O mapa mental como dinâmica de ensino

06.08.202011h58 Comunicação - Marketing Mackenzie

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O mapa mental como dinâmica de ensino

Julia Maurmann Ximenes*

 

A pandemia do COVIDO-19 desencadeou inúmeros desafios para os professores dos diferentes níveis de ensino: do fundamental a pós-graduação. Apesar da diversidade de ferramentas tecnológicas disponíveis, o professor ainda precisa considerar a presença de um importante rival na empreitada de cativar a atenção do aluno: o ambiente residencial e suas inúmeras distrações. 

 

Neste sentido, o desafio do professor passa pela criação: utilizar estratégias que motivem os alunos a assistirem a aula, a se comprometerem com as atividades e a aprenderem com significado. 

 

Neste pequeno ensaio apresentarei uma ferramenta que utilizei recentemente e que apresentou excelente resultado: o mapa mental. Apesar da experiência ter sido em um curso de capacitação de profissionais, penso que a proposta pode ser replicada em outros contextos, pois é uma dinâmica que mobiliza os alunos em busca de significado para o conteúdo ministrado.

 

O mapa mental é um diagrama indicando relações entre conceitos, variáveis, palavras, atores, imagens, números e tudo que para o seu autor esteja relacionado ao tema central. Não são necessariamente hierárquicos, mas sim fruto da compreensão do seu autor sobre um determinado tema, do aprender significativo do aluno.

 

Isto porque quando o aluno não tem relação com o conteúdo ministrado a partir de conhecimentos preexistentes, a aprendizagem é mecânica, decorada.

 

Já a aprendizagem significativa acarreta um conhecimento com significado e compreensão, adquirida por interação com conhecimentos prévios relevantes.¹

 

Assim, o mapa mental, atrelado a uma situação profissional do aluno permite que ele, a partir de conhecimentos prévios, aponte a relação entre conceitos e variáveis e a situação problematizada para a construção do mapa mental.

 

Neste sentido, o mapa mental permite aproximar a teoria da prática – uma recorrente demanda de alunos de cursos de pós-graduação lato sensu e de cursos de capacitação. O aluno destes cursos busca aprofundar seus conhecimentos profissionais, almeja aprender como lidar com situações profissionais adversas. O mapa mental permite que as diferentes experiências na atuação profissional possam refletir na compreensão dos conceitos trabalhados a partir da análise de um tema ou problematização.

 

E como apresentar o mapa mental e discuti-lo no contexto de aulas on line?

 

Aqui uma tecnologia a nosso favor – os murais virtuais. Ao postar o respectivo mapa mental, cada aluno pode compartilhar a tela e apresenta-lo para os demais, demonstrando o significado atribuído em cada relação feita no mapa mental. 

 

No debate a autonomia do aluno passa a ser a tônica – não existe mapa mental certo ou errado. Ele é construído a partir da experiência de cada aluno, da compreensão que este teve sobre os conceitos e conteúdo ministrado nas aulas. 

 

Assim, uma única estratégia permite ultrapassar a aprendizagem mecânica (sem significado) e ainda incluir a experimentação na aula, aproximando teoria e prática.

 

Portanto, a proposta é permitir que alunos se manifestem a partir das suas compreensões profissionais, o que pode ainda trazer um alívio em tempos de incertezas.

 

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¹ Para conhecer mais sobre a aprendizagem significativa no Brasil pesquisa as várias publicações de Marco Antonio Moreira, como Mapas Conceituais e aprendizagem significativa, Centauro, 2010.

 

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Julia Maurmann Ximenes é Advogada, doutora em Sociologia Política, Pós-Doutora em Direito, Coordenadora da Pós-Graduação e Extensão da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, Professora Colaboradora na Escola Nacional de Administração Pública.

 

 

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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
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