Brasil ganha o primeiro centro de pesquisas em Grafeno da América Latina

01.03.201617h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Brasil ganha o primeiro centro de pesquisas em Grafeno da América Latina

Atualmente, a tecnologia é mais do que necessária à rotina do ser humano. Smartphones, tablets, motores híbridos, TVs de ultradefinição, miniprojetores e casas inteligentes são traços da modernidade já presentes em todos os aspectos do dia a dia. E sempre em constante mudança.

Agora, imagine todas essas amplas possibilidades acrescidas de uma vantagem, como o uso de matéria-prima cuja resistência é 200 vezes superior à do aço, praticamente transparente, impermeável e flexível. Isso fará parte da rotina de todos no Planeta até a próxima década, graças ao grafeno. Este material – comparado ao silício – propiciará avanços científicos e tecnológicos sem precedentes.

Essa realidade tecnológica passa a fazer parte da vida dos brasileiros, com a inauguração do primeiro Centro de Pesquisa Avançadas em Grafeno da América Latina, o MackGraphe, construído pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Será entregue à comunidade científica no próximo dia 2 de março, no campus Higienópolis (Rua Itambé, em São Paulo).

A solenidade contará com a participação dos gestores do Mackenzie, presidente e integrantes do seu Conselho Deliberativo, reitor e diretores da Instituição. Já confirmaram presença autoridades dos governos Federal e do Estado, órgãos de fomento e pesquisa e comunidade acadêmica. O evento terá a presença do Prêmio Nobel de Física 2010, o físico russo Sir André Geim, e do brasileiro Antonio Hélio de Castro Neto, físico e atual diretor da Centre for Advanced 2D Materials da National University of Singapore e professor visitante do MackGraphe.

Mesmo com a retração econômica no País, o Mackenzie já investiu R$ 100 milhões nesse promissor ramo de pesquisa, nos últimos dois anos. O empreendimento terá grande influência no campo da engenharia aplicada e da inovação tecnológica. O edifício conta com área superior a quatro mil metros quadrados, distribuídos em nove pavimentos (sete andares e dois subsolos). Além dos laboratórios com equipamentos de ponta, os 15 pesquisadores envolvidos nos projetos de pesquisas de grafeno e materiais bidimensionais têm à disposição uma sala limpa “Classe 1.000”, com 200 metros quadrados (área com controle de partículas), que mantém o ambiente extremamente higienizado, para não prejudicar os experimentos.

Com status de material mais resistente e fino do Planeta, além de um excelente condutor de eletricidade e calor, o grafeno é o futuro da tecnologia mundial, com potencial de movimentar um mercado de US$ 1 trilhão em vários setores: defesa, eletroeletrônicos, semicondutores, produtos como plástico ou látex, televisões e smartphones, com displays flexíveis e transparentes. Além disso, estudos recentes revelam que o material também pode ser utilizado na filtragem de água.