FPMB recebe evento de Simulação da Organização das Nações Unidas - ONU

FPMB recebe evento de Simulação da Organização das Nações Unidas - ONU

18.07.201909h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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FPMB recebe evento de Simulação da Organização das Nações Unidas - ONU

Evento abriu espaço para debates que fogem da agenda de outras Simulações e tangem questões e fatos importantes na história do Brasil e do mundo. Comitês e reuniões funcionaram até o dia 20 de julho. Participantes receberão certificado com carimbo da ONU

A Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FPMB) recebeu, de 17 a 20 de julho, em seu auditório e nas salas de aula da instituição, o evento “Simulação de Organismos Internacionais Independentes (SOI²) - Retomar o passado para estruturar o Futuro”.  Chancelada e certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a primeira edição do encontro reuniu estudantes de todo o Distrito Federal e também de outros estados para uma Simulação de Conferências da ONU - Modelos das Nações Unidas (MUN) diferente, abordando temáticas que não acompanham o roteiro tradicional.

 

Ao todo, 110 delegados participaram dos comitês simulados que levantaram questões como a “Conferência do Rio de Janeiro, em 1942”, que reuniu países aliados, durante a Segunda Guerra Mundial, para que fosse oficializado o rompimento do grupo de países com o “Eixo”, representado pela Alemanha, Japão e Itália; a “Liberdade de Imprensa à Flor da Pele”, sobre o papel do jornalismo na promoção de reflexões sociais e questionamentos importantes para a sociedade; e o “Gabinete Presidencial de Jânio Quadros”, a respeito da figura e das ações políticas do ex-presidente da República, revisitando a história do Brasil em um período conturbado. 

 

“Os participantes foram delegados que representaram um País para debater um tópico específico, defendendo as visões pertinentes à política externa daquela região. Então, foi preciso defender, perante outros estudantes, também delegados, pontos de vista que muitas vezes não eram os pessoais daqueles estudantes. É aí que o aspecto pedagógico é trabalhado de diversos pontos diferentes”, explica um dos organizadores do evento, Erik Novak, recém graduado da Escola Americana do Rio de Janeiro. 

 

Na proposta de uma simulação, os estudantes interagem entre si, discutindo temas pré-definidos e abrindo espaço para aprenderem mais sobre diplomacia, relações internacionais e organizações transnacionais. Durante as reuniões, os participantes debatem com os países daquele comitê possíveis ações e propostas relacionadas ao assunto em pauta. 

 

Os participantes realizam pesquisas sobre problemáticas reais enfrentadas pelos seus países em diversos setores, como cultura, geografia, economia, política, direito e história, a fim de formular as resoluções finais. Assim, os estudantes são desafiados a irem além das suas visões pessoais de mundo e comunicar aos outros delegados os interesses do país que estão representando. Estima-se que existam mais de mil simulações, por ano, ao redor do mundo.

 

Simulação diferenciada

 

Segundo Novak, a escolha de temas pouco ortodoxos, se comparados ao que outras MUN´s oferecem em seus comitês, como “segurança”, “direitos humanos”, “economia”, “social”, representa duas das três principais características díspares apresentadas pelo SOI². “O primeiro é que tivemos