A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) realizou, no último dia 21 de agosto, a celebração dos 10 anos do Programa de Atenção e Orientação aos Discentes (PROATO). Embora a data oficial de fundação seja junho de 2015, o evento comemorativo foi realizado este mês, reunindo autoridades acadêmicas, homenageados e convidados, com destaque a palestra da professora Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (LEPED) da Unicamp, com o tema “Inclusão no ensino superior: desafios e possibilidades”.
Em sua fala, Mantoan ressaltou que a inclusão não pode ser vista como um privilégio destinado apenas a determinados grupos. “As pessoas com deficiência não são os sujeitos da inclusão, porque não são definidas por laudos ou características externas, mas por sua diferença interna, como qualquer outra pessoa”, afirmou. Para a pesquisadora, o projeto de uma universidade inclusiva deve ser interdisciplinar, envolvendo áreas como Educação, Computação e Engenharia, e considerar não apenas os alunos, mas também professores, visitantes e funcionários.
Maria Teresa Mantoan destacou ainda a necessidade de novas tecnologias assistivas. “Tecnologias assistivas são aquelas que se adaptam a condições individualizadas das pessoas no momento em que elas estão vivendo. É muito diferente”, explicou.
Durante a celebração, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Cleverson Pereira de Almeida, ressaltou o papel fundamental do PROATO no acolhimento não só de estudantes com deficiência, mas também daqueles que enfrentam dificuldades emocionais, transtornos de aprendizagem ou problemas de saúde mental. “Este programa é fundamental não só para os estudantes, mas também para os professores, que muitas vezes não foram preparados para lidar com determinadas situações em sala de aula. Ele orienta o processo educativo como um todo, numa perspectiva multi e interdisciplinar”, disse.
O reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, lembrou que o PROATO é um trabalho em constante aprimoramento e reforçou o compromisso institucional com sua continuidade. “Assumo aqui o compromisso de que a instituição continuará apoiando o programa, para que daqui a 10 anos possamos celebrar seus 20 anos”, afirmou.
A coordenadora do PROATO, professora Roseli Caldas, celebrou a data e destacou a importância do programa. “Nosso objetivo é que os estudantes ingressem, permaneçam e concluam seus cursos com a competência necessária para o exercício profissional. O mais importante é pensar na inclusão de todas as pessoas. Sinto-me feliz e honrada em fazer parte dessa história, celebrando o PROATO como uma referência em nossa universidade”, declarou.
Atualmente, o programa conta também com o trabalho essencial de sua equipe, o psicólogo Leônidas Valverde, a psicóloga e pedagoga Christiane Ramos, a assistente social Ivaneide Guedes e Gustavo Rocha na parte administrativa. O capelão universitário, reverendo Gildásio dos Reis, também integra esse grupo de apoio, auxiliando o PROATO ao lado da professora Roseli no acolhimento e suporte aos estudantes.
O evento também foi marcado por homenagens a personalidades que tiveram papel fundamental na criação e consolidação do programa. Receberam o reconhecimento o diretor do MackGraphe, Benedito Guimarães Aguiar Neto, que era reitor da UPM na época da implantação; o reverendo Davi Charles Gomes, então chanceler do Mackenzie; além dos professores Berenice Carpigiani, Rinaldo Molina e Marcos Vinícius de Araújo, responsáveis pela elaboração do projeto que resultou no PROATO. A celebração contou ainda com a presença do capelão universitário, reverendo Gildásio dos Reis, representando o chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro.












