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O legado de Pelé para a seleção brasileira

CCL Em dezembro, o Brasil perdeu o nome mais representativo do futebol: o Rei Pelé. O professor do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da UPM, Anderson Gurgel, comenta os impactos sociais e esportivos que Pelé deixou para a seleção brasileira e para o país. Segundo ele, esse fato, que acontece logo após a derrota da seleção nacional na Copa do Catar, acentua os imensos desafios que o futebol brasileiro, como importante motor da cultura e do entretenimento nacional, tem pela frente. “Nosso esporte mais amado precisa mudar, e a perda de seu maior símbolo de sucesso, na figura do Rei do Futebol, reverbera numa pergunta incômoda: seremos o país do futebol deste século?”, pontua Gurgel. Para o professor, os feitos alcançados no século passado são inegáveis. Entretanto, a indústria futebolística e toda sociedade brasileira vai ter de se reinventar para legitimar esse título no mundo contemporâneo. “O futebol no Brasil não é só futebol, é uma indústria importante na economia simbólica e também tradicional”, concluiu.

 

Sete dicas para você ser um mackenzista raiz

Com o início das aulas para os calouros de 2023, selecionamos algumas dicas e oportunidades para ajudar os novos mackenzistas nessa nova etapa.

TIA: o Terminal Informativo Acadêmico é sua identificação mackenzista. Com ele, você consegue logar no Portal do aluno, retirar livros na biblioteca e conectar-se no wi-fi do Mackenzie, além de permitir a entrada em nosso campus com a carteirinha física.

Horas complementares: os alunos precisam, ao longo dos anos, cumprir uma quantidade de horas complementares, divididas em acadêmicas, científicas e culturais. A quantidade varia de acordo com seu curso; para validar as atividades extracurriculares, é necessário um comprovante. Aqui no Mackenzie há várias possibilidades, como oficinas, grupos de pesquisa e participação em palestras, mas atenção: não deixe para a última hora, pois sem elas não é possível se formar!

Iniciação científica: somos referência em pesquisa e, se você é curioso e tem interesse pela área, não deixe de fazer seu projeto de iniciação científica. Todo semestre é aberto um novo edital, e uma das exigências é estar matriculado em qualquer curso de Graduação da UPM.

Empresas juniores: são formadas exclusivamente por alunos e dão oportunidades nas áreas de comunicação, engenharia e consultoria, com o propósito de capacitar os alunos para o mercado de trabalho.

Intercâmbio: o Mackenzie possui diferentes iniciativas internacionais, com parcerias com mais de 140 instituições estrangeiras e convênio de mobilidade acadêmica. É possível também ter dupla titulação, na qual o aluno passa a estudar em universidades dos Estados Unidos, da Austrália, da França ou de Portugal.

Esportes: a Seleção Mackenzie representa a Universidade em competições oficiais de diferentes modalidades esportivas, incluindo o e-Sports. Para vestir a camisa do Mackenzie, é preciso procurar a Atlética de sua unidade acadêmica ou a Coordenadoria de Gestão Desportiva Universitária (CGDU), pois o processo de vaga para os times depende da modalidade — coletiva ou individual — do esporte escolhido.

Redes sociais: para ficar por dentro de tudo que acontece no Mackenzie, siga nossas páginas no Instagram, TikTok, Twitter e LinkedIn. Lá você encontra notícias, eventos, oportunidades pelo campus e um monte de conteúdo legal. Isso é @mackenzie1870!

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Mudanças legislativas equiparam a injúria racial ao racismo

FDir Um passo importante foi dado no mundo legislativo com a equiparação do crime de injúria racial ao racismo. A mudança na lei, que já está em vigor, foi sancionada pelo governo federal em 12 de janeiro. O professor do curso de Direito da UPM, Adilson Moreira, comenta a importância da nova lei. “Ao classificar a injúria racial como uma manifestação de racismo, a nova legislação pune ações que operavam como um tipo de incitação à discriminação, mas que eram consideradas crimes contra a honra, um tipo de mensagem que ofende o senso de decoro pessoal”, aponta o professor.

