Pés de uma criança acorrentada
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Mais de 25% das vítimas do tráfico humano são crianças

Tráfico de pessoas é debatido em simulação de Conferência da ONU no colégio Mackenzie

04.09.201818h51 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Mais de 25% das vítimas do tráfico humano são crianças

No Brasil e no mundo, infelizmente, pessoas são traficadas para diversos tipos de exploração, entre eles trabalho escravo, uso de crianças como soldados, casamento forçado, venda de crianças, remoção de órgãos, mendicância forçada e exploração sexual.

Segundo dados do Relatório de 2016 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês), o número de vítimas detectadas em 106 países e territórios entre 2012 e 2014 foi de 63,2 mil. Nenhum país está imune ao tráfico de pessoas. Cerca de 51% das vítimas são mulheres, 21% homens, 20% meninas e 8% meninos, ou seja, mais de 25% das pessoas traficadas são crianças.

O mesmo estudo mostra que os traficantes e as vítimas normalmente vêm do mesmo lugar, falam a mesma língua ou têm a mesma etnia. No relatório, o tráfico humano é considerado a terceira maior atividade criminosa do mundo. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o tráfico de pessoas movimenta cerca de 32 bilhões de dólares por ano.

Foi para refletir sobre essa temática que os alunos do Ensino Médio do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), campus Higienópolis, participaram ativamente da simulação de uma Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), a ConfeMack.

Protagonismo Estudantil

Organizada pelos professores, ConfeMack é um trabalho que incentiva o envolvimento direto dos alunos com as ferramentas de reflexão para o conhecimento. Os estudantes dos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio pesquisam e realizam um debate envolvendo problemáticas mundiais em cima de um tema escolhido pelos professores.

Nesta edição, os alunos tiveram a oportunidade de participar da Conferência como staff, membros de uma delegação, integrantes da mesa que media as discussões ou como social media do evento. A atividade é optativa. “Eles não recebem nenhuma pontuação extra por este projeto, todos que participam estão aqui pela aprendizagem, esse é um projeto pontual que começou a ser trabalhado com um mês de antecedência”, afirma Andréa Valim, coordenadora do Ensino Médio do CPM.

Segundo o professor de Geografia, Vanderlei Zahra, os alunos se envolveram de forma eficiente no projeto deste ano, em especial durante as explicações específicas em sala de aula. A aluna Victoria Cilento, do 2º ano, comentou que além de aprender mais sobre geopolítica, ela conseguiu desenvolver sua fala em público. Não diferente de Gustavo Luiz Silva, que apesar de se considerar tímido, foi presidente da mesa. “Foi algo desafiador e incrível. Os temas da ConfeMack sempre são pertinentes, você aprende muito mais e é algo que vamos levar para o resto da vida”, conta ele.

O professor Zahra explica que a dinâmica dessa atividade faz com os alunos se vejam em um espaço diferente. “Eles estão dentro do Mackenzie, mas fora da sala de aula. Eles trazem para a Conferência o que foi visto em classe com os diferentes professores das áreas de humanas”.

Filiação internacional

A ação é motivada pela própria ONU, que incentiva as escolas a debaterem assuntos globais importantes. “Como o Mackenzie é filiado à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), depois da Conferência é feito um relatório falando da experiência como um todo, o tema sugerido, o porquê de sua escolha e o que foi analisado na atividade em relação ao assunto. É enviado à ONU uma ‘carta de intenção’ na qual constam os principais tópicos sugeridos pelos alunos sobre o tema”, completa Anaqueila Garcia, orientadora educacional do Ensino Médio.