
14.10.2025 Universidade
A professora Daniela Cunha, diretora da Faculdade de Computação e Informática (FCI) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), foi nomeada embaixadora do projeto Elas na IA, promovido pela Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA). O projeto tem como objetivo fortalecer a atuação de mulheres na área de Inteligência Artificial (IA) e ampliar a representatividade feminina na construção dessa tecnologia.
Para Daniela Cunha, tornar-se embaixadora é “uma honra e uma grande responsabilidade”. Segundo ela, o papel representa “o reconhecimento de uma trajetória acadêmica e profissional construída com dedicação à educação, à pesquisa e à promoção da equidade de gênero na tecnologia”. A professora explica que ser embaixadora significa “ser uma ponte entre o conhecimento acadêmico e a transformação social, inspirando e apoiando meninas e mulheres a descobrirem seu potencial na área de Inteligência Artificial e na tecnologia de uma forma geral”.
Ela acrescenta que o cargo traz responsabilidades importantes, como “atuar ativamente na criação de oportunidades, na articulação com instituições de ensino e pesquisa e na promoção de ações que tornem o ambiente da IA mais inclusivo e diverso”.
Ao comentar os desafios que ainda cercam a presença feminina na área, a diretora da FCI destaca que eles “são múltiplos e complexos”. Para ela, um dos principais é “o enfrentamento de estereótipos de gênero que ainda associam áreas como a computação e a Inteligência Artificial a perfis predominantemente masculinos”. A professora também menciona “a carência de modelos femininos visíveis e acessíveis que possam inspirar novas gerações” e “a falta de políticas públicas e institucionais que incentivem a entrada e permanência de mulheres na área, desde a educação básica até a pós-graduação”.
Ela reforça ainda que “é necessário combater o viés de gênero presente em algoritmos e sistemas de IA, o que só será possível com uma maior diversidade nos times que os desenvolvem”. Para Daniela, a superação desses desafios depende “de ações conjuntas entre instituições de ensino, empresas, associações e políticas públicas que incentivem a equidade e a inclusão”.
A docente explica que sua trajetória na UPM e na gestão da FCI foi essencial para essa conquista. “Minha trajetória na UPM e na gestão da Faculdade de Computação foi marcada por um compromisso constante com a excelência acadêmica”, afirma. Segundo ela, essa experiência possibilitou compreender “os desafios estruturais que dificultam o acesso e a permanência das mulheres na tecnologia” e também ofereceu ferramentas “para promover mudanças concretas em currículos da graduação, Lato e Stricto, de forma a promover a integração entre ensino e mercado”.
Ao deixar uma mensagem para meninas e mulheres que desejam seguir carreira na área, Daniela é enfática: “A tecnologia é um campo vasto, dinâmico e cheio de possibilidades, ele precisa de você”. Ela aconselha, “busque conhecimento, busque apoio, conecte-se com outras mulheres da área, participe de iniciativas como o Elas na IA que valorizam as suas ideias e nunca se subestime. Acredite no seu potencial e saiba que há uma rede pronta para te apoiar”.
Por fim, Daniela aponta que o futuro da área é promissor, desde que haja investimento contínuo em educação, pesquisa e inovação. “As universidades têm um papel central nesse processo, não apenas na formação de profissionais qualificados, mas também na produção de conhecimento crítico e na articulação com o setor produtivo”, observa.
A UPM está engajada e preocupada com toda esta transformação e por isso apoia e mantém o Centro Mackenzie de Inteligência Artificial (IAM).






