
20.08.2025 - EM Cultura
No sábado, 16 de agosto, o Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM) participou da 11ª edição da Jornada do Patrimônio, promovida pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) da Prefeitura de São Paulo.
Com o tema “Tempo em sentidos”, o evento contou com público interno e externo ao campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), em uma programação cheia de atividades culturais, palestras e oficinas sobre memória, sensações e patrimônio urbano.
A edição de 2025 também trouxe o painel “Pesquisa em Debate Especial: Cidade e Patrimônio”, que reuniu o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Valter Caldana, e o coordenador do CHCM, Eduardo Abrunhosa, em uma discussão sobre a importância da preservação do patrimônio material.
“Nós vivemos em uma cidade muito jovem, e o Mackenzie tem uma relação umbilical com São Paulo e também é construtor desse patrimônio, já que uma parte significativa da cidade foi projetada e erguida por egressos da universidade, arquitetos e engenheiros mackenzistas. Muitas vezes esquecemos que o patrimônio histórico não é apenas passado; ele é também presente e futuro”, destacou o professor Valter Caldana durante o painel.
Outro destaque foi o roteiro “O Mackenzie Passou por Aqui: Trajeto Mackenzista - Higienópolis”, que levou os participantes a um passeio guiado pelo bairro, numa atividade de Educação Urbana que destacou personalidades, arquitetos e obras de arte. Neste ano, o percurso contou com uma novidade: uma parada na sede do Iate Clube de Santos.
“A Jornada do Patrimônio busca formar e conscientizar a população sobre a importância dessa memória. O Mackenzie é uma das instituições privadas com o maior conjunto arquitetônico tombado em São Paulo, e temos um papel importante porque crescemos e nos desenvolvemos junto com o bairro de Higienópolis. Participar desse evento é também uma forma de compartilhar nossa história e nossa relação com a cidade”, afirmou o coordenador do CHCM.
De acordo com a curadora do CHCM, Luciene Aranha, essa programação é uma oportunidade de mostrar à cidade como o acervo e a memória do Mackenzie são cuidados e preservados. “Abrir nosso espaço de forma gratuita ao público externo é um diferencial, porque muitas atividades culturais da cidade são pagas. Por isso, o evento é uma porta aberta muito importante”, explicou.
Além da palestra e da caminhada, o público também teve a oportunidade de participar de oficinas culturais e educativas que abordaram temas como arte, arquitetura e culinária, além de assistir a apresentações de corais do Mackenzie, tudo isso aproximando ainda mais os visitantes da comunidade mackenzista.




