Mackenzie e Huawei concretizam projeto que permite geração de energia limpa e busca consolidação das normas de proteção elétrica.
Foto de abertura: br.freepik.com/@tawatchai07
A energia solar vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil, pois se trata de uma fonte renovável, limpa, com ampla disponibilidade e geradora de baixo impacto ambiental. A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) deu um passo importante em sua contribuição por um planeta mais sustentável ao inaugurar, no final de setembro, uma usina fotovoltaica no campus Higienópolis, por meio de parceria com a empresa Huawei. A usina solar é uma grande geradora elétrica que utiliza placas fotovoltaicas ou outras tecnologias para transformar a luz do sol em eletricidade.
“Essa inauguração é um marco para nós, da Engenharia. Em nossas metas, temos a ampliação dos projetos em parceria com o mercado, saltando de 5 para 80. A iniciativa com a Huawei é um passo inicial, mas nós vamos muito mais longe”, comemorou o diretor da Escola de Engenharia (EE), Marcos Massi.
O projeto “Inova Solar Huawei-Mackenzie” atua em quatro frentes. No laboratório para ensaio de inversores solares, localizado no subsolo do prédio 6, um equipamento transforma a energia de corrente contínua, gerada pelos painéis solares, para a energia utilizada nas tomadas. Em uma instalação fotovoltaica, esse equipamento pode causar incêndios. Diante desse risco, foi montado o laboratório que testa as tecnologias e as funcionalidades dos inversores elétricos para evitar desastres.
De acordo com o coordenador do curso de Engenharia Elétrica da EE, Bruno de Lima, por causa da ausência de normas de proteção elétrica para os equipamentos utilizados, o Mackenzie tem discutido uma solução com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Após essa etapa de consolidação das normas, desejamos que o laboratório seja um certificador de normas de proteção elétrica em arcos para inversores solares”, afirmou.
A segunda parte do projeto foi a montagem da Usina com uma estação meteorológica, no prédio 31, que já está gerando energia para o ar-condicionado do edifício. Já a terceira etapa é o curso EaD de Ações e Combate ao Incêndio, que será oferecido para todos os bombeiros do Brasil. Por fim, a última etapa compreende a capacitação para os alunos do Mackenzie. “Temos um curso de geração fotovoltaica que será ministrado aos alunos da Engenharia, de forma gratuita, para que eles possam atuar nessa área”, explicou Lima.
Segundo o diretor de Soluções da Huawei, Andrey Oliveira, nas décadas de 1980 e 1990 houve um crescimento gigante da indústria da energia solar, mas isso também gerou muitos acidentes. “O setor precisa ter um crescimento sustentável, com o uso de equipamentos e tecnologias que garantam a segurança”, complementou.
O reitor da UPM, Marco Tulio de Castro Vasconcelos, expressou seu otimismo de que “este será o primeiro de vários projetos de muito êxito, afinal, um de nossos objetivos é aproximar a universidade das empresas. A capacidade criativa dos professores envolvidos foi primordial”.