imagem do sol vista do espaço coma  lua e a Terra na sequência
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Mackenzie em parceria com Academia Russa de Ciência

Projeto Sun-Terahertz, baseado no Solar-T do CRAAM, será enviado à Estação Espacial Internacional

21.01.201919h46 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Mackenzie em parceria com Academia Russa de Ciência

Em 01 de fevereiro, o professor Vladimir Makhmutov, do Lebedev Physical Institute (LPI, Instituto de Física Lebedev) da Academia Russa de Ciência (RAS, na sigla em inglês), visitará o Mackenzie e apresentará a palestra “Atividade de Pesquisa do Laboratório de Física Solar e Raios Cósmicos do LPI: status da colaboração com o CRAAM e o experimento futuro Sun-Terahertz”. A apresentação ocorrerá no auditório do MackGraphe, às 16h00, no campus Higienópolis, e é parte das comemorações dos cerca de 20 anos de colaboração entre o Centro de Radioastronomia e Astrofísica do Mackenzie (CRAAM) e o LPI.

Makhmutov tratará do Sun-Terahertz, um experimento de observação do sol que é baseado em um projeto do CRAAM desenvolvido no Brasil há mais de dez anos, o Solar-T, que consistia em um telescópio fotométrico duplo que sobrevoou a Antártida, em 2016, em um balão estratosférico em colaboração com um experimento da NASA (agência espacial dos EUA) para observar o sol em frequências terahertz (THz).

Segundo conta o cientista Jean Pierre Raulin, doutor em física, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e coordenador do CRAAM, “diferentemente da primeira versão, na qual eram duas frequências de observação, agora, no projeto em colaboração com o LPI-RAS, serão oito”. O novo experimento será acoplado ao módulo russo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e permitirá monitorar as radiações solares pouco exploradas na faixa de frequência dos terahertz (equivalente a um trilhão de hertz). “A pesquisa é muito importante para a compreensão dos mecanismos de produção e liberação de energia solar”, destaca Raulin.

A fase inicial do projeto já foi aceita pela ROSCOSMOS (Agência Espacial Federal Russa) e a visita do professor do LPI visa formalizar essa parceria. Como conta o coordenador do CRAAM, “com o experimento poderemos descrever, pela primeira vez, com o mesmo instrumento, o espectro solar na faixa de 0.2 THz - 15 THz, com possibilidade de aprimorar os mecanismos de emissão e os modelos de atmosfera. É importante ressaltar que para algumas dessas oito frequências, teremos observações simultâneas de solo realizadas tanto no Brasil quanto na Argentina”, assinala Raulin.

Importância do estudo

Dentre outros projetos, o CRAAM se dedica a estudos envolvendo a emissão solar em altas frequências e raios cósmicos por meio de radiotelescópios e sensores espalhados pelo Brasil e outros países. Os dados gerados permitirão monitorar e entender melhor a origem das explosões solares e suas consequências na relação Sol-Terra.

Tais estudos são importantes para previsão de surtos solares que podem afetar o clima espacial, permitindo a utilização de tais dados para mitigação de seus efeitos em todo o sistema de comunicações ao redor da Terra. Só para se ter uma ideia da importância desses estudos, segundo conta o professor Raulin, “estes surtos afetariam geoposicionamento espacial (GPS), utilizado por celulares, aviões, plataformas de petróleo, e etc.; bem como redes de distribuição de energia, controles de tráfego aéreo e outros”, finaliza ele.

Serviço

“Atividade de Pesquisa do Laboratório de Física Solar e Raios Cósmicos do LPI: status da colaboração entre CRAAM e o experimento futuro Sun-Terahertz”, com Vladimir Makhmutov, do LPI-RAS

Data: 01 de fevereiro de 2019

Hora: 16h00

Local: Auditório MackGraphe, campus Higienópolis