
Saiba mais sobre ampliação da mamografia para mulheres entre 40 e 49 anos
01 de outubro de 2025 | Faculdade Paraná Hospital Paraná Destaque
O Ministério da Saúde divulgou, no dia 23 de setembro, que a mamografia será ampliada no SUS para pacientes entre 40 e 49 anos de idade. A medida tem como objetivo ampliar o diagnóstico da doença. Especialista em câncer de mama, a oncologista clínica do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), dra. Fernanda Rocha, acredita que a medida representa um avanço na luta contra a doença. “Achei uma medida acertada, uma vez que quando o câncer de mama é descoberto em seus estágios iniciais, as chances de cura chegam a 90%. Essa ampliação dos diagnósticos para uma nova faixa etária é algo importante”, avalia a médica, que também é professora da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR). A nova diretriz permite que o exame seja feito sob demanda, a partir de uma decisão conjunta entre paciente e médico. De acordo com o ministério, essa faixa etária concentra 23% dos casos de câncer de mama, que é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.
Outubro é o mês que marca a luta pela prevenção e combate ao câncer de mama, o “Outubro Rosa”. A data reforça a importância da conscientização e sobretudo do diagnóstico precoce. De acordo a dra. Fernanda, a mamografia e exames periódicos são importantes aliados na detecção precoce do problema. “A mamografia, associada ao exame médico anual, é, indiscutivelmente, o melhor método para detecção precoce de tumores na mama. O autoexame não é considerado um método de rastreio, pois a paciente normalmente percebe a lesão em tamanho já maior. Portanto, não deve substituir consultas e mamografia de rotina. No entanto, sempre que você perceber alguma nodulação nova ou estranha na mama, deve consultar um médico especializado”, explica a especialista.
As mulheres devem estar atentas a alguns sintomas específicos, que possam indicar um possível câncer de mama, como por exemplo, nódulos novos na mama, retrações ou assimetrias, inchaços ou vermelhidão, saída de secreção com sangue ou tipo “água”, feridas que não cicatrizam - especialmente no mamilo e dor na mama.
Inovações no tratamento
Os últimos anos foram de avanços significativos para o tratamento do câncer de mama, segundo Fernanda Rocha. “Para os tumores luminais (hormonais), tivemos a chegada dos inibidores de ciclina, tanto no cenário de doença localizada, quanto no cenário metastático. São medicamentos orais que auxiliam no bloqueio na multiplicação celular, atuando em conjunto com a hormonioterapia. Para tumores HER -2, chegaram muitas opções de terapia-alvo novas. E por último, no cenário de doença triplo-negativa, tivemos bons resultados da associação da imunoterapia com a quimioterapia. Temos também os chamados anticorpos droga-conjugada, que estão disponíveis para todos os subtipos de tumor, que são anticorpos que ‘entregam’ a quimioterapia com mais eficiência nas células do câncer”, explica a especialista.
Prevenção
Manter um estilo de vida saudável, com prática regular de atividades físicas, alimentação balanceada (longe dos alimentos ultraprocessados) e evitar o cigarro e a bebida alcoólica, são boas maneiras de prevenir o câncer de mama, segundo a médica. “30 minutos de exercício aeróbico 5 vezes por semana, ou 1 hora 3 vezes por semana. Isso ajuda no controle de peso e diminui o risco cardiovascular, além de diminuir em até 60% o risco de câncer (mama, endométrio, cólon). Além disso, é importante manter uma dieta balanceada e colorida, rica em vegetais, frutas e grãos. Deve-se evitar embutidos, carne vermelha em excesso, alimentos ultra processados e refinados e bebidas adocicadas. Por fim, se manter longa do álcool e do cigarro evita vários tipos de câncer, além, é claro, do câncer de mama”, afirma Rocha.
Fator psicológico
Receber um diagnóstico de câncer de mama é algo que ninguém está preparado. É uma notícia muito dura, que afeta tanto a paciente quanto seus familiares e pessoas mais próximas. “Ninguém nunca está preparado para isto. Mas devemos ser menos exigentes conosco e se deixar viver as fases do ‘luto’ após o diagnóstico. Faz parte do processo, e devemos deixar que estas emoções sejam vividas: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Nós, mulheres, sempre queremos ser fortes, mas este é o momento para deixar-se cuidar pela sua rede de apoio. Deixar sentir raiva, revolta, tristeza. Permitir-se não estar disposta nos dias da quimioterapia. Nos locais em que eu trabalho, temos serviços especializados de psicologia para ajudar neste processo. Apesar de todo medo que envolve o diagnóstico e tratamento de câncer, a detecção precoce e pronto início do tratamento tem muito impacto nas chances de cura. Não deixe de procurar ajuda de uma equipe especializada para te acolher e te acompanhar”, aconselha a especialista.
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