
23.10.2025 Eventos
No dia 17 de outubro, o Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM) celebrou os 155 anos da instituição com a inauguração de um totem eletrônico que, por meio da inteligência artificial, recria a imagem e a voz de Mary Ann Chamberlain, fundadora do Mackenzie, durante a reabertura da exposição “Isto é Mackenzie”. A iniciativa oferece ao público uma experiência única, permitindo interagir com a figura que foi pioneira na educação brasileira.
Luciene Aranha, curadora do CHCM, destacou que o processo de criação do totem de Mary Ann aproxima o visitante da figura histórica de uma forma inédita. “Foi emocionante dar vida e interpretar essa mulher incrível, que deixou os Estados Unidos para abrir sua casa e sua educação ao Brasil. Como eu fiz a curadoria das perguntas, também tive que imaginar como ela, a Mary Ann, responderia. Então, foi muito emocionante”, explicou.
A curadora também ressaltou que a exposição integra não só a visão da diretoria e dos professores, mas também a dos alunos, apresentando fotos e relatos do cotidiano escolar desde os primórdios. “Isso é muito legal de ver. Temos fotos do lugar onde as meninas moravam, dos acampamentos que a Escola de Engenharia fazia. Trabalhamos bem o dia a dia de cada uma das fases apresentadas”, comentou Luciene.
O professor Eduardo Abrunhosa, coordenador do Centro Histórico e diretor de Administração do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), reforçou a importância do legado da fundadora. “Mary Ann foi a primeira grande mulher que consolidou o Mackenzie, acolhendo crianças que antes não tinham acesso à educação. Esse início particular, que começou com uma escolinha americana, cresceu e se tornou a instituição que conhecemos hoje, com 155 anos de compromisso na formação de cidadãos éticos e responsáveis.”
O presidente IPM, reverendo Cid Caldas, ressaltou o valor da história para o presente e o futuro do Mackenzie. “Quem não sabe de onde veio, não sabe para onde vai. Esta exposição é uma oportunidade de rememorar e se orgulhar da nossa trajetória, que nos inspira a oferecer sempre excelência e a influir positivamente na sociedade.”
A arquiteta Francine Moura, antiga aluna da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e responsável pelo projeto da exposição, explicou que o principal desafio foi pensar em uma apresentação que o público compreendesse de forma intuitiva e dinâmica. “A gente faz exposição para que o público compreenda e aprenda o conteúdo que a curadoria quer apresentar. Então, de alguma forma, tentei traduzir esse conteúdo por meio de uma ocupação espacial”, esclareceu a arquiteta.
Na primeira sala, conhecida como antessala, os visitantes são recebidos por textos introdutórios e uma reprodução em grande escala da residência da família Chamberlain, localizada no bairro do Bom Retiro. A segunda sala, principal, é marcada por uma estrutura metálica com quatro painéis coloridos que detalham a trajetória do Mackenzie, além de um totem interativo com personalidades históricas da instituição e dois móbiles em formato de espiral que simbolizam a ascensão e a expansão do Mackenzie ao longo do tempo.
A exposição “Isto é Mackenzie” permanece aberta ao público no Centro Histórico, contando a rica história da instituição em um percurso pedagógico dividido em quatro grandes fases. Os totens com a inteligência artificial da fundadora, batizados de “Hello, Mary Ann”, estão disponíveis para interação no próprio Centro Histórico, na Praça de Alimentação do Prédio 19 e no Edifício João Calvino.









