Na foto aparece uma lupa em cima de selos postais

Colecionar selos postais estimula pesquisa

Colégio Mackenzie recebe Reinaldo Macedo, presidente da Sociedade Filatélica do Brasil

31.08.201813h43 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Colecionar selos postais estimula pesquisa

Você já ouviu falar em diversos tipos de coleções, mas sabia que o Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) campus Higienópolis tem um grupo de Filatelia? Sim, o nome diferente e que pode causar estranheza logo de cara nada mais é que o estudo e o ato de colecionar selos postais e materiais relacionados a eles. A atividade, opcional, é direcionada aos alunos do Ensino Fundamental I e II e pode ensinar muito a crianças e adultos. Nessa semana, foi a vez do presidente da Sociedade Filatélica do Brasil, Reinaldo Macedo, visitar os alunos.

Se você pensa que um colecionador só guarda seus itens e pronto, saiba que o ato de colecionar envolve muita pesquisa, discussões, análises, aprendizado e o mais importante: prazer! “Durante os encontros, nós desenvolvemos a criatividade e, em especial, os princípios da atividade de um pesquisador, que deve saber como manusear, escolher e buscar mais informações sobre o material. Quanto às regras da filatelia e conceitos mais consistentes dessa arte, nós sempre chamamos alguém especializado para conversar com os alunos, dar dicas e orientações”, contou Alice Costa, professora do Fundamental II.

A visita

“Comecei a colecionar selos com a mesma idade de vocês! Meu irmão mais velho tinha um caderno com vários selos grudados com durex e achei aquilo tão lindo e interessante que quis continuar, assim, começamos a colecionar os selos postais. Estou nessa ‘brincadeira’ há 45 anos”, disse Macedo no bate-papo com as crianças.

Tanto ele quanto os alunos demonstravam empolgação durante o papo e troca de experiências da conversa. Macedo explorou o interesse delas e seu engajamento com a arte de colecionar selos postais, descobrindo os diversos temas de estudo de cada um. Inúmeros foram citados, desde coleções de países africanos até “coisas do século passado”, como definiu um estudante.

“A primeira coisa importante que eu acredito que todos vocês devem fazer é guardar os selos em um classificador”, sugeriu Macedo e quase que instantaneamente todos os alunos levantaram seus livrinhos de colecionador. “A coleção deve ser guardada no classificador para deixar o selo sempre conservado. E, para evitar que a gordura da mão fique presa no papel dos selos, você deve manuseá-los...”, completava ele quando uma aluna acrescentou, “com a pinça!”.

Durante a conversa, o colecionador, que já expôs em diversos países, explicou para as crianças quais são as duas formas de se fazer uma coleção: a tradicional, na qual se pode escolher um país, por exemplo, e colocar todos os selos já feitos lá; ou a temática, que possibilita que o colecionador escolha um assunto específico de seu interesse e busque todo material que puder sobre aquilo.

“Qualquer coleção que vocês escolherem fazer deve ser para o prazer e satisfação de vocês. O importante é que vocês leiam, vejam a imagem do selo e procurem entender o significado de cada uma. E eu vou insistir de novo: o importante do filatelista é gostar do que faz”, finaliza Macedo.

Como surgiram os selos?

Conforme explicou Macedo, antigamente, quem pagava pela correspondência era o destinatário, sendo cobrado pela distância e pelo peso da correspondência, então pagar por uma carta era muito caro. Dessa forma, as famílias começaram a combinar entre elas alguns sinais. Por exemplo: se do lado de fora na carta estivesse desenhado um “sol”, não era necessário pagar pela carta porque isso significava que estava tudo bem. No entanto, se por fora houvesse uma “bolinha preta”, isso era sinal de que era preciso comprar a carta, pois era uma notícia importante.

Isso levou à seguinte situação, algumas vezes, quando o carteiro entregava a carta, a pessoa recebia, olhava sem abrir e devolvia para o carteiro. A cada correspondência devolvida, no entanto, significava que os correios haviam prestado um serviço sem receber por ele.

Ou seja, para não ter prejuízo, em 1837, a Inglaterra começou a organizar a “Reforma Postal”. Várias coisas foram alteradas no serviço dos correios e uma delas foi que a correspondência seria paga pelo remetente, na origem. “Para isso, era necessária a criação de uma comprovação do que aquele serviço já estava pago, e foi assim que surgiram os selos postais, um comprovante do pagamento”, finalizou o presidente da Sociedade Filatélica do Brasil.