Da esquerda para a direita: Lourival Gomes, Benedito Guimarães Aguiar Neto, Jóse Inácio Ramos, Fernando Gomes de Moraes e Marco Tullio Vasconcelos .
Ética e Cidadania

Mackenzie, Funap e SAP firmam contrato de cooperação na modalidade Educação a Distância

A parceria beneficiará as unidades prisionais de regime semiaberto

05.12.201815h32 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Mackenzie, Funap e SAP firmam contrato de cooperação na modalidade Educação a Distância

Um projeto inovador que atende à missão da instituição, que é levar educação a todos os cantos do país. Esse é o objetivo do acordo firmado entre o Mackenzie, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária – SAP/SP e a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel – FUNAP. Nele, serão viabilizados cursos tecnológicos na modalidade Educação a Distância à população carcerária feminina, lotada em unidades prisionais de regime semiaberto, estimulando a inclusão social de residentes deste sistema prisional.

Para o reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Benedito Guimarães Aguiar Neto, o projeto não se limita apenas a ministrar aulas, mas o sistema em que ele será oferecido é diferenciado. “Há todo um apoio para que seja um sucesso tanto nas aulas como também no aproveitamento do processo de ensino e aprendizagem. Para que isso seja possível, demandamos pessoas de várias unidades acadêmicas, notadamente do CCSA, nosso Centro de Ciências Sociais Aplicadas, nossa Faculdade de Direito e do CCBS, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde”.

Os cursos ofertados são de Marketing, Gestão Comercial e Gestão de RH, terão carga horária de 1.600 horas (4 semestres), com um encontro presencial semanal de 3 horas de duração para 15 alunas no Centro de Progressão Penitenciária Feminino do Butantã, localizado na cidade de São Paulo. A UPM ministrará os cursos e fornecerá o material didático necessário, de forma integral e sem custos às participantes ou seus familiares, realizando a emissão dos respectivos certificados ao final dos cursos. O acordo terá a vigência de 25 meses, a contar da data da publicação, podendo ser prorrogado ao final do período.

O presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, José Inácio Ramos destacou o cunho inovador do projeto. “É um pontapé inicial, que esperamos crie braços Brasil afora para que possamos atender a essa comunidade, levando educação e levando oportunidades para a inserção no mercado de trabalho. O Mackenzie há 148 anos é o que sabe fazer de melhor, levar Educação com qualidade”.

No evento, o diretor da FUNAP, Fernando Gomes de Moraes explicou que a Fundação é responsável por executar políticas públicas, ofertando qualificação e educação para as pessoas que estão em privação de liberdade. “Temos um papel importante dentro do sistema prisional, porque buscamos humanizar a pena, dando a oportunidade para que essas pessoas que têm o seu ir e vir limitados continuem sonhando com novas alternativas e novas possibilidades, dando a elas o direito, como seres humanos, independente do cárcere, de despertarem talentos, dons e habilidades”. Essa também foi a ênfase dada pelo secretário do Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, ao agradecer o empenho de todos na parceria. “Muitos procuram se afastar e quando temos essa proximidade é um momento de alegria para todos os envolvidos. Nossa população carcerária é de cerca de 231 mil pessoas e 5% dela são mulheres, isto é, cerca de 11 mil mulheres presas buscam a oportunidade de não reincidir e voltar ao convívio da sociedade. Esse projeto busca exatamente isso, reintegrar e abrir portas”.

O vice-reitor da UPM, Marco Tullio Vasconcelos, também presente no evento, explicou o processo que envolverá essas 15 detentas. “Elas virão aqui durante um dia por semana, o governo do Estado apoiará com passagem, alimentação, e nós colocaremos a infraestrutura do nosso centro de Educação a Distância à disposição delas, não somente com um treinamento pedagógico, mas também psicológico e jurídico. Há uma participação de três centros acadêmicos que visam dar essa segurança de que essas pessoas cheguem até o final. São dois anos dos quais elas serão monitoradas para que possam concluir o curso e tenham sucesso no mercado de trabalho. Esse projeto tem um impacto social importantíssimo, consideramos que é missional e temos tudo para abençoar a vida dessas pessoas”, finalizou.