A distinção entre as duas práticas, de acordo com ele, desconsidera a motivação de atos preconceituosos. “Diferentes estratégias são usadas para impedir que pessoas negras possam ter acesso a oportunidades sociais ou ter respeitabilidade social, bens legalmente protegidos”, declara.

A nova legislação reconhece também aspectos como o uso do humor hostil contra minorias raciais, bem como grupos e situações específicas, como o preconceito religioso e os casos de racismo praticados em campos de futebol, também são compreendidos na lei. As penas para os crimes de racismo e injúria racial aumentaram, o que, para o professor Moreira, é um ponto muito importante, pois anteriormente, em alguns casos, havia benefícios processuais que impediam a penalização adequada. A lei também torna o crime imprescritível e inafiançável.

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Moeda única ou unidade de conta no Mercosul?

Economia A possível criação de uma moeda única para transações comerciais entre os países que integram o Mercosul tem sido um dos assuntos mais comentados nas mídias. O professor de Economia da UPM, Pedro Raffy Vartanian, explica que a ideia consiste na criação de uma unidade de conta. “Trata-se de um mecanismo que permite a realização de transações entre pessoas ou países, nesse caso, em que as moedas são convertidas para a realização da troca, mas cada país continua com a própria moeda”, afirma.

No entanto, já existe o Sistema de Pagamento em Moeda Local (SML), que consiste na troca direta de reais por pesos argentinos em transações internacionais de bens. “Dado que o SML já existe, qual é a necessidade de se criar uma moeda? Seria melhor ampliar e popularizar o SML, que dispensa o uso do dólar nas transações entre os países”, aponta o docente.

Vartanian explica que a ideia de criar uma moeda única entre os países que compõe o Mercosul parte da própria Argentina, que está com uma economia debilitada e enxerga nessa medida uma “fórmula mágica” para resolver os problemas econômicos do país. Além de a ideia não encontrar respaldo em diversos estudos, não interessa ao Brasil a criação de uma moeda única no continente, até por ter uma economia mais estável. O professor, portanto, espera mais clareza da equipe econômica do governo brasileiro para compreender melhor os propósitos da ideia. “A falta de clareza das equipes econômicas sobre o que se espera, efetivamente, amplia as incertezas que afetam expectativas futuras sobre ambas as economias”, conclui.

Alessandra Abe Pacini (blusa clara) foi homenageada pela embaixada brasileira nos Estados Unidos. Pacini estudou Física na UPM e realizou iniciação científica no CRAAM, no qual também realizou sua pesquisa de mestrado

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Homenagem da embaixada Brasil-EUA

CRAAM A pesquisadora especialista em Física Espacial, Alessandra Abe Pacini, foi homenageada pela embaixada brasileira nos Estados Unidos por sua contribuição à ciência brasileira no intercâmbio de conhecimento entre os dois países. Pacini estudou Física na UPM e realizou iniciação científica no Centro de Radioastronomia e Astrofísica do Mackenzie (CRAAM), no qual também realizou sua pesquisa de mestrado. Depois de anos estudando Astrofísica, a pesquisadora migrou para Física Espacial e, atualmente, trabalha na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, como integrante da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA). Sua pesquisa concentra-se em torno dos impactos da atividade solar sobre a Terra.

Depois de palestrar na quinta edição do Encontro da Diáspora Científica e Tecnológica Brasileira nos Estados Unidos, no painel sobre futuro sustentável, a antiga mackenzista recebeu a condecoração “em reconhecimento pela sua contribuição em construir pontes intelectuais ao conectar a comunidade brasileira científica, tecnológica e inovadora presente nos Estados Unidos com o Brasil”. “Eu não sabia que ganharia um prêmio, foi a primeira vez que participei de um evento da diáspora brasileira nos Estados Unidos. E me senti muito honrada”, declarou.

