Pela primeira vez na história da cidade de Barueri, foi registrada a presença da ave Inhambu-chintã, considerada uma espécie de difícil observação em ambientes urbanos. A descoberta foi feita pelos integrantes do projeto AviFauna, do CPM Tamboré, que pesquisavam a presença das aves nas imediações da Instituição.
O registro foi realizado em janeiro de 2023, utilizando uma armadilha fotográfica. O Inhambu-chintã (Crypturellus tataupa) apresenta um comportamento tímido, dificultando sua visualização. Para tanto, a armadilha fotográfica ficou ativa durante trinta dias no local. De acordo com o professor do projeto Clube de Observadores de Aves – Tamboré (COA), Edilson Aparecido Pichiliani, essa ave gosta de áreas de mata e sub-bosque e sua presença no CPM Tamboré é uma evidência da importância de ações de sustentabilidade como a preservação de áreas nativas e o reflorestamento realizado na área.
O COA, criado pelos professores Pichiliani e Pedro Abib Cristales, conta com o apoio do MackPesquisa e tem por objetivo atrair alunos interessados na observação ornitológica e desenvolver a consciência e ações de preservação ambiental no entorno do Colégio. A descoberta foi reportada ao Na Lupa!, novo quadro de divulgação científica da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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Depois de assistir ao filme Contato, inspirado no livro homônimo do astrônomo Carl Sagan, a pesquisadora Alessandra Abe Pacini, ao ver a atriz Jodie Foster interpretando uma astrônoma, não teve dúvidas: ela queria explorar o espaço. Hoje, integrante da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (National Oceanic and Atmospheric Administration – NOAA) e com pesquisa consolidada na área de Clima Espacial, Alessandra coleciona homenagens e apresenta sua pesquisa no Na Lupa!
A pesquisadora explica que o clima espacial se trata da influência da atividade solar em altas camadas da atmosfera terrestre e não tem nenhuma relação direta com as mudanças climáticas. “O impacto maior das explosões solares estão na alta atmosfera, algo de 100 km, e é a parte mais vulnerável ao clima do espaço, então o maior efeito não é no clima terrestre”, explica. Como efeito prático, as explosões solares tendem a afetar transmissões de satélites e sinais que passam pelas altas camadas da atmosfera, como o sinal de GPS e a conexão de televisão via satélite. A pesquisa de Pacini é pautada na análise de dados colhidos por diversos instrumentos, como radiotelescópios e satélites. “No dia a dia, estamos a maior parte do tempo olhando para o computador, trabalhando os dados, fazendo análise estatística e comparando-os com as teorias vigentes”.
Formada em Física pela UPM, logo no primeiro semestre Alessandra Pacini descobriu o Centro de Radioastronomia e Astrofísica (CRAAM) e, com muita insistência, foi aceita pelo pesquisador Jean Pierre Raulin, hoje coordenador do CRAAM. Assim que concluiu a graduação no Mackenzie, iniciou o mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em colaboração com o CRAAM. Ela continuou o doutorado no INPE, mas dessa vez em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Desde 2016, ela mora nos Estados Unidos, já trabalhou em parceria com a NASA e agora está no NOAA.
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Como forma de recuperar parte da água que foi perdida para a poluição, pesquisadores da UPM criaram a membrana filtrante que utiliza nanomateriais, o que aumenta a retenção de partículas prejudiciais para o consumo, facilitando assim a obtenção de água potável.
Segundo o professor Thiago Canevari, responsável pela criação das nanomembranas, “o tratamento de água e efluentes faz parte da Agenda 2030, a qual contém os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Dessa forma, o desenvolvimento de nanomembranas filtrantes aborda diversos desses objetivos, como a erradicação da pobreza, a garantia de água potável, saneamento para todos e a preservação da vida aquática”, aponta o pesquisador sobre a importância que as membranas podem ter na atualidade.
As membranas filtrantes são porosas e contêm nanoestruturas híbridas à base de nanomateriais de carbono (ponto quântico de carbono), óxido de zircônio e sílica dispersas na superfície, pelos quais os efluentes e as águas contaminadas passam e interagem com as nanoestruturas. Nelas, as substâncias nocivas ficam aprisionadas. Atualmente, a pesquisa está na fase de criação do protótipo dos nanofiltros, que usam as membranas como parte principal.
A nanomembrana é um dos projetos disponíveis na Vitrine Tecnológica, plataforma que pretende dar visibilidade a projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas patentes realizados na UPM. Os interessados em ampliar o desenvolvimento dessa pesquisa podem entrar em contato com o Núcleo de Inovação Tecnológica (cit.nit@mackenzie.br) ou com a Coordenadoria de Inovação Tecnológica (cit@mackenzie.br).