O Brasil avançou 15 posições no ranking mundial de liberdade econômica, subindo do 102º para o 87º lugar entre 165 países e territórios, segundo o Economic Freedom of the World: 2025 Annual Report, divulgado pelo Fraser Institute.
A publicação, que mede o grau de liberdade econômica com base em indicadores como carga tributária, regulação, comércio exterior, segurança jurídica e solidez monetária, mostra que, apesar da melhora relativa, o Brasil continua enfrentando entraves significativos à livre iniciativa, sobretudo em aspectos regulatórios e institucionais.
“A pontuação brasileira evoluiu, especialmente em ‘acesso a moeda estável’ e ‘liberdade para comércio internacional’, mas seguimos entre os piores do mundo no quesito ‘regulação’. Isso mostra que nosso ambiente de negócios ainda impõe altos custos e incertezas às empresas”, comenta o professor Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica e participante dos estudos que integram o relatório global.
Os dados referem-se ao ano de 2023, último com informações consolidadas. O relatório destaca que países mais livres tendem a apresentar maior prosperidade, menor pobreza extrema e maior expectativa de vida. Nos 25% mais livres, o PIB per capita foi de US$ 66.434, frente a US$ 10.751 nos 25% menos livres. A expectativa de vida foi de 79 anos, contra 62 anos nos países menos livres.
Desempenho do Brasil nos cinco pilares do índice:
- Tamanho do governo: 6,54 (90º lugar)
- Sistema jurídico e direitos de propriedade: 5,07 (87º lugar)
- Acesso a moeda estável: 8,60 (56º lugar)
- Liberdade de comércio internacional: 7,49 (73º lugar)
- Regulação: 5,14 (144º lugar)
O relatório completo está disponível no site www.freetheworld.org e também pode ser consultado no arquivo abaixo.
