Mackenzie recebe VI Congresso Internacional de Biodireito e Desenvolvimento Tecnológico

O VI Congresso Internacional de Biodireito e Desenvolvimento Tecnológico aconteceu entre os dias 05 e 7 de novembro, no campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Organizado pelo grupo de pesquisa CNPq GBio da Faculdade de Direito (FDir), o encontro trouxe ao Mackenzie uma delegação da Università degli Studi di Salerno e um total de 20 palestrantes, quatro italianos e 16 brasileiros, para debater os desafios jurídicos, éticos e sociais das inovações tecnológicas. 

Na abertura, o reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, acolheu os convidados e ressaltou a importância do intercâmbio acadêmico para enfrentar temas transversais que unem direito, saúde e tecnologia. O professor Pedro Buck, da Coordenadoria de Cooperação Internacional e Interinstitucional (COI), organizou a agenda de recepção à delegação italiana, que incluiu um almoço oferecido pelos professores do curso de Gastronomia do Mackenzie e, em seguida, uma visita guiada ao campus, como parte da recepção institucional. 

A professora Ana Cláudia Scalquette, da FDir, avaliou o evento como uma iniciativa de alcance internacional e caráter multidisciplinar. “Este é o 6º Congresso Internacional de Biodireito e Desenvolvimento Tecnológico, realizado bianualmente pelo GBio. Em 2025 recebemos, no Mackenzie, quatro docentes italianos e outros colegas brasileiros, totalizando 20 palestrantes. O congresso contou com o apoio de 20 alunos, 15 integrantes do grupo de pesquisa e cinco monitores, além de eixos temáticos centrados em tecnologia aplicada ao direito, incluindo reforma do Código Civil, processo e justiça, trabalho e saúde”, detalhou a professora. 

Os debates foram presididos em momentos-chave pelo diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Jan Carlo Delorenzi. A programação científica abordou de modo integrado os impactos normativos e sociais das novas tecnologias: 

• 1° dia (05/11): conferência de abertura com o professor Francesco Fasolino sobre a evolução do Direito e painel dedicado à reforma do Código Civil e aos impactos das tecnologias nas legislações nacionais e estrangeiras. 

• 2° dia (06/11): apresentação da pesquisa da Università degli Studi di Salerno e painel sobre tecnologia, processo e justiça, com foco em inteligência artificial e direitos fundamentais; pela manhã houve também a apresentação do Centro de Excelência de Saúde para a União Europeia, financiado pelo Jean Monnet, cuja diretora, professora Stefania Negri, participou da programação. 

• 3° dia (07/11): painéis sobre tecnologia e impacto social e sobre tecnologia em saúde, com discussões sobre bioética e desigualdade social. 

A delegação italiana contou, entre outros, com o diretor da Faculdade de Direito da Università degli Studi di Salerno, professor Francesco Fasolino; a professora Vitúlia Ivone, de Direito Civil; a professora Stefania Negri, diretora do centro Jean Monnet e professora de Direito Internacional; e a professora Ana Cavaliere, de Filosofia do Direito). A presença do coordenador do curso de Medicina, do campus Alphaville da UPM, professor Sigisfredo Luis Brenelli, e de outros representantes da área da saúde reforçou o caráter interdisciplinar do congresso, que reuniu juristas, membros da magistratura, promotores, conselheiros da Ordem e pesquisadores de diversas áreas. 

Além das sessões técnico-científicas, o encontro apostou na integração institucional. O almoço preparado pelo curso de Gastronomia e a visita ao campus foram momentos de recepção e diálogo entre a comunidade acadêmica e os visitantes internacionais, fortalecendo convênios e projetos conjuntos. Segundo a organização, o evento também estimulou possibilidades de fomento à pesquisa e cooperação, especialmente por meio das iniciativas ligadas ao Jean Monnet e às parcerias com a Università degli Studi di Salerno. 

O VI Congresso do GBio reafirma o compromisso do Mackenzie com a produção acadêmica crítica e o diálogo transdisciplinar sobre os efeitos das transformações tecnológicas na legislação, nas políticas públicas e nas práticas profissionais.