Na manhã do dia 22 de maio, quinta-feira, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) assinou um convênio de cooperação técnico-científica e educacional com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em evento realizado na sede da associação. A parceria entre as duas instituições, que somam mais de 240 anos de história, marca uma nova etapa no fortalecimento da formação técnica, da educação continuada e da valorização da normalização no meio acadêmico.
O acordo prevê ações conjuntas em áreas como desenvolvimento de cursos (de extensão a MBAs), criação de programas de capacitação, pesquisa aplicada, certificações, projetos de impacto social e novas formas de integração entre alunos, professores e o ecossistema regulatório nacional e internacional.
O evento contou com a presença do Mackenzie e de representantes da diretoria da ABNT, além de coordenadores e professores da Faculdade de Computação e Informática. Em sua fala, o reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, reforçou o alinhamento institucional e o desejo de que a parceria resulte em entregas concretas.
“Estamos muito felizes com essa aproximação. A ABNT e o Mackenzie compartilham a missão de educar e cuidar. Essa parceria é mais que estratégica, ela é missional”, pontuou o reitor.
A aproximação tem como objetivo formar profissionais conscientes da importância das normas, desde a graduação, para que atuem com mais segurança e menos riscos. O reitor também espera que, em um ano, seja possível realizar um balanço com resultados concretos.
Além disso, a parceria também tem forte foco em formação continuada. Segundo o pró-reitor de graduação do Mackenzie, professor Marcos Nepomuceno Duarte, a relevância dos cursos hoje depende da conexão com a realidade, e essa parceria irá ampliar essa conexão. “Não faz mais sentido formar profissionais desconectados dos desafios do mundo. A graduação precisa dar base crítica e científica, mas também apontar caminhos”, explicou.
A professora Daniela Vieira Cunha, diretora da Faculdade de Computação e Informática, complementa a visão com foco na inovação e nos cursos de extensão, explicando que há um grande potencial de fortalecer os projetos de empreendedorismo e da incubadora da UPM . “Estamos estruturando cursos de curta duração em parceria com a ABNT para suprir lacunas na formação tecnológica, especialmente em áreas com normatização emergente”, pontuou a professora.
O presidente da ABNT, Mario William Esper, ressaltou a relevância história das duas instituições. “Estamos firmando uma aliança entre duas entidades tradicionais — o Mackenzie, com 155 anos de história, e a ABNT, com 85 anos — para levar conhecimento técnico à formação de novos profissionais e àqueles que estão voltando à academia”.
Mario William ainda pontuou que a normalização vai muito além da engenharia, contando com normas sobre ESG, anticorrupção e combate à violência contra a mulher. E isso precisa chegar às escolas, universidades e ao chão de fábrica.
Ricardo Fragoso, diretor-geral da ABNT, também destacou o caráter simbólico da parceria. “Educação e tecnologia sempre caminharam juntas. Agora temos certeza de que essa aliança vai pavimentar uma estrada longa e bem-sucedida. Devemos começar pequeno, pensar grande e andar rápido.”
Preparar para o futuro
Um dos primeiros desdobramentos do convênio será o desenvolvimento de MBAs nas áreas de ESG, gestão de riscos e inteligência aplicada à normalização, conforme explica Jacqueline Gershenson, gerente da área de cursos da ABNT. “A parceria com o Mackenzie nos permite crescer em capilaridade e impacto. É um passo importantíssimo para consolidar a ABNT como agente de formação continuada”, explicou.
A assinatura do convênio ocorre em um contexto de transformações demográficas e desafios estruturais da sociedade brasileira. Para Mário Esper, essa união entre tradição e inovação tem um papel fundamental, destacando a importância de uma formação de qualidade e com responsabilidades. “A normalização tem impacto na segurança, na inclusão, no desenvolvimento. E o papel da universidade é ser a ponte entre o conhecimento técnico e a aplicação prática”, explicou.
O convênio prevê a execução de ações por meio de termos aditivos específicos, com definição de objetivos, metas e responsáveis por projeto. A expectativa é que, até maio de 2026, sejam apresentados os primeiros resultados concretos da parceria em cursos, estágios, conteúdos de capacitação e novos produtos normativos com base em pesquisa aplicada.
*Com informações de ABNT