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A polêmica dos e-Sports esclarecida

CCL Uma polêmica surgiu depois da declaração da ministra dos Esportes, Ana Moser, sobre os e-Sports serem entendidos como “uma indústria de entretenimento, e não como uma prática esportiva”. O professor do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da UPM, Anderson Gurgel, no entanto, discorda desse posicionamento. “Diversos estudos evidenciam que os esportes eletrônicos são um fenômeno novo, em mutação, e mostram uma faceta contemporânea da cultura esportiva em constante transformação”, explica.

Segundo ele, os jogos eletrônicos se diferenciam da dimensão dos videogames (atividades de lazer de cunho doméstico, somente com o objetivo de se divertir). Os e-Sports — como o League of Legends (LOL), Counter Strike (CS), Free Fire, entre outros — quando jogados sob o paradigma da competitividade, com atletas (pro-players) dedicados e com treino regular, com torcidas e campeonatos estruturados com regras unificadas e entidades reguladoras, já mostram algumas das maiores características do que se constitui como identidade esportiva.

Anderson Gurgel ainda acrescenta que o não reconhecimento dos e-Sports como prática esportiva cria alguns entraves na visibilidade da modalidade. Ele cita como exemplos a dificuldade de obtenção de vistos específicos para os atletas que representam o Brasil em competições no exterior e as leis de incentivo ao esporte, que não poderiam avaliar projetos que pensem ações em comunidades carentes, levando em consideração atividades de esportes eletrônicos e contando com o apoio de empresas por meio de subsídios.

De toda forma, Gurgel celebrou a fala da ministra como uma oportunidade de abrir o debate sobre a consolidação dos e-Sports como esporte, o que pode contribuir para aprimorar a regulamentação e as condições para os jogos eletrônicos, que evidenciam a evolução da sociedade ao buscar novas formas de competir e praticar o desporto.

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Cuidado ao combinar alimentos

CCBS Você provavelmente já deve ter ouvido falar que determinadas combinações de alimentos não fazem bem para a saúde. Os professores da UPM dão dicas sobre o que pode ser consumido e o que deve ser evitado.

Um dos problemas mais frequentes está na ingestão de alimentos que, combinados, podem diminuir a absorção de nutrientes de cada um deles. A professora do curso Tecnólogo de Gastronomia da UPM, Márcia Nacif, cita alguns exemplos:

  • Leite e queijo, ricos em cálcio, diminuem a absorção do ferro de origem vegetal (presente nos feijões, lentilha, abóbora, beterraba, brócolis e outras verduras verde-escuras).
  • O consumo elevado de alimentos ricos em fitatos (compostos de ocorrência natural formados durante o processo de maturação de sementes e grãos de cereais) diminui a absorção do zinco.
  • O ácido oxálico — presente em alguns legumes e verduras (beterraba, espinafre, semente de tomate, aspargo), no cacau, chocolate, gérmen de trigo, nas nozes e nos feijões — forma complexos com o cálcio dietético, o que dificulta a absorção do mineral, podendo causar prejuízos na massa óssea. Ou seja, consumir leite com achocolatado ou chocolate não é uma boa escolha em termos de absorção de cálcio.
  • O consumo de chás logo após as refeições deve ser evitado, pois estes têm propriedades que impedem a absorção de determinados nutrientes, sobretudo minerais como o zinco e o ferro.

Resta a dúvidas: pode misturar manga com leite? “Isso éuma lenda popular que remonta o Brasil colônia”, explica o docente de Gastronomia da UPM, Maurício Marques Lopes Filho. Como naquele tempo o leite era um produto caro e raro, voltado somente para a elite, e a manga era uma fruta bem abundante, os senhores de engenho espalharam que juntar os dois era perigoso. Tudo isso para desestimular o consumo pelos trabalhadores escravizados. O docente explica que, ao contrário da lenda, a mistura é muito benéfica. “A manga é rica em betacaroteno, contém fósforo, potássio, vitamina C e fibras. O leite é fonte de proteína de alto valor biológico, cálcio — não havendo outro item que forneça a mesma quantidade —, fósforo, magnésio e vitaminas A, D e riboflavina”, conclui.

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