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Caneta de detecção de câncer pode ser adaptada para corona

Caneta de detecção de câncer pode ser adaptada para corona

14.04.2021

Coordenação

"Caneta de detecção de câncer pode ser adaptada para corona."

Ofertar um teste rápido, eficiente e com baixa margem de erro de detecção do vírus corona é o objetivo do estudo ‘Validação multicêntrica de biomarcadores diagnósticos e prognósticos de COVID-19 utilizando a nova caneta analítica MasSpec Pen e espectrometria de massas’. Desenvolvido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, em conjunto com as Universidade São Francisco (USF), em Bragança Paulista, e do Texas, nos Estados Unidos, o projeto é um dos presentes no resultado final do Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 

O trabalho pretende adaptar para o procedimento de detecção do vírus uma caneta que identifica tumores de forma imediata durante cirurgias de câncer, sem precisar de biópsia. A cientista responsável pela invenção do equipamento, Lívia Eberlin, é professora da Universidade do Texas e uma das pesquisadoras do projeto. Nos EUA, ela testa a eficiência da caneta. 

s amostras usadas na pesquisa são coletadas em dois hospitais de Bragança Paulista e enviadas para os EUA. “Em cirurgias de câncer, a caneta solta uma gota d’água ao entrar em contato com a superfície e identifica no espectrômetro de massas (material conectado à caneta que mostra as imagens) se o tecido está infectado, com uma luz vermelha, ou saudável, luz verde. O processo será o mesmo para o coronavírus”, explica Marcos Eberlin, coordenador do projeto e professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Nanomateriais e Química Aplicada na Mackenzie.

Ex-aluna de Marcos, Andréia Porcari, professora da USF, lidera o trabalho de coleta no interior paulista. Para ela, o apoio da CAPES será “fundamental ao trazer 14 bolsistas para o projeto”. Um deles é o químico Alexandre Varão. Em seu mestrado, na Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), o estudante desenvolveu um método analítico para quantificar tálio, material tóxico e abundante em Barreiras (BA) — cidade na qual estudava — no organismo. “Apesar de ser em Ciências da Saúde, o objetivo final do estudo tem tudo a ver com minha formação, é um método analítico para identificar a COVID-19. E a bolsa é o que vai me permitir focar nisso”, conta.

Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de recursos humanos de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O Programa está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.

Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. Os projetos vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.

CCS/CAPES

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