
04.08.2025
Dois professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) estão entre os finalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025, que reconhece a excelência na produção científica e técnica no Brasil. Os docentes Delmárcio Gomes da Silva, da Escola de Engenharia (EE) e Orlando Villas Bôas Filho, da Faculdade de Direito (FDir), foram indicados pelas contribuições relevantes que seus livros trazem para o campo acadêmico e interdisciplinar.
O professor Delmárcio Gomes da Silva concorre com o livro Fundamentos da Nanotecnologia: uma abordagem descomplicada e interdisciplinar, segundo volume da Coleção Conexões Científicas. A obra dá continuidade a um projeto editorial que busca democratizar o acesso ao conhecimento em uma das áreas mais promissoras da ciência contemporânea.
“A proposta deste livro nasceu do desejo de democratizar o acesso ao conhecimento científico em uma das áreas mais promissoras e transversais da atualidade: a nanotecnologia. Sempre acreditei que ciência de qualidade precisa estar ao alcance de todos”, afirmou o professor.
Delmárcio destaca que a obra integra a estrutura didática da Olimpíada Brasileira de Nanotecnologia, promovida pelo Mackenzie, e tem como missão aproximar a Ciência da sociedade. “Ter esse trabalho reconhecido pelo Prêmio Jabuti Acadêmico é um indicativo de que estamos no caminho certo”.
Sobre a premiação, o docente reforça a importância do reconhecimento: “Ser finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025, na categoria Engenharias e Tecnologias, é motivo de enorme alegria e gratidão. Mais do que um reconhecimento individual, vejo essa indicação como um sinal claro de que iniciativas voltadas à educação científica acessível e interdisciplinar são valorizadas e necessárias no nosso país.”
Já o professor Orlando Villas Bôas Filho é finalista na categoria Direito com o livro Antropologia e Estudos Sociojurídicos, resultado de anos de docência e reflexão na área. A obra se fundamenta na experiência do autor como professor da disciplina “Antropologia Jurídica”.
“Eu ministro essa disciplina já há vários anos e achei que seria importante sistematizar a minha visão acerca do modo pelo qual a antropologia pode contribuir para o desenvolvimento de uma compreensão mais ampla acerca do direito”, explicou o professor.
Para Orlando, a interdisciplinaridade é fundamental na formação jurídica, especialmente em um país como o Brasil, de identidade plural. “A antropologia pode servir como um ‘instrumento de vigilância epistemológica’ contra as representações etnocêntricas que desconsideram dinâmicas jurídicas subalternizadas”, pontuou. “O diálogo com a antropologia é, além disso, fundamental para a formação jurídica em um país com composição multiétnica e pluricultural como o Brasil”.
Sobre o reconhecimento, o professor enfatiza o papel do prêmio. “Considero que o Prêmio Jabuti Acadêmico é sim importante para a valorização da pesquisa acadêmica no Brasil, uma vez que difunde uma produção intelectual que, em virtude de seu perfil, tende a ficar circunscrita ao campo acadêmico. Prestigiar essa produção é também uma forma de incentivo à sua realização”.
Em sua 2ª edição, o Prêmio Jabuti Acadêmico é uma iniciativa da Câmara Brasileira do Livro (CBL) voltada à valorização de obras científicas, técnicas e profissionais, complementando o tradicional Prêmio Jabuti, o mais importante do mercado editorial brasileiro. A premiação é dividida em dois grandes eixos: Ciência e Cultura, e Prêmios Especiais, totalizando 30 categorias.





