A bola rola e a economia gira

O saldo da Copa Mundo tende a ser positivo, pois uma série de setores se movimenta em decorrência das partidas - especialmente do Brasil.

29.11.202211h00 Vladimir Fernandes Maciel

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A bola rola e a economia gira

Ao fim e ao cabo da ressaca eleitoral, entre expectativas e precificação das futuras medidas do governo eleito, sob o auspício da transição de mandatos, iniciou-se em 20 de novembro a Copa do Mundo de Futebol. 32 seleções disputam no Qatar a taça que representa o ápice do esporte bretão.

O Brasil, que apesar de tudo, continua sendo o país do futebol - mas não necessariamente dos melhores times - vê-se em dúvidas se os dias de partida da seleção canarinho deveriam ser feriados. Afinal, trata-se da “pátria de chuteiras”....um evento "quase cívico". Na economia fica o questionamento se a perda das horas trabalhadas e, portanto, da produtividade, será compensada.

Numa perspectiva ampliada, o saldo da Copa Mundo tende a ser positivo. Isto porque uma série de setores se movimenta em decorrência das partidas - especialmente do Brasil. O primeiro deles é o setor de confecções, calçados e acessórios esportivos. Uniformes das seleções, camisas, bandeiras, bonés, bolas, chuteiras e outros itens sofrem aumento de vendas. No mercado editorial, o álbum da Copa e a febre por troca de figurinhas é outro exemplo.

Além desses setores mais diretos, a venda de televisores e eletrônicos geralmente aumenta. As pessoas desejam assistir a Copa em aparelhos com melhor qualidade de imagem e som. O mesmo vale para as telecomunicações, setor correlato. Cresce a venda de canais por assinatura com programação esportiva e de  planos de dados mais generosos para se acompanhar partidas por aparelhos celular ou pelo computador pessoal.

O setor de publicidade e propaganda tem expansão durante o período. Anunciar a marca nos horários de jogos garante grande exposição. Lançar produtos e promoções especiais no período das partidas pode ser um provável sucesso.

No setor de entretenimento há o crescimento das festas e reuniões em bares e restaurantes para acompanhar os jogos da seleção, as partidas de abertura e as finais da Copa. Aumenta o consumo de alimentos e bebidas durante o período, agregando maior movimentação nos segmentos de bens de consumo não duráveis.

Todavia, a força desse movimento depende do desempenho da própria seleção brasileira. Quanto mais ela avança na competição, mais os torcedores se envolvem e consomem produtos e serviços associados. Resta-nos, portanto, torcer para a seleção chegar à final e ganhar a copa…para nossa satisfação e da economia nacional.