio Grande do Sul vem há anos lidando com governos despreparados, que não aprimoram a infraestrutura da região e acabam impactando o desejo de empreender na Região. Situação semelhante em Minas Gerais, que também amarga a parte debaixo do ranking.

Para o professor Maciel, alguns acabam se mantendo bem colocados por conta de políticas associadas à liberdade econômica, como o Espírito Santo. E outros, como São Paulo são polos de trabalhadores qualificados ou esforçados que chegam para o estado em busca de oportunidade ou dispostos a criarem a própria oportunidade.

"O contrário também é verdadeiro, visto que Piauí e Maranhão por serem estados com pesada máquina pública, costumam sofrer com esse êxodo de cérebros", detalha.

 

Brasil

De modo geral, o IMLEE mostra que houve aumento generalizado na liberdade econômica do País, com apenas três estados em queda na pontuação. Prova disso é que a nota média do conjunto das unidades federativas do Brasil cresceu para 7,66 quando era 7,09 no relatório de 2019.

Na análise do professor Maciel, houve um ligeiro aumento e compatível com a pequena melhoria que o País obteve no Economic Freedom of the World 2020 do Fraser Institute , índice mundial que também foi elaborado com base nos dados de 2018, mas o ambiente de negócios no Brasil ainda é ruim.

"Então mesmo que dentro dos estados haja um com boa pontuação, não significa que seja um ambiente amplo para empreender, e sim porque é melhor que os seus pares nacionais".

 

Cálculos

Para chegar nessas notas, o IMLEE considera três variáveis: gasto dos governos subnacionais; tributação nas unidades federativas; regulamentação e liberdade nos mercados estaduais de trabalho. Dentro de cada uma dessas dimensões, há indicadores específicos para se chegar em cada nota, que depois gera uma média simples que é o resultado de cada Estado.

 

Veja a liberdade econômica no Brasil em 2020

1 - Roraima com 8,92 pontos.

2 - São Paulo com 8,45 pontos.

3 - Espírito Santo com 8,34.

4 - Pará com 8,20 pontos.

5 - Rondônia com 8,09.

6 - Rio de Janeiro com 8,01.

7 - Alagoas com 7,86.

8 - Goiás com 7,84.

9 - Paraíba com 7,77.

10 - Amapá apresentando 7,71.

11 - Ceará com 7,69.

12 - Rio Grande do Norte com 7,66 pontos.

13 - Santa Catarina com 7,63.

14 - Sergipe com 7,59.

15 - Pernambuco com 7,58.

16 - Mato Grosso com 7,57.

17 - Tocantins apresentou 7,55 pontos.

18 - Bahia com 7,52.

19 - Mato Grosso do Sul com 7,50.

20 - Paraná com 7,33.

21 - Minas Gerais 7,26.

22 - Acre com 7,15.

23 - Amazonas com 7,15.

24 - Rio Grande do Sul com 7,10.

25 - Piauí com 6,96.

26 - Maranhão com 6,81.

Fonte:www.opovo.com.br/noticias/economia/2021/06/14/ceara-cai-de-9---para-11---do-pais-em-liberdade-economica--aponta-mackenzie.html