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Período de turbulência era necessário, segundo governador de SP

Márcio França esteve no Mackenzie em comemoração aos 65 anos da Faculdade de Direito

16.08.201810h55 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Período de turbulência era necessário, segundo governador de SP

“Como toda tempestade, depois há uma bonança. Era preciso passarmos por esse período de turbulência e falta de credibilidade no voto para atingir outro nível. Nosso desafio agora é rever o formato eleitoral, em especial o formato partidário, que ainda é muito analógico para um povo que é muito digital”.

A declaração é do governador do estado de São Paulo, Márcio França, que esteve no Mackenzie, em 14 de agosto, para participar da palestra "Direito e Instituições Públicas", que ocorreu no auditório Ruy Barbosa, no campus Higienópolis, em comemoração aos 65 anos da Faculdade de Direito (FDir) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

José Inácio Ramos, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), e Marco Túllio de Castro Vasconcelos, vice-reitor da UPM, participaram do evento. Ramos ressaltou a importância da celebração e dos convidados do dia, “que contribuem para um melhor entendimento de nossas instituições públicas, sua intersecção com o Direito e o fortalecimento da democracia em nosso país. A ideia é incentivar a reflexão de nossos jovens para um novo Brasil”, afirma.

O reverendo Valdeci da Silva Santos, chanceler em exercício, realizou a reflexão bíblica antes do início dos trabalhos. França compôs a mesa de debates ao lado do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Carlos Eduardo Cauduro Padin; do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), Manoel de Queiroz Pereira Calças; do presidente da Seção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP), Marcos da Costa; e o desembargador do TJSP e professor do Mackenzie, Luiz Guilherme Costa Wagner Júnior. A professora Regina Barone, coordenadora do curso de Direito da UPM, mediou os trabalhos.

Debate

As discussões do dia envolveram o fortalecimento das instituições públicas, os limites de cada um dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e as crises política e de confiança pela qual o país passa.

De acordo com o governador de SP, não se deve perder a esperança de que o voto possa representar as pessoas. "É notável que o processo político, ultimamente, tem deixado as pessoas muito desanimadas, mas ele tem uma finalidade. O que é preciso é oferecer bases sólidas de informação para que as pessoas possam tomar boas decisões eleitorais”, diz.

Em relação aos pontos de toque dos três Poderes, França, que teve atuação em todos eles, afirma que têm características de harmonia, mas é preciso ter bom senso para que as interferências sejam benéficas e não dificultem o trabalho, buscando o melhor para o país e para a população. “Infelizmente, isso nem sempre ocorre e o formato de algumas decisões do Judiciário, por exemplo, interferem no orçamento do Executivo sem considerar o quadro completo. No entanto, com uma boa relação, é possível encontrar soluções para questões que parecem insolúveis”, pontua.

Como governador há mais de 100 dias, França destaca que a principal dificuldade do estado é criar oportunidades e reanimar as pessoas. “É preciso liderança, experiência e vivência”, finaliza.