O Mackenzie reforçou seu compromisso com a educação inclusiva durante a quarta edição do MACK+Inclusão, evento promovido pelo Sistema Mackenzie de Ensino (SME) nos dias 24 e 25 de outubro, no campus Higienópolis. A programação reuniu educadores, especialistas e representantes de escolas parceiras para debater os desafios e as práticas que fortalecem o acolhimento nas instituições de ensino. 

Na abertura, o chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro, conduziu a plenária “Para o Mackenzie, Inclusão é Missão”, em que destacou que o compromisso da instituição com a inclusão vai além do cumprimento da legislação. “Para o Mackenzie, inclusão não é uma opção nem uma exigência legal. Ela faz parte da nossa identidade institucional. Desde o início, sempre fomos inclusivos, isso se baseia na nossa missão, visão e confessionalidade”, afirmou o chanceler. Ele também ressaltou que a postura inclusiva tem inspiração no exemplo de Cristo, “tomamos Jesus como paradigma do acolhimento e do cuidado. Educamos cuidando e cuidamos educando, porque, para o Mackenzie, inclusão é missão”. 

A superintendente pedagógica de Ensino Técnico e Básico, Márcia Régis, explicou que os eventos MACK+, que também incluem o MACK+Alfabetização, têm como objetivo principal aprofundar temas centrais do SME. “No caso do MACK+Inclusão, buscamos trazer pesquisas e experiências que ajudem nossas escolas a aprimorar o trabalho com todos os alunos, respeitando suas características e potencialidades”, destacou Márcia Régis. 

Segundo a superintendente, o Mackenzie encara a inclusão como um compromisso ético, pedagógico e espiritual. “Como sistema de ensino cristão, enxergamos a inclusão mais do que como uma exigência legal, é uma missão de acolher todas as crianças e potencializar o desenvolvimento de cada uma delas”, afirmou. Ela acrescentou ainda que os participantes costumam sair dos encontros com novas perspectivas e repertórios, “recebemos muito feedback positivo. Os professores relatam que saem mais preparados para aplicar práticas inclusivas em sala de aula”. 

A programação da sexta-feira incluiu o SME Pocket “Acolhimento e Inclusão: a experiência de Sandra Asturi”, mediado pelo diretor do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) São Paulo, Ricardo Cassab. Na conversa, Sandra Asturi, mãe de Gabriel, o primeiro aluno com deficiência acolhido pelo Colégio, compartilhou sua trajetória de parceria com a instituição.  

“Bati em muitas portas antes de chegar ao Mackenzie. Quando fui recebida, ouvi ‘traga o Gabriel, porque, para nós, todos são semelhantes perante Deus’. Aquilo me marcou profundamente”, contou emocionada. Sandra relatou momentos de superação e o apoio recebido da comunidade escolar. “O Mackenzie praticamente formou o Gabriel. Ele cresceu, amadureceu e ganhou autonomia aqui. A inclusão verdadeira é quando todos aprendem juntos, e o Mackenzie fez isso por muitas vezes”, disse. 

O diretor Ricardo Cassab destacou que a história de Gabriel simboliza o espírito do evento. “O sucesso do Gabriel se deu também pela parceria entre família e escola. Uma educação inclusiva só acontece quando essa união existe”, afirmou. 

No sábado, o MACK+Inclusão seguiu com plenárias, pockets, workshops e talks, reunindo nomes de destaque como a neurologista Cláudia Lotti, que abordou temas como neuroplasticidade e técnicas de memorização, e o professor Elizeu Coutinho, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), que tratou sobre TDAH e TEA, entre outros. 

Por fim, a superintendente Márcia Régis destacou o papel do evento dentro do SME, “cada MACK+ é uma oportunidade de fortalecer a missão do Mackenzie de promover uma educação cristã, científica e inclusiva. E a inclusão, para nós, é um reflexo direto desse compromisso”. 

O chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro. FOTO: Dagoberto Nogueira/NTAI.

A superintendente pedagógica de Ensino Técnico e Básico, Márcia Régis, ressaltou que o MACK+Inclusão reforça o compromisso ético, pedagógico e espiritual do Mackenzie com uma educação acolhedora e voltada para o desenvolvimento de todos os alunos. FOTO: Dagoberto Nogueira/NTAI.

O diretor do CPM São Paulo, Ricardo Cassab, e Sandra Asturi, mãe do primeiro aluno com deficiência acolhido pela instituição, compartilharam experiências inspiradoras sobre parceria, acolhimento e inclusão no ambiente escolar. FOTO: Dagoberto Nogueira/NTAI.