“Paçoca, mariola, quindim, Frumelo, doce de abóbora com coco, Bala juquinha, algodão doce, manjar...”
Com certeza você conhece essa música, gosta desses doces, mas não sabe muito sobre confeitaria, certo? A professora do curso de Tecnologia em Gastronomia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Joyce Galvão, conhece bem e resolveu levantar a bandeira em busca de uma identidade para a confeitaria nacional.
Formada em Gastronomia e Engenharia de Alimentos, ela debate o tema em seu site Essência Studio, além de prestar consultorias na área e organizar eventos como a 2ª edição do evento “Compartir”, que aconteceu no dia 16 de setembro. A ideia do encontro foi promover a boa confeitaria em aulas com grandes confeiteiros brasileiros, além de convidar os participantes a compartilhar seus sonhos e conhecimentos a respeito da área. Dessa vez, quatro alunos do curso de Tecnologia em Gastronomia da UPM foram convidados a participar da organização como apoio.
Um debate com o tema “Os novos rumos da confeitaria”, encerrou o evento. Mediado por Carlos Alberto Dória, contou com a presença da jornalista Olivia Fraga, da professora da UPM, Paola Biselli, e dos confeiteiros Henrique Rossanelli e Mariana Dias. Durante o debate, o uso excessivo do açúcar e leite condensado na confeitaria foi questionado por Dória. Aí você deve estar se perguntando: “Mas como assim? ”. Ele explica que o papel do confeiteiro é libertar a doçaria do uso excessivo do açúcar e criar uma nova “educação”, buscando o uso equilibrado do ingrediente.
Para a professora Paola o projeto “Compartir” é importante para conversar sobre as tendências do mercado de confeiteiros no Brasil, debater e mostrar a visão de cada profissional sobre o futuro da área. A coordenadora do curso, professora Camila Landi, destacou a importância de apoiar eventos como esse dentro e fora docampus. “O objetivo do evento vai ao encontro do que buscamos levar diariamente aos nossos alunos. Acreditamos que debates como esses devem ser realizados com frequência para o crescimento desse setor que tanto encanta, mas que demanda muito estudo, pesquisa e conhecimento em sua atividade profissional", concluiu.
A luta de Joyce para melhorar a confeitaria continua. “Poucos restaurantes valorizam o confeiteiro. Na maioria das vezes não sabemos quem criou a sobremesa”, afirma ela. Seguindo a ideia de valorizar a utilização de ingredientes locais e a variedade que temos no país, ela lançará em outubro o livro “Química dos Bolos”, pela Cia. das Letras, um livro para profissionais e amadores que foca nos aspectos químicos da confeitaria.
Parece um assunto sério e pauta só para profissionais, mas calma, todos estão convidados para curtir o mundo dos doces. Se quiser saber mais sobre o projeto é só acessar o Essência Studio.