Vinheta: Palavra do presidente

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Título: Comunhão na prática: integração para construir resultados
Elemento decorativo
Milton Flávio Moura

Milton Flávio Moura, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie.

Foto: NTAI/Mackenzie

Nas últimas edições da Revista Mackenzie, publicadas em 2021, aproveitamos este espaço para apresentar um tema relevante para a atual gestão do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), a saber: a Matriz CDR. Trata-se de um conjunto de princípios e ações que harmoniosamente agregam Confessionalidade, Desenvolvimento e Resultado — daí a sigla CDR. Em outras palavras, nossa Universidade, faculdades, colégios, hospitais e unidades de negócio, apesar de suas diferenças e peculiaridades, compartilham os ideais, os valores e os propósitos centrados e orientados segundo a fé cristã reformada. Por conseguinte, podemos fomentar uma realista expectativa de resultados significativos, que ao mesmo tempo redundem em benéficos práticos à comunidade mackenzista e à sociedade em geral. Ademais, quando o assunto envolve a prática, é imprescindível um olhar cuidadoso para os preceitos bíblicos que ensejam a própria Matriz CDR. Nesse ponto, destacamos um deles: a comunhão cristã.

É certo que a confessionalidade enfatiza diversos valores e princípios definidores da gestão do IPM. No entanto, um deles merece nossa especial atenção neste momento: a prática da comunhão. É preciso relembrar que os primeiros passos do cristianismo foram dados sob a segura direção da mútua cooperação, pois os discípulos “[...] perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (Atos 2:42). Sobretudo, seus seguidores reconheceram que a coparticipação é um dos esteios do próprio chamado para servir a Jesus Cristo (1Coríntios 1:9). Por essa razão, conforme a fé cristã estendia seus braços e acolhia graciosamente indivíduos das mais variadas etnias, povos e nações — exigindo, assim, um trabalho coordenado entre essas pessoas —, Paulo passa a escrever sobre a competência dos cooperadores. Com muita perspicácia, o apóstolo argumenta que a comunhão é simplesmente indispensável, tendo em vista que cada um de nós compõe as partes vitais de um corpo saudável. Assim, mesmo as menores, aquelas partes que podem ser apontadas como insignificantes e indignas, na verdade, são determinantes para o bem-estar comunitário (1Coríntios 12:12-31). Desse modo, o apóstolo Paulo lança mão da analogia de um organismo vivo para assegurar que precisamos uns dos outros. Dito de outro modo, nenhum trabalho, serviço, obra ou expediente pode obter pleno sucesso sem a participação ativa de todos. Não há — e não deve haver jamais — espaço para o egocentrismo, o orgulho e a vaidade. Em suma, sem a prática da comunhão não há bom êxito.

Ainda com respeito ao bom êxito da mútua colaboração, precisamos mencionar um predicado que é, sem dúvida, o motor propulsor: o amor. Sem nenhuma hesitação, o amor deve ocupar o papel central no exercício da comunhão, porque ele é o motivador mais eficaz para o serviço junto ao próximo, de modo que, por amor, priorizamos os outros acima de nós mesmos (Filipenses 2:1-4). Com efeito, especialmente nós, mackenzistas que compreendemos o propósito agregador, voluntário e serviçal do amor, quer seja ontem, quer seja hoje ou no futuro, encontramos na Bíblia Sagrada um modelo de comunhão fraternal que excede os limites impostos pelas implacáveis amarras do tempo e do espaço. A relação interpessoal entre o Pai, o Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo preconiza a mais perfeita convergência entre pessoas. De fato, somos inspirados nas ações sem precedentes de Deus, que não somente criou o ser humano mas também levou a cabo a mais bem-sucedida de todas as obras: a salvação em Jesus Cristo.

Por isso, sob a motivação que emana do próprio Deus, é evidente que a prática cristã da solidariedade fraterna e amigável para com o próximo promove também a real integração das equipes que trabalham juntas e, simultaneamente, otimiza tanto o desenvolvimento quanto os resultados expressivos. Inequivocamente, a Bíblia Sagrada assevera que a verdadeira comunhão oportuniza o progresso (Eclesiastes 4:8-12), uma vez que potencializa habilidades e competências que são essenciais para o sucesso profissional e pessoal, bem como a sustentabilidade de uma empresa e seus bons negócios. Em última análise, a prática da comunhão enaltece o trabalho coletivo, amistoso, parceiro e participativo, de modo que as expectativas de desenvolvimento e de resultados aumentam exponencialmente.

Por fim, tudo que tratamos até aqui nos leva a outro assunto importante para a gestão do IPM, que envolve a criação e a adoção de ferramentas e seu melhor uso. Todas as ferramentas e estratégias de gestão adotadas pelo IPM orientam-se pela matriz CDR e pela visão colaborativa que temos da Instituição. Por isso, temos priorizado iniciativas e práticas de caráter integrador, que coloquem em foco a missão mackenzista de servir e transformar pessoas e a sociedade. Para tanto, lançamos em fevereiro de 2022 o Projeto Mackenzie RenovAção. Esta nova iniciativa de tecnologia e gestão permitirá que todos os nossos sistemas e processos sejam integrados, com ganhos de produtividade e segurança para nossas atividades. Colaboradores, alunos, pacientes e parceiros das unidades de educação, saúde e negócios do Mackenzie serão impactados positivamente pelo programa. Somos parceiros da empresa TOTVS nessa iniciativa, que envolve todas as unidades e centros de serviços do Mackenzie e suas mantidas, integrando cerca de 128 projetos e grupos de trabalho. Mais de 70 profissionais estiveram envolvidos na jornada de construção do programa.

Estamos apenas no começo. Trabalhamos para que o Programa Mackenzie RenovAção seja mais uma valiosa e marcante iniciativa de nossa instituição e que entre para a história mackenzista. Pessoalmente, estou animado com essa perspectiva. Parabenizo aqui todos os envolvidos na construção desse projeto, confiante de que seu desenvolvimento será extremamente exitoso. Portanto, com a comunhão e a integração de todos de nossa instituição e, sobretudo, contando com as bênçãos e a proteção de Deus, iremos cada vez mais longe.

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