
Cuidados com a internet: pais podem contribuir para segurança de seus filhos
20 de agosto de 2025 | Atualidades Colégios Universidade Destaque
A presença das crianças nas redes sociais e o uso de smartphones pelos pequenos são alguns temas que estão em debate na sociedade. Se no começo do ano, com a implementação da lei que proíbe o uso dos telefones nas escolas públicas e privadas de todo o Brasil tomou conta das discussões, agora, o debate é mais amplo, após denúncias de perfis que usam a imagem de crianças para obter ganhos financeiros nas redes.
Na última semana, um vídeo de denúncia feito por um influenciador destacou diversos perfis de adultos que exploram a imagem de crianças e adolescentes, em comportamentos impróprios para a idade. O vídeo logo se tornou viral e influenciou a criação de projetos de lei que combatam a “adultização” das crianças nas redes.
No geral, redes sociais como Instagram, Facebook e o TikTok só permitem a criação de contas com a idade mínima de 13 anos. No entanto, tem sido cada vez mais comum a presença dos pequenos nas redes, seja consumindo as redes por meio dos smartphones, seja produzindo conteúdos dos mais diversos tipos.
De acordo com o professor da Faculdade de Computação e Informática (FCI) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Rodrigo Silva, a regra de ouro na internet é: quanto menor for a exposição da criança ou adolescente na Internet, menor será o risco. “Os pais que agem desta forma não estão indo contra a evolução tecnológica, mas ensinando à criança e ao adolescente a responsabilidade de ser um cidadão digital”, aponta.
O especialista acrescenta que o ideal é que adolescentes passem a ter um aparelho de celular próprio apenas a partir dos 14 ou 16 anos, dependendo da maturidade do filho. E não recomenda a utilização da internet por crianças. “Os pais devem lembrar que educar para o uso consciente e responsável da Internet é um processo contínuo, não é muito diferente da educação tradicional”, afirma Silva.
Na internet, as crianças e adolescentes estão suscetíveis a diversos riscos: exposição a conteúdos impróprios, como violência, linguagem ofensiva, pornografia e desinformação; contato com desconhecidos; cyberbullying; vazamento de dados pessoais; golpes e fraudes virtuais, além da dependência digital e uso excessivo, que pode comprometer o sono, o rendimento escolar e o convívio social.
A psicóloga escolar do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) São Paulo, Silvânia Bitencourt, ressalta a importância da supervisão dos pais. “O papel dos pais na vida digital dos filhos é fundamental. Não basta apenas limitar o tempo de tela. É preciso acompanhar, conversar, ensinar e orientar com presença e firmeza”.
Nesse cenário, é fundamental que os pais mantenham a atenção e redobrar o cuidado quando seus filhos navegarem na internet. É necessário criar uma relação de confiança para que possíveis problemas que surgirem não sejam escondidos pelos pequenos.
O professor Rodrigo Silva aponta algumas dicas práticas para que os pais possam acompanhar e monitorar a utilização da internet pelos filhos:
- Acompanhar e conversar regularmente sobre o que a criança faz na Internet: “Pergunte quais os websites ela visita, com quem conversa e o que gosta de ver. É importante ter acesso ao conteúdo, pois não é errado ter acesso à vida privada da criança e do adolescente, desde que seja ponderado com o intuito de proteção”.
- Conhecer os aplicativos e as redes sociais utilizados por ela e os colegas: “Use as plataformas ou aplicativos junto com a criança no início, estabelecendo regras claras e punitivas”.
- Estabelecer limites de tempo de uso: “Use ferramentas de controle de tempo e incentive atividades off-line”.
- Utilizar softwares de controle parental, sempre: “Estes recursos ajudam a filtrar conteúdos e a monitorar a navegação dela na internet - controlar instalações de aplicativos desautorizados ou suspeitos, por exemplo”.
- Educar sobre privacidade e proteção de dados: “É importante ensinar sobre manter as senhas em segredo, e não compartilhar dados pessoais com ninguém”.
- Evitar expor a imagem da criança em redes sociais sem necessidade: “A superexposição pode atrair riscos como o sharenting indevido. E a culpa será sempre dos pais”.
- Ensine a identificar situações perigosas: “Por exemplo, as mensagens de estranhos, desafios virais e sem lógica que podem causar danos físico, moral ou material, pedidos de envio de fotos ou dados pessoais”.
- Mantenha os dispositivos atualizados pela empresa do software e com antivírus: “Isto é uma prática, inclusive, que deve ser feita pelos adultos também”.
Além disso, o professor da UPM ressalta a necessidade dos pais ficarem atentos à possíveis mudanças de comportamento, um dos primeiros sinais de alerta para possíveis problemas virtuais. “Reações como isolamento, medo do celular ou queda no desempenho escolar podem ser sinais de problemas relacionados ao convívio de grupos em redes sociais ou aplicativos”, finaliza.
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