
Afetos e emoções: por que só nos lembramos delas quando tudo sai do controle?
27 de junho de 2025 | Faculdades Faculdade Rio Destaque
Na primeira semana do mês de junho, alunos do curso de Psicologia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie (FPM) Rio promoveram uma roda de conversa para tratar de dois temas que muitas vezes não recebem a devida atenção no cotidiano corrido: os afetos e as emoções. Voltada para o público feminino, a atividade começou com os mediadores — autores do projeto “Elas, entre Afetos e Emoções” — quebrando o gelo ao compartilharem histórias recentes que despertaram emoções ainda latentes. Em seguida, todas se sentiram à vontade para falar. Um exemplo foi o depoimento de uma participante venezuelana, que compartilhou o sentimento ambíguo de alegria e tristeza pelo irmão, com quem tem uma forte conexão, estar se mudando para estudar em outro estado.
“O grupo todo se abriu muito, chorou e riu. No final, conseguimos nos conectar com os afetos. Abraçamos cada uma das participantes — e a nós mesmos — e dissemos coisas importantes, tentando resgatar na memória aquilo que realmente importa. Somos seres complexos, mas tudo tem um jeito de se viver. As emoções estão ali, em nós, para serem sentidas e experimentadas”, destacou a aluna do 3º período de Psicologia, Ana Karolina Lunna Patrocínio.
Com um clima acolhedor e respeitoso, as participantes relataram como têm se conscientizado das diferentes emoções — raiva, tristeza, alegria, medo e nojo — que atuam em conjunto nas nossas relações internas (intrínsecas) e interpessoais. A reflexão girou também em torno da chamada “escuta qualificada das emoções”, abordando os limites entre acolher e interferir nos sentimentos do outro, e como isso pode influenciar decisões futuras.
"Participar da atividade em grupo sobre emoções primárias na faculdade do meu irmão foi uma experiência marcante e surpreendentemente enriquecedora. Desde o início, fui acolhida com gentileza pelos colegas, o que me permitiu mergulhar no tema com leveza e curiosidade. Foi interessante observar como todos estavam dispostos a compartilhar suas percepções e vivências, tornando a discussão não só divertida, mas também profundamente humana. A dinâmica, além de educativa, proporcionou momentos de conexão genuína com os outros participantes, mostrando que aprender sobre emoções pode ser algo leve, sensível e até prazeroso", afirmou a participante do encontro, Heloisa de Lima Costa.
Ela acrescenta que se sentiu segura ao falar abertamente sobre seus sentimentos: "O que mais me chamou a atenção foi como o espaço favoreceu o diálogo aberto e o acolhimento das vulnerabilidades de cada um. Em um mundo em que, muitas vezes, somos ensinados a esconder o que sentimos, foi inspirador vivenciar um ambiente onde as emoções eram tratadas com respeito e empatia. Essa vivência me fez refletir sobre a importância de construir espaços seguros de escuta e apoio, onde possamos expressar o que sentimos sem medo de julgamento. A troca que aconteceu ali me marcou profundamente e reforçou a ideia de que compreender e acolher as emoções — próprias e dos outros — é um passo essencial para relações mais saudáveis e humanas".
Outros temas relevantes abordados foram a modulação do humor e a regulação emocional. Em outro momento do encontro, foi apresentada a “caixa de sentimentos” — uma dinâmica em que as participantes escreveram sobre situações que provocaram emoções intensas, buscando compreender e refletir sobre essas vivências. Atividades como essa fortalecem o autoconhecimento e são fundamentais como apoio emocional. A regulação das emoções é possível por meio da prática contínua e, muitas vezes, com a orientação de um profissional.
“A roda de conversa foi uma iniciativa dos próprios alunos. Isso é muito positivo, pois nos permite ouvir as pessoas, trocar experiências com a comunidade e esclarecer aspectos sobre as emoções, que ainda são um tabu. Muitas vezes, elas ficam reprimidas. Quando criamos esse espaço de diálogo, as pessoas se sentem pertencentes e à vontade para falar sobre o que sentem. É sempre enriquecedor, pois se transforma em acolhimento e troca. Tratar das emoções é também tratar da saúde mental. Fico muito feliz em ver o engajamento dos alunos e como isso contribui para o bem-estar da comunidade”, ressaltou a professora de Psicologia, Isabela Henze.
Por fim, a roda de conversa consolidou-se como um espaço seguro e livre de julgamentos. A proposta é que a atividade seja retomada no segundo semestre, com o objetivo de continuar contribuindo para uma vida mentalmente mais saudável para todas.
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