
26.08.2025 Pesquisa e Inovação
O aluno Gabriel Matheus Pinto, do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia (PPGEMN) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), foi reconhecido com menção honrosa no Prêmio CAPES de Tese, uma das mais importantes distinções acadêmicas do país. A conquista ressalta a qualidade da formação oferecida pelo programa e fortalece sua reputação no cenário nacional e internacional.
A tese, intitulada “Nanocompósitos Multifuncionais Híbridos à Base de Poliamida 1010 e Nanomateriais 2D”, desenvolveu nanocompósitos poliméricos sustentáveis a partir da poliamida 1010 (PA 1010) em combinação com diferentes nanomateriais bidimensionais, como óxido de grafeno, nitreto de boro e dissulfeto de molibdênio. O estudo apresentou resultados promissores, como a melhora na tenacidade, manutenção das propriedades dielétricas e tribológicas e avanço na condutividade térmica, abrindo caminho para aplicações em tecnologias avançadas.
O trabalho foi conduzido sob orientação do professor Guilhermino J. M. Fechine, com coorientação do professor Hélio Ribeiro, em cotutela com a École de Technologie Supérieur (ETS), no Canadá, sob orientação da professora Nicole R. Demarquette. A parceria internacional possibilitou a obtenção de dupla titulação para o pesquisador.
Ao longo do doutorado, Gabriel destacou-se não apenas pelo desempenho acadêmico, alcançando mérito máximo em todas as disciplinas, mas também pela atuação em equipe no grupo de pesquisa do CNPq “Materiais Multifuncionais”. Como resultado, a pesquisa gerou 13 artigos científicos, sendo 5 deles de sua autoria principal, além de diversas apresentações em congressos nacionais e internacionais.
Para Gabriel, o reconhecimento pelo Prêmio CAPES representa mais que uma conquista individual. “A minha tese ter sido selecionada como uma das melhores da área é uma grande honra. Acredito que esse reconhecimento consolida o esforço e a dedicação que colocamos no trabalho e comprova o nível de pesquisa que é possível ser realizado dentro do Mackenzie, em especial dentro do PPGEMN”, afirma.
Ele também relembra os desafios enfrentados no percurso. “O doutorado é sempre um período de muitos desafios. No meu caso, especialmente por se tratar de uma cotutela entre o Brasil e o Canadá, o que exigiu adaptação a diferentes formas de se fazer pesquisa. Contudo, esses desafios se transformaram em grandes aprendizados: desenvolvi autonomia científica, capacidade de interpretar e lidar com problemas de diferentes maneiras e, principalmente, aprendi o valor da colaboração e da troca de conhecimentos entre diferentes grupos de pesquisa”, explica.
Gabriel ainda destaca uma lição que carrega de seu orientador, professor Guilhermino Fechine: “Pesquisa não se faz sozinho”.
A conquista reforça a posição do PPGEMN como referência na área de materiais e nanotecnologia e demonstra a relevância da produção científica desenvolvida na universidade.







