
30.10.2025
A Escola de Jovens e Adultos (AEJA), mantida do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), realizou, na noite de terça-feira, 28 de outubro, a abertura da 7ª edição da VivArte, uma exposição bienal que convida os estudantes a expressarem suas vivências e aprendizados por meio da arte. Com o tema “Haja Luz! A arte entre o humano, a máquina e o invisível quântico”, a mostra acontece até 31 de outubro, no Auditório Escola Americana, e teve início com uma emocionante apresentação do Coral AEJA.
De acordo com a diretora da AEJA, professora Zípora Cruz, a VivArte representa um momento simbólico de expressão e transformação. “A VivArte é um evento bienal em que nossos alunos da AEJA expressam, por meio da arte, suas histórias, conquistas e a força de uma aprendizagem verdadeiramente transformadora. Nesta 7ª edição, nossos estudantes mergulharam no universo do invisível quântico, reconhecendo na complexidade da criação a perfeição de Deus. Celebramos o encontro entre criatividade e tecnologia, entre a inteligência humana e a artificial, entre a razão e a sensibilidade. É a arte iluminando o que há de mais divino e humano em nós”, afirmou.
A proposta desta edição nasceu da parceria entre a professora de artes Gilvania Coelho e o professor de física Daniel Freitas, que buscaram aproximar a ciência quântica da linguagem artística. “A VivArte sempre parte de um tema, e todos têm relação com o tema da Unesco. Este ano, a Unesco elegeu 2025 como o Ano da Ciência Quântica. Pensamos, então, em como trazer isso para a arte, e vimos que a luz neon, que é um tipo de tecnologia quântica, casaria muito bem com os trabalhos realizados pelos alunos”, explicou Gilvania.
Daniel destacou que o conceito da luz foi o ponto de convergência entre arte e física. “O estudo da luz é fundamental para o desenvolvimento da teoria quântica, e, sem ela, não teríamos as tecnologias que usamos hoje. Ao mesmo tempo, sem luz não há arte, porque só vemos as coisas na medida em que refletem a luz. Então, é a luz que dá origem tanto à mecânica quântica quanto à arte”, explicou.
O tema “Haja Luz”, segundo Gilvania, também faz uma ponte simbólica com a criação do mundo. “Partimos do pressuposto do ‘Haja Luz’, que é quando Deus fala na criação do mundo. E conseguimos trazer essa ideia para dentro das obras, de tudo o que conseguimos criar”, afirmou. Ela destacou ainda o envolvimento dos alunos durante o processo de criação. “Eles ficaram encantados com o tema, acharam iluminado demais! Quando viram o efeito da luz neon e fluorescente nas obras, ficaram curiosos para entender como aquilo funciona e se aprofundaram na criação. Foi um processo muito intenso e prazeroso, e o resultado é lindo”, contou.
O diretor de Educação e Saúde, Luiz Roberto Martins Rocha, ressaltou a profundidade do trabalho desenvolvido pelos alunos e professores. “É muito interessante ver a AEJA com esse nível de aprofundamento. Eles tratam de temas complexos de forma artística e instigante. A direção, os professores e os alunos estão de parabéns, porque trazem arte de alta qualidade, que nos faz pensar. Esse é o grande objetivo do evento”, disse.
A superintendente pedagógica de Ensino Técnico e Básico, professora Márcia Régis, afirmou que iniciativas como a VivArte se conectam à visão educacional integral do Mackenzie. “O Mackenzie tem uma visão de educação integral, que conecta o aspecto cognitivo, o socioemocional e o espiritual, dentro de uma visão cristã de mundo. Exposições como essa permitem que os alunos, especialmente adultos, aprendam não só com o intelecto, mas também com percepções de texturas, cores e, neste caso, luz. Essa integração reflete exatamente o que o Mackenzie prega”, afirmou.
Entre os participantes, a aluna Miriam Alves, de 44 anos, do 8ºC, destacou o impacto pessoal da experiência. “Foi experiência sensacional para mim. Esse tema, ‘Haja Luz’, com a luz neon que nos causa emoções e sentimentos, representa a energia pulsante da vida. E sobre a inteligência artificial, ela está invadindo todos os espaços, inclusive a educação. É uma ferramenta importante, mas também perigosa. Por isso, acho que a AEJA é muito importante, porque nos dá vivência diária, contínua, e experiências incríveis com professores humanos, que atendem nossas necessidades no ensino”, afirmou.
A 7ª VivArte segue até sexta-feira, dia 31, no Auditório Escola Americana, com visitação aberta à comunidade acadêmica.












