Cofundadora da Tríade Educacional, Professor da Qatar University e Reitor da Universidade Católica de Brasília palestram na segunda manhã do VII Fórum AT

Evento formativo foi realizado nos dias 26, 27 e 28 de julho

07.08.202317h27 Comunicação - Marketing Mackenzie

Cofundadora da Tríade Educacional, Professor da Qatar University e Reitor da Universidade Católica de Brasília palestram na segunda manhã do VII Fórum AT

A Pró-Reitora de Graduação Profa. Janette Brunstein conduziu as apresentações no segundo dia do VII Fórum de Aprendizagem Transformadora. Em sua fala inicial, ressaltou como a Universidade Presbiteriana Mackenzie entende a hibridez como o futuro da Educação. Demonstrando o engajamento da UPM nos modelos educacionais contemporâneos, lembrou a realização em Fórum anterior de um Grupo de Trabalho sobre Educação Híbrida, temática também abordada durante um Clube de Leitura focado no livro Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação, escrito pela Profa. Lilian Bacich, uma das palestrantes do dia.

Mantendo a diversidade de palestrantes internacionais e brasileiros, o primeiro a apresentar suas reflexões foi o Prof. Husam Aldamen, Diretor do Centro de Excelência em Ensino e Aprendizagem Transformadora da Qatar University. Contribuindo com a temática, o professor ministrou a palestra ‘Usando Inteligência Artificial para Otimizar o Modelo de Sala de Aula Invertida’. Para tanto, refletiu acerca de problemas reais vivenciados em 2015 por seus alunos, definiu soluções e apresentou tanto os caminhos tomados, como as ferramentas utilizadas para alcançá-las.

Graças ao planejamento pedagógico feito, o professor passou a gravar e compartilhar vídeos educativos em seu canal no YouTube. Em diálogo com as apresentações do dia 26, citou formas de aplicar o ChatGPT no modelo de Sala de Aula Invertida e demais atividades docentes. Porém, alertou para o cuidado que o docente deve ter em relação aos recursos utilizados fora da sala de aula: “Embora nós gostemos de pensar que nossos vídeos são ótimos, alguns estudantes não conseguem aprender apenas por meio de vídeos. Então, assim que estivermos em sala de aula, nós temos de assegurar que preencheremos as lacunas”.

Em seguida, Lilian Bacich, professora e cofundadora da Tríade Educacional, explorou ‘Como a Educação Híbrida pode aprimorar o aprendizado e engajamento dos estudantes’. Ao comentar a palestra anterior, propôs aos docentes que pensassem na inovação na Educação como um trabalho feito em conjunto com os estudantes, também capazes de produzir conteúdo educativo. Iniciando sua apresentação, defendeu que “personalizar [o ensino] não é individualizar”, mas sim encontrar meios de se lidar com a diversidade de situações e dos processos de aprendizagem dos alunos. Dessa forma, as soft skills ganham destaque na oferta de experiências educativas.

Ainda, Bacich abordou os desafios da implementação dos recursos aliados ao Ensino Híbrido, como a formação docente defasada em metodologias voltadas ao uso das tecnologias digitais em contexto educacional, e a dificuldade sentida pelos professores em traduzirem os dados coletados em atividades e momentos diversos, como os quizzes, para formas de se personalizar o ensino. Ao debater os obstáculos para o Ensino Híbrido, aponta a necessidade da mudança de paradigma baseada nas metodologias ativas, no planejamento que considera o potencial e a falibilidade dos recursos, e na maneira de avaliar que tem como objetivo não os resultados de um período letivo, mas sim a aprendizagem plena.

Fechando as apresentações do segundo dia, o Prof. Dr. Carlos Longo, Reitor da Universidade Católica de Brasília, ministrou a palestra “Hibridização no Ensino Superior: Disrupção nas Práticas Pedagógicas”. Em sua introdução, atentou para a definição de conceitos: informação não é conhecimento, ainda que ela não esteja mais restrita ao espaço educacional; memória não é inteligência, mesmo com o rápido processamento de dados feito pela Inteligência Artificial generativa; tecnologia não é pedagogia, mas sim ferramenta.

Baseado nisso, Longo refletiu como a inovação é entendida na Educação e porque é necessário avaliar se realmente estamos a vivenciando. Em diálogo com Aldamen e Bacich, abordou a diferença entre a Inovação de Sustentação e a Inovação Disruptiva, criticando a aplicação de tecnologia voltada apenas à utilização de um recurso dado como inovador. Preocupado com a formação de pessoas, chama a atenção para o uso dessas tecnologias em alinhamento com o perfil de aluno universitário que possui fontes para pesquisa de informações, que já conhece e utiliza a IA, e que tem interesse na vivência da teoria na prática.

Também, Longo considerou as demandas já existentes e que foram ampliadas no período da pandemia da Covid-19, como a formação focada em habilidades e competências, a hibridização e a Educação baseada no diálogo, não na simples exposição de conteúdos. A forma como as universidades se relacionam também foi citada: “Por que um aluno que faz Engenharia da Computação aqui no Mackenzie não pode fazer uma disciplina síncrona no MIT? Ou, na PUC do Rio? [...] Como é que a gente não faz essas comunicações? Porque a universidade é um universo. A gente deveria ser uma plataforma que conecta saberes, indústria, mercado [...]”.

 

É possível acessar o conteúdo das palestras na íntegra por meio da conta no YouTube do Núcleo de Produção Desenvolvimento Acadêmico: https://www.youtube.com/watch?v=jkvEpFl-9FA.