Mackenzie Brasília doa máscaras de proteção completa da face para médicos e enfermeiros do HRAN

Equipamentos protegem os profissionais da saúde no processo de intubação dos pacientes infectados pelo coronavírus

16.04.202009h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Mackenzie Brasília doa máscaras de proteção completa da face para médicos e enfermeiros do HRAN

O Mackenzie Brasília está produzindo máscaras para médicos e enfermeiros do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) em duas impressoras 3D do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília - Internacional (CPMB). Os profissionais da saúde utilizam oEquipamento de Proteção Individual (EPI), batizado de Face Shield, ou escudo do rosto, na etapa de intubação -- procedimento que permite o acesso à traquéia em casos de dificuldade respiratória -- dos pacientes infectados pelo coronavírus. O utensílio oferece mais segurança aos especialistas, protegendo a face por completo, e aumenta a vida útil das chamadas máscaras N95, que cobrem o nariz e a boca (e ficam por baixo do escudo). 

 

Ao todo, 20 máscaras já foram entregues pelo Mackenzie ao hospital. A quantidade consegue suprir a necessidade de quatro salas hospitalares, incluindo Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), os Prontos-Socorros e os Centro Cirúrgicos. Além disso, as Face Shield podem ser esterilizadas com álcool, e podem ser reutilizadas

 

O HRAN faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e recebe a maioria dos casos mais graves provocados pelo covid-19, no Distrito Federal e nas regiões próximas. O hospital foi totalmente esvaziado e passou a atender apenas cidadãos com a doença. Nas próximas semanas, mais máscaras Face Shield serão doadas pelo Mackenzie. 

 

A iniciativa da impressão das máscaras partiu, inicialmente, da professora Marianna Brandão, responsável pelo Science Technology Engineering and Math, o STEMack, atividade extracurricular do CPMB. A professora descobriu no hospital um déficit no número dessas EPIs e encontrou uma forma para começar a resolver a situação. 

 

Marianna participa de um grupo de educadores atuantes nos chamados Espaços Maker. Os professores discutem, juntos, soluções passíveis de projeção e desenvolvimento dentro desses ambientes, a exemplo das máscaras Face Shield. Nas salas Maker, os docentes estimulam os estudantes a construírem saídas criativas, inovadoras e tecnológicas para problemas do cotidiano. Usualmente, as Maker Room são equipadas com  ferramentas multi-uso, impressoras 3D, cortadoras a laser, hardware de programação e computadores de última geração.

 

 “Nesse grupo conseguimos alguns projetos de máscaras em código aberto, ou seja, arquivos que qualquer pessoa pode editar e imprimir na sua própria impressora 3D. Eu trouxe alguns para o Mackenzie para trabalhar uma proposta que atendesse à demanda do hospital”, explicou a docente.

 

“A ideia inicial era utilizar o projeto Makers Contra a Covid-19, mas por questões técnicas e de tempo para a impressão optei pelo projeto Hígia, com uma adaptação sugerida por mim e modelada por um dos nossos estudantes, o Ícaro Ogêda, do 1º ano. Colocamos um terceiro pino de suporte na parte superior e aumentamos o comprimento e a curvatura do suporte de queixo”, disse a professora. 

 

Adaptação

 

Segundo Ícaro, a máscara original possuía uma abertura desproporcional para os lados e a adequação foi feita para resolver o problema. “Colocamos uma modificação na estrutura para ficar mais fechada e mais segura”, contou. “Usei habilidades aprendidas no STEMack, aliadas a alguns conceitos de modelagem 3D que eu já tenho”, continuou Ícaro.

 

Na produção das Face Shield, os arquivos com extensão STL, próprios para impressoras 3D, são impressos, higienizados, acoplados a uma folha de acetato, que representa o Shield (escudo), e na parte posterior do equipamento é instalada uma borracha para a regulagem de tamanho. O tempo de fabricação é de cerca de 1 hora e 40 minutos.  

 

“Eu me sinto muito honrado em ver que posso ajudar com esse projeto da máscara. Vai equipar muitos enfermeiros e médicos que estão na linha de frente, combatendo essa nova pandemia. Além disso, modelagem 3D é uma coisa que adoro fazer, eu me motivei a estudar em casa, não só 3D, mas também várias outras coisas que podem me ajudar no STEMack”, pontuou o Mackenzista. 

 

Mackenzie Brasília

 

A professora Marianna Brandão, que também ministra aulas de Química no CPMB, sublinhou que a produção das máscaras reforça o tipo de educação que é proposta no Colégio, destacando o papel social marcante de uma instituição educacional com 150 anos. 

 

“Nós estamos educando os nossos estudantes para que possam propor alternativas para o futuro, ao mesmo tempo em que apontamos a importância da solidariedade, da humanidade, da compaixão, do esforço e do trabalho duro”, comentou a professora.  

 

“Estamos saindo da quarentena para produzir as máscaras pela questão social envolvida. Pelo compromisso que temos com a nossa fé, com a nossa confessionalidade e com os nossos irmãos nesse momento delicado”, concluiu.

 

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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

MACKENZIE BRASÍLIA

Rafael Querrer

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