Autoavaliação

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Melhoria contínua e escuta ativa

Comissão Própria de Avaliação realiza pesquisas de satisfação na UPM e dá suporte às avaliações realizadas pelo MEC; conceito 5 da Universidade foi renovado em 2023.

Fotos: NTAI/Mackenzie

A boa reputação da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) é bastante conhecida e reconhecida na academia e no mercado de trabalho. Por isso, em março deste ano, a Instituição foi recredenciada pelo Ministério da Educação (MEC) com o conceito 5, o mais alto da escala. Mas o que exatamente torna a UPM uma instituição de referência? Quais são seus indicadores de ensino e pesquisa e as porcentagens de satisfação de alunos, professores e funcionários? Quantos de seus egressos estão empregados? Em que a UPM evoluiu nos últimos tempos e como ela sabe onde precisa melhorar? Se você tem essas dúvidas, está na hora de conhecer o trabalho da Comissão Própria de Avaliação (CPA).

A CPA é responsável pelos processos de autoavaliação da Universidade. A equipe coordenada pela professora Maria Campos Lage realiza pesquisas para identificar o que funciona bem ou não para estudantes, professores e funcionários; produz e divulga relatórios com os resultados dessas avaliações; e trabalha ao lado da reitoria e das unidades acadêmicas para implementar ações de melhoria contínua. “A CPA tem desempenhado um importante papel na Universidade, fornecendo relevantes subsídios para que a reitoria, bem como as unidades acadêmicas, possam avaliar diferentes aspectos da vida universitária e promover ajustes na gestão”, afirma o reitor da UPM, Marco Tulio Vasconcelos.

Os processos de avaliação interna abrangem as dimensões previstas no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). A CPA também empreende investigações próprias, indo além do exigido pelo MEC. Essas avaliações consideram um amplo conjunto de atividades, da graduação até a pós-graduação, envolvendo as atividades de ensino, pesquisa e extensão. E o padrão almejado é bastante elevado: “Consideramos insatisfatório qualquer resultado abaixo de 70% de aprovação. Nossa régua é alta”, observa Lage, presidente da CPA da UPM desde 2020.

Uma longa história

Em 2004, o MEC estabeleceu que todas as instituições de Ensino Superior do Brasil deveriam contar com uma Comissão Própria de Avaliação, de atuação autônoma. O órgão deveria conduzir processos de avaliação internos da instituição, sistematizando e prestando as informações solicitadas pelo MEC para fins de avaliação governamental. Isso foi determinado em 2004, mas na UPM o embrião da CPA nasceu em 1991.

Naquele ano, a reitora Aurora Albanese criou a Comissão para Assuntos de Avaliação, presidida pelo professor Marcel Mendes, da Escola de Engenharia (EE). O objetivo da Comissão era avaliar a atuação docente da graduação quanto à titulação, à produção científica e à experiência profissional. Em um tempo em que não se exigia titulação de mestrado ou doutorado para lecionar no Ensino Superior, a UPM desejava saber quantos de seus docentes possuíam esses títulos.

Em 1996, a reitora Aurora nomeou a Comissão Permanente de Avaliação, coordenada pela professora Maria Lucia Marcondes Carvalho Vasconcelos. Finalmente, em 1997, o então reitor Cláudio Lembo vinculou a Comissão à reitoria. “Essa história evidencia que, mesmo antes da obrigatoriedade pelo MEC, já praticávamos a autoavaliação. A diferença é que por muito tempo o foco foi apenas a atuação do professor. Atualmente, a avaliação é mais abrangente, e considero que, graças ao trabalho realizado por nossos antecessores, hoje a CPA está em seu melhor momento”, comemora Lage.

Avaliação externa

A CPA tem múltiplos olhos e braços. Ao longo do ano, são realizadas inúmeras pesquisas, que investigam aspectos da UPM que vão do conteúdo das aulas à infraestrutura, do ponto de vista de quem estuda e trabalha na Universidade. Os dados coletados servem de subsídio a muitas ações, entre elas a avaliação externa, realizada pelo MEC.

O último recredenciamento da UPM aconteceu no primeiro semestre deste ano, após 12 anos. O próximo deve acontecer daqui a uma década, graças ao conceito 5 alcançado em 2023. A avaliação, com 48 indicadores, considerou eixos relacionados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento institucional, às políticas acadêmicas e de gestão. Segundo a professora Maria Lage, o conceito institucional foi “um cincão”: a UPM alcançou conceito 5 em 46 indicadores e conceito 4 em dois.

A UPM nunca ficou com um conceito institucional inferior a 5 — por isso, o conceito máximo era, na realidade, o mínimo exigido pela reitoria. A equipe trabalhou durante um ano e meio mirando essa avaliação. Isso porque, ainda em 2021, uma comissão coordenada pela CPA fez uma espécie de “simulado” da avaliação feita pelo MEC. E chegou a um conceito menor que 5. “Notamos a necessidade de diversos ajustes. Houve uma grande mobilização da Universidade e do Instituto para realizar as mudanças necessárias”, lembra Lage.

Quando chegou a hora de o MEC entrar em ação, a reitoria estava segura do potencial para o conceito 5. A comissão de avaliadores do MEC fez uma visita virtual à Universidade, recebeu os relatórios com os indicadores e as evidências das práticas da UPM e conversou com alunos, docentes e funcionários. “Essas entrevistas servem para verificar se todos compreendem o que fazemos. Se os gestores afirmam que temos plano de carreira, os avaliadores vão perguntar aos professores e funcionários se eles sabem desse plano”, exemplifica Lage.

Olhando para dentro, divulgando com transparência

Suas pesquisas e relatórios também funcionam como insumos para que a reitoria, as unidades acadêmicas, as coordenações de cursos e outras instâncias conheçam os níveis de satisfação das pessoas que atuam na Universidade e quais gargalos são enfrentados. Esses relatórios são abertos. Estão disponíveis na internet os Relatórios de Autoavaliação Institucional elaborados desde 2012. Já as Avaliações Internas, também disponíveis para download na página da CPA, mostram a satisfação dos alunos de graduação e pós-graduação, docentes e egressos. “Nós avaliamos, por exemplo, a satisfação dos novos mackenzistas com o evento de recepção aos calouros. Temos perguntas abertas e fechadas. Esse material é utilizado pela organização para planejar a próxima edição com base no que funciona ou não”, exemplifica a presidente da CPA.

Formandos dos cursos de graduação que se sentiam seguros para dar início ou continuidade à vida profissional

Fonte: Dados da pesquisa realizada em maio de 2023.

A CPA é composta de representantes dos corpos docente, discente e técnico-administrativo, além de membros da sociedade civil. A representação é equânime com dois membros de cada grupo. As reuniões acontecem a cada semestre, e as atas de cada encontro também ficam disponíveis para consulta. A CPA conta ainda com o apoio da equipe da Coordenadoria de Governança Universitária e Desempenho Institucional (CGI), vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PRPA), para a operacionalização de suas pesquisas, além de um representante docente em cada unidade acadêmica. Esses representantes são responsáveis pela divulgação dos resultados das pesquisas para a comunidade acadêmica e têm prioridade na agenda da professora Maria Lage. “Nossos representantes docentes realizam um trabalho fundamental nas unidades acadêmicas, por isso tem prioridade no meu dia a dia”, conta.

Ouvir a voz de todos e melhorar sempre

Indicadores da gestão da UPM, como índices de evasão e inadimplência, são fundamentais para ajustar e implementar políticas de melhoria contínua. Contudo, as pesquisas com professores, alunos e funcionários são essenciais para identificar outras informações sobre a Universidade.

Todos os levantamentos realizados pela CPA são anônimos. A Comissão e outras instâncias da Universidade não coletam os nomes ou outros dados de quem responde os questionários, seja no Google Forms, no aplicativo da CPA, desenvolvido pelo Núcleo de Soluções Avançadas (NSA), seja por quaisquer meios. “O anonimato é garantido”, diz Lage. A adesão do público às pesquisas é boa, muitas vezes acima de 80%, mas ainda temos espaço para melhorar. Em alguns cursos, menos de 50% dos alunos participam dos levantamentos.

Alunos dos cursos de graduação satisfeitos com seus cursos

Fonte: Dados da pesquisa realizada em maio de 2023.

Além disso, as perguntas precisam ser respondidas com transparência. Antes de chegar à UPM, onde lecionou e coordenou o curso de Administração, a professora Maria Lage trabalhou por três décadas como executiva do mercado de tecnologia. A experiência em uma multinacional estadunidense a ajuda na hora de trabalhar as informações com objetividade, orientada para a realização de melhorias. Por isso, é fundamental que as pesquisas sejam preenchidas de forma sincera e que os eventuais problemas existentes sejam colocados. “A cidadania plena envolve ser ouvido e exercer seus direitos, e a participação das pesquisas da CPA é um caminho para esse exercício”, declara.

Com a participação de todos e a escuta ativa da CPA, a UPM tem subsídios para continuar evoluindo. “A contribuição da CPA é reconhecida por todos como um elemento fundamental para a busca contínua por melhorias e o atingimento de melhores indicadores institucionais”, afirma o reitor. A mesma percepção é compartilhada pela professora Maria Lage. “Estamos em um estágio de melhoria contínua. Avaliamos diversos aspectos de nossa universidade, analisamos os dados e encaminhamos feedbacks para onde quer que seja, das coordenações de curso às secretarias. Poucas instituições têm um processo de melhoria contínua efetivo, e hoje esse é o nosso principal objetivo”, sintetiza.

Net Promoter Score (NPS) da UPM na perspectiva dos alunos dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu

Fonte: Dados da pesquisa realizada em maio de 2023.

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