O avanço lento da liberdade econômica no Brasil

Liberdade econômica global em ligeira alta – Brasil ocupa a posição 105 de162, porém avançou apenas uma posição no ranking

17.11.202009h45 Centro Mackenzie de Liberdade Econômica

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O avanço lento da liberdade econômica no Brasil

O Brasil ocupa posição 105 entre 162 países e territórios incluídos no Economic Freedom of the World: 2020 Annual Report disponibilizado por meio do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica em conjunto com o Fraser Institute do Canadá. No ano passado, o Brasil ficou em posição 134. No ano passado, o Brasil ficou na posição 106.

Hong Kong e Cingapura estão novamente no topo do índice, continuando trajetória como 1º e 2º, respectivamente. Nova Zelândia, Suíça, Estados Unidos, Austrália, Ilhas Maurício, Geórgia, Canadá e Irlanda completam o top 10.

O relatório, baseado em dados de 2018 (os dados comparáveis mais recentes), adverte que os eventos recentes em Hong Kong provavelmente farão com que sua pontuação caia à medida que os dados se tornarem disponíveis para 2019 e 2020. "A intromissão no Estado de Direito, a fundação da liberdade econômica, pelo Partido Comunista Chinês está afetando negativamente a liberdade econômica em Hong Kong”, afirmou Fred McMahon, da cátedra Dr. Michael A. Walker e Diretor de Pesquisa em Liberdade Econômica do Fraser Institute.

O relatório foi preparado por James Gwartney, da Florida State University; Robert A. Lawson e Ryan Murphy, da Southern Methodist University; e Joshua Hall, West Virginia University. O índice mede a liberdade econômica (níveis de escolha pessoal, capacidade de competir nos mercados, segurança da propriedade privada, Estado de Direito, etc.) analisando as políticas e instituições de 162  países e territórios.

Os 10 países de menor desempenho são República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Zimbábue, República do Congo, Argélia, Irã, Angola, Líbia, Sudão e Venezuela. Ditaduras como a Coreia do Norte e Cuba, não podem ser classificados por falta de dados.

No ranking constam Japão (20º), Alemanha (21º), Portugal (43º), Suécia (46º), Itália (51º), França (58º), México (68º), Rússia (89º), África do Sul (90º), Índia (105º) e China (124º).

De acordo com pesquisas das principais revistas acadêmicas, as pessoas que vivem em países com altos níveis de liberdade econômica desfrutam de maior prosperidade, maiores liberdades políticas e civis e maiores expectativas de vidas. Por exemplo, os países do quartil superior da liberdade econômica tiveram um PIB per capita médio de US$ 44.198 em 2018, em comparação com US$ 5.754 para os países no quartil inferior.

Além disso, no quartil superior, o rendimento médio dos 10% mais pobres foi de US $ 12.293 em comparação com US $ 1.558 no quartil inferior. Curiosamente, a renda média dos 10% mais pobres  nos países mais livres economicamente é mais do que o dobro da renda per-capita nos países menos livres.

"Onde as pessoas são livres para buscar suas próprias oportunidades e fazer suas próprias escolhas, elas levam vidas mais prósperas, felizes e saudáveis", conclui McMahon.  

O Fraser Institute produz o relatório anual Liberdade Econômica do Mundo em cooperação com a Economic Freedom Network, um grupo de institutos independentes de pesquisa e educação em quase 100 países e territórios, do qual o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica faz parte. É a principal medida mundial de liberdade econômica, medindo e classificando países em cinco áreas: tamanho do governo, estrutura legal e segurança dos direitos de propriedade, acesso a moeda estável, liberdade de comércio internacional e regulamentação de crédito, trabalho e negócios. 
Veja o relatório completo em www.fraserinstitute.org/economic-freedom

O Brasil pontuou nos principais componentes da liberdade econômica (de 0 a 10, onde o valor mais alto indica maior nível de liberdade econômica) da seguinte forma: 

  • Tamanho do governo: subiu para 6,86 ante 6,85 no relatório do ano passado
  • Sistema jurídico e direitos de propriedade: caiu para 5,02 ante 5,11
  • Credibilidade monetária: subiu para 9,36 ante 9,31
  • Liberdade para negociar internacionalmente: manteve 6,84 como no ano anterior
  • Regulação de crédito, trabalho e negócios: subiu para 4,77 ante 4,56

Segundo Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica “O Brasil mostrou perda de ritmo em sua recuperação. Mantivemos posição praticamente igual ao ano anterior e não consigamos ainda retomar as posições que tínhamos antes de 2013. Em outras palavras: a liberdade econômica tem se recuperado muito lentamente no país. Há muito por fazer para que o nosso ambiente de negócios floresça e a população seja próspera, como as reformas econômicas tão comentadas pela imprensa e pelos analistas econômicos”.

Sobre o Índice de Liberdade Econômica Mundial (EFW) 
Economic Freedom of the World mede o grau em que as políticas e instituições dos países apoiam e conduzem à liberdade econômica. A publicação deste ano tratou de 162 países e territórios. O relatório também atualiza dados em relatórios anteriores, nos casos em que houver revisão nas fontes – como ocorrido neste ano de 2020.

Para mais informações sobre a Economic Freedom Network, conjuntos de dados e relatórios anteriores sobre Liberdade Econômica do Mundo, visite http://www.fraserinstitute.org   

E você pode "curtir" a Rede de Liberdade Econômica no Facebook em www.facebook.com/EconomicFreedomNetwork 

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Sobre o Centro
Completando quatro anos em 2020, o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica é um think-tank liberal acadêmico, único no Brasil baseado em uma Universidade. É uma iniciativa do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) junto à Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Mais informações CLICANDO AQUI.

Sobre o Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segunda a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.