2019 - Fabiana Cerutti Rossetti - Arquitetura e Urbanismo


Como estudante de arquitetura, sempre tive o sonho de estudar na Europa e assim poder visitar obras arquitetônicas de grande referência estudadas durante as aulas. Portanto, desde o início do curso eu já pretendia realizar um intercâmbio. A ideia se tornou mais concreta quando descobri que o Mackenzie obtinha um acordo bilateral com diversas universidades no mundo, dentre elas a Politécnica de Madrid e algumas opções na Alemanha, entre elas Hannover.

O processo de escolha do país/universidade para os quais eu me inscreveria não foi um grande problema para mim. Estudei alemão desde os 10 anos, então essa seria uma ótima oportunidade para pôr o idioma em prática novamente, assim como faria com o espanhol caso fosse aceita em Madrid. Entretanto, decidir qual das duas opções seria a minha primeira foi um pouco mais complicado. Decidi optar por aquela que tivesse mais aspectos em comum com meus ideais profissionais futuros e que, também, poderia me proporcionar diferentes experiências em relação às vividas no Mackenzie. 

A partir de então, comecei o processo para obtenção dos documentos necessários. Contei com a ajuda de alunos que já tinham feito parte do programa de Fluxo Contínuo e professores com os quais me identificava e marcaram minha graduação de certa forma, todos sempre muito solícitos. 

Não fui selecionada para a minha primeira opção, Madrid. Mas para minha feliz surpresa, fui aceita em Hannover. Comecei a pesquisar mais a fundo sobre a cidade e quais outras burocracias seriam necessárias para morar em outro país, como por exemplo, a necessidade do visto. Novamente obtive muito apoio de alunos do Mackenzie que já moravam em Hannover, o que tornou o processo muito mais fácil e tranquilo. 

Além disso, assim que a Universidade de Hannover entrou em contato comigo, pude entrar em contato com o Escritório Internacional, e diversas vezes eles me tranquilizaram sobre diversas dúvidas. Foram também extremamente atenciosos quanto à questão de moradia e me ajudaram a encontrar uma. 

O que mais me encantou na universidade quando cheguei foi a possibilidade de conhecer diferentes culturas e amigos durante um curso intensivo de alemão que durou três semanas. Durante esse período, o setor internacional da universidade realizou diversas atividades promovendo integração entre as pessoas e suas culturas, tais como noites de filme, tours pela cidade, entre outros. E ao conversar com amigos que estavam morando em outras cidades, percebi que não são todas as universidades que realizam tais atividades, portanto era muito mais difícil para eles se integrarem com a cultura dos países nos quais moravam, assim como faltavam-lhes oportunidade para fazer amigos de outras nacionalidades. Além disso, quanto à Faculdade de Arquitetura, apesar de certa dificuldade para realizar algumas matérias em alemão, os professores não se importavam em explicar novamente o conteúdo em inglês caso eu lhes perguntasse, portanto foi relativamente tranquilo o processo de integração e adaptação nas aulas. 

Em relação à cidade, há muito o que se fazer em Hannover, principalmente no que tange esportes ao ar livre, visto que a cidade é repleta de parques e praças. É muito comum que pessoas frequentem as diversas praças durante as tardes, se reúnam com amigos e aproveitem o dia ao ar livre.

­O que eu posso sugerir e indicar para os alunos que desejam realizar um intercâmbio, é que não tenham vergonha em perguntar e tirar dúvidas. É importante entender que são questões diferentes das quais vivemos no Brasil e não há problema em não saber como proceder em relação a elas. Assim como muitas pessoas me ajudaram, tenho certeza que essas também foram ajudadas por outras mais. Além disso, é uma grande oportunidade oferecida por nossa Universidade, tanto em relação à vida profissional, quanto pessoal.

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