Cuidados com golpes digitais, boas práticas de senhas e segurança da informação

A tecnologia abriu muitas portas e facilitou diversas coisas no nosso dia a dia, mas também possibilitou uma nova e silenciosa ameaça. São cada vez mais comuns os casos de golpistas, conhecidos como cyber-criminosos, que recorrem aos recursos on-line para cometer crimes na internet.

Essas fraudes são realizadas no ambiente virtual para obter vantagens ilícitas, como dados pessoais, dinheiro ou informações de contas bancárias. Os métodos mais comuns incluem e-mails e mensagens falsas, redirecionamento para sites piratas, anúncios de comércio eletrônico com ofertas enganosas e financeiras, como o golpe do Pix.

Segundo o professor adjunto de Ciência da Computação, Cleórbete Santos, esse aumento não é por acaso. "Temos um cenário onde uma grande massa de usuários ingressou no ecossistema digital sem compreender os riscos básicos, o que se soma ao vazamento massivo de dados pessoais", explica o pesquisador, o que permite ataques personalizados, onde o criminoso sabe muito sobre a vítima.

Diante da sofisticação dessas armadilhas personalizadas, a principal defesa passa a ser a capacidade de identificar os gatilhos utilizados pelos bandidos. Para evitar cair nessas armadilhas, é fundamental reconhecer os sinais de manipulação.

"O principal alerta vermelho é o senso de urgência ou a indução ao medo. Instituições privadas e órgãos governamentais jamais pressionam o usuário para tomar uma ação imediata", alerta o docente. Ele recomenda ainda desconfiar drasticamente de ofertas que parecem vantajosas demais.

Neste final de ano, é preciso redobrar os cuidados. Nessa época, temos o costume de gastar um pouco mais, principalmente pela chegada das festas, férias e recessos. Com isso, podemos esquecer de tomar algumas precauções básicas. Portanto, sempre antes de realizar uma compra com cartão de crédito ou débito, confira se o site é confiável e seguro.

Para blindar suas contas de forma definitiva, o professor traz a recomendação de ouro. “Ativar a autenticação de dois fatores (2FA) em absolutamente todos os serviços que oferecem essa opção, preferencialmente utilizando aplicativos geradores de código, evitando o SMS”. Outras medidas importantes incluem usar cartões virtuais, guardar comprovantes e evitar redes Wi-Fi públicas.

Por fim, a segurança digital não depende apenas de ferramentas, mas principalmente de um comportamento preventivo constante. Ao adotar uma postura de desconfiança saudável e ativar as proteções disponíveis, é possível aproveitar todas as facilidades do mundo conectado sem se tornar mais uma estatística nas mãos de criminosos.