
21.05.2025 Universidade
Nos últimos anos, o Brasil vem enfrentando questões ambientais graves, que afetam a população de maneira geral. Pesquisas do IBGE indicam que 90% dos municípios brasileiros enfrentam problemas ambientais e, segundo a ONU, a poluição e os riscos ambientais matam 12,6 milhões de pessoas por ano.
Uma das formas de melhorar a qualidade de vida da população e reduzir os danos causados por mudanças ambientais é trabalhar a partir da Engenharia, que tenta desenvolver tecnologias e projetos para gerar resultados melhores no meio ambiente. Para que profissionais estejam preparados para lidar com esses impactos, as universidades devem qualificar seus alunos para o futuro do planeta.
Por exemplo, a Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) possui um Centro de Reciclagem de Materiais. “O centro estuda a reciclagem de materiais e desenvolve ação extensionista com oficinas de reciclagem para alunos do Ensino Médio”, explica o professor do curso de Engenharia de Materiais, Antônio Hortêncio Munhoz Júnior.
Também existem iniciativas como o Cidades Inteligentes, em que os alunos do primeiro semestre de todos os cursos de Engenharia elaboram projetos que atendem os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), como a ODS seis sobre a água potável e saneamento básico, a sete sobre energia limpa e acessível e a 11 de cidades e comunidades sustentáveis.
Esses três objetivos contribuem para o desenvolvimento de tecnologias mais verdes que tentem ajudar nos principais desafios ambientais da atualidade, “como as mudanças climáticas e o consumo de recursos em velocidade superior ao que o planeta tem capacidade de restituir”, conta a professora da EE, Liliane Frosini Armelin.
Para reduzir o consumo de recursos e matérias-primas na produção de produtos, existem soluções atreladas à Engenharia de Materiais que propõem iniciativas com a reciclagem e reaproveitamento de resíduos da indústria no geral, podendo diminuir até a emissão de CO2. “A reciclagem de vidro, por exemplo, reduz a utilização de recursos e a emissão de CO2”, explica o professor Antônio Hortêncio Munhoz Júnior.
Outra forma de contribuir com iniciativas verdes é através do tratamento do saneamento básico. Segundo a professora Liliane Frosini Armelin, atualmente o Brasil busca a universalização do saneamento básico, ou seja, 99% da população será atendida com rede de abastecimento de água e 90% com rede de esgoto, com tratamento até 2033. “Neste contexto, são necessárias obras de saneamento que são conduzidas por engenheiros. Existe um estudo respaldado por dados da OMS que indica que para cada um dólar investido em saneamento, quatro dólares são economizados em saúde pública”, finaliza a professora.
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