Jovens da Orquestra Locomotiva tocaram canções tradicionais de Natal e surpreenderam público formando um coral.
Fotos: NTAI/Mackenzie
Já é tradição em Campinas: quando o fim de novembro se aproxima, o Centro de Ciência e Tecnologia (CCT), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), realiza a Cantata Um Grito de Paz, que marca o começo das comemorações do Natal na cidade do interior paulista. Entretanto, a 11ª edição da Cantata, que aconteceu em 28 de novembro, foi diferente: em vez do tradicional coral, a apresentação contou com a participação da Orquestra Locomotiva.
A ocasião de anúncio da chegada do Natal emocionou os presentes. A orquestra, formada por crianças e adolescentes, embalou o público com tradicionais canções natalinas, como “Ó noite santa”, “Noite feliz” e “Oh! Vinde fiéis”. As vozes foram acompanhadas por uma orquestra completa, com violinos, contrabaixo, percussão e violoncelo, além dos metais — grupo que abarca instrumentos de sopro como trombone, trompete e trompa. Ao fim da apresentação, os músicos deixaram de lado os instrumentos e formaram um pequeno coral, que encerrou a apresentação cantando “Bate o sino” e “Ó vinde adoremos”.
Significados da Cantata
O reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, destacou que a Cantata é um momento de gratidão pelo ano que se aproxima do fim, com suas vitórias e desafios. “É um evento tradicional e muito importante, porque uma Universidade precisa estar próxima da sociedade e ser relacional. Esse evento marca a expressão de nossa fé, um reforço de nossa identidade”, afirmou. O diretor do CCT, Leopoldo Rocha Soares, por sua vez, apontou a música como um caminho para a paz — não apenas na sociedade, mas dentro de cada pessoa. “Sei que a música é um momento de interiorização de nossos sentimentos e talvez seja algo mais apropriado para que tenhamos um grito de paz, não apenas para todos os povos, mas para nós mesmos”, disse.
O maestro Parcival Módolo, da Coordenadoria de Arte e Cultura (CAC) da UPM, explicou o motivo da mudança na apresentação de 2023. “Ano passado, quando completou-se uma década do Grito de Paz, decidimos repensar [o formato]. A fluência dos cantores já não era a mesma, e notamos certa exaustão do público. Então, pensamos em inovar e trazer a Orquestra Locomotiva”, apontou, destacando ainda a relação com o trabalho social desenvolvido pela Locomotiva com a identidade confessional do Mackenzie.
Relação com Campinas
Por ser um evento oficial da cidade de Campinas, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) enviou o maestro da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Wanilton César Mahfuz, para representá-lo. “Fiz parte do primeiro Grito de Paz, em 2003. E Deus sempre nos permitiu, a cada ano, trazer essa celebração e marcar o início do Natal em Campinas, sempre com o foco no verdadeiro sentido dessa festividade. Que esse grito de paz seja reflexo de um desejo de que a paz do Senhor inunde a todos nós”, contou o maestro.
O capelão do campus Campinas da UPM, reverendo Jabis Ipólito de Campos Júnior, reservou algumas palavras para a abertura do evento, em que destacou a importância de anunciar a chegada do Natal, principal celebração da fé cristã. “Natal é luz, pois a Luz do mundo chegou. Jesus é alegria e festa e, por isso, a data nos enche de felicidade. Ele é libertação, pois toda opressão acaba com a vinda de Cristo. Jesus é justiça, paz e vida plena. Por isso, Natal é um grito de paz, uma paz que apenas Cristo pode dar. Vamos celebrar o nascimento daquele que nos dá paz”, apontou.
Orquestra Locomotiva
A Associação Locomotiva João Ramalho é uma organização não governamental (ONG) que surgiu em 2008. A entidade trabalha na educação e capacitação musical de crianças e adolescentes utilizando uma metodologia própria, desenvolvida pelo maestro e fundador Rogério Schuindt. A ONG tem unidades em São Paulo (capital), Santo André e Mauá, na Região Metropolitana. Cada polo atende entre 200 e 400 alunos, com aulas diárias.
A Orquestra Locomotiva contou com a regência do maestro Rogério Schuindt. Estiveram presentes também no evento: o diretor do Seminário Presbiteriano do Sul, reverendo Carlos Henrique Machado; o pró-reitor de Extensão e Cultura da UPM, Cleverson Pereira de Almeida; e o pró-reitor de Planejamento e Administração, Luiz Carlos Lemos Júnior.