Alunos de Cinema do Mackenzie participam do Festival Internacional de Curtas Noites de Kino

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Estudantes produziram curta em 60 horas para participar do Kinoforum 

01.09.2025

Tainá Fonseca, sob supervisão de Jonathas Cotrim


No dia 28 de agosto, os alunos Arthur Doretto, Mariana Miano, Guilherme Braga, Vittoria Fraschetti, Ana Júlia Cardoso, Gabriel Oliveira e Marco Neve, do curso de Cinema da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), participaram do Festival Internacional de Curtas Noites de Kino.

O festival tem como objetivo criar um espaço para que alunos de universidades possam expor seus trabalhos, com a missão de realizar um filme em aproximadamente 60 horas, servindo como um poderoso estímulo à experimentação.

Com o tema sorteado e a ideia pensada, o maior desafio para os alunos estava em realizar toda a produção em um pouco mais de 60 horas. “O curto período de tempo, que antes era um problema, se tornou a razão do nosso sucesso, pois foi justamente a simplicidade pela qual optamos em meio às adversidades que possibilitou nosso curta carregar uma mensagem tão potente”, contou o aluno Arthur Doretto. 

A ideia do curta “Malpassado” nasceu a partir do tema sorteado “Obsolescência Programada”. A proposta do grupo era construir uma estética comercial, mas para fugir do óbvio, os alunos decidiram colocar o ser humano no lugar de um bem material. “Foi assim que nasceu ‘Malpassado’, uma produção audiovisual que critica a origem mercadológica da carne por meio de uma sátira que inverte os papéis estabelecidos na sociedade, no qual o homem é um produto de consumo do animal”, pontuou Doretto. 

De acordo com a professora do curso de cinema da UPM e orientadora dos alunos, Camila Cattai, participar de um evento que concentra o maior público da Cinemateca Brasileira representa um impulso único para as carreiras dos alunos. “O Kinoforum está entre os maiores e mais importantes festivais de curta-metragem do mundo. O evento funciona como um espaço fundamental para o encontro de cineastas jovens e experientes, fomentando a troca de experiências, projetos e contatos”, explicou. 

O papel da universidade na formação cinematográfica é essencial. Ela oferece a possibilidade do aluno vivenciar as dinâmicas de um set de cinema, aprimorar as habilidades técnicas e artísticas e aprofundar seus conhecimentos teóricos e filosóficos sobre cinema. “Essa imersão resulta na construção de um vasto repertório e um desenvolvimento teórico-prático, formando profissionais responsáveis e multidimensionalmente capacitados, que fortalecem a indústria cinematográfica brasileira”, finalizou a professora Camila.