02.01.2019 Atualidades
“A humanidade está em desvantagem perante outras criaturas que habitam o mundo. Enquanto elas se organizam em sociedades prósperas, os humanos sofrem sem defesa e oprimidos, até que estranhos sequestros de pessoas exigem uma atitude”. Esse é o ponto de partida do jogo Mana Spark, projeto que surgiu por volta de 2015 e que teve o game oficialmente lançado em setembro de 2018 para PC, Linux e Mac, e lançamento em dezembro para Nintendo Switch. Assista o teaser do jogo aqui.
Definido pelos criadores como um Role Playing Game (RPG, jogo em que você assume o papel de um personagem) de ação desafiador, com combate profundo e inimigos que podem colaborar entre si contra você, o game foi desenvolvido numa parceria entre a BEHEMUTT e a Kishimoto Studios. André Kishimoto, engenheiro de software, professor do Mackenzie e co-criador do jogo, bateu um papo com a gente* para falar mais do projeto e do mercado de games no Brasil, acompanhe a seguir.
Como é o Mana Spark e como foi a concepção do jogo?
O jogo é produzido em arte pixel e foco profundo na inteligência artificial. As batalhas do game exigem habilidade e adaptabilidade dos jogadores, pois são dinâmicas e evoluem de acordo com a maneira de jogar de cada pessoa.
Na verdade, a ideia e concepção do game foi da BEHEMUTT. Eu era amigo do Douglas Oliveira e do Ed Freitas, sócios da BEHEMUTT, e havíamos trabalhado juntos na EA Games. Eu de certa forma era um apoiador e um consultor do projeto Mana Spark desde o início. Quando a empresa ia participar de feiras e eventos na área, eu levava flyers, colaborava quando tinham dúvidas de programação, ajudando a buscar soluções e etc.
Assim, de uma maneira quase que natural, quando me chamaram para fazer parte oficial da equipe de criação, eu já estava bem envolvido e entrei de cabeça no projeto.
Quando o jogo foi lançado e como foi sua produção?
O jogo foi lançado em setembro de 2018 na plataforma Steam a um preço acessível e é para PC, Linux e Mac. Recentemente, em dezembro, a produção também ganhou espaço no console Nintendo Switch. Ao todo, acredito que foram cerca de 13 pessoas envolvidas na produção do game.
O Mana Spark é um RPG de ação num mundo fantasioso com armas brancas, florestas, cavernas e diversos inimigos. Ele lembra os games Dark Souls, The Binding of Isaac e Risk of Rain. O Ed que é game designer, adora esses jogos e teve essa influência. O desafio está na programação, pois criamos inimigos que de certa forma "aprendem" com o jogador e conseguem trabalhar em equipe, de forma colaborativa para te derrotar, então eles podem mesmo esquivar de ataques, exigindo adaptação de quem joga ao longo da jornada.
Qual a dificuldade do jogo?
Há jogadores que finalizaram o game em duas horas, outros já estão jogando há 18 horas e ainda não encontraram o “chefe” final. O legal é isso, cada um tem um jeito, uma maneira de apreciar o game, pois há muita coisa ali para descobrir e os inimigos se adaptam à maneira de jogar.
Como é o mercado brasileiro de jogos?
O mercado no Brasil ainda não é tão sólido como em outros países, mas temos iniciativas e profissionais maravilhosos que pensam e produzem games para todos os gostos, desde aplicativos para celulares até outras plataformas maiores, por assim dizer. Há espaço para os profissionais trabalharem em grandes empresas já consolidadas e também para aqueles que querem investir em iniciativas autorais.
Cada um dos caminhos vai ter seu desafio, mas o mercado de games está em franca expansão no Brasil e no mundo. Isso é muito interessante, pois alcança cada vez mais um público diversificado e gera produções para todas as plataformas e preferências.
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*André Kishimoto esteve na BGS 2018 e palestrou com seus companheiros no estande do Mackenzie durante a maior feira de games da América Latina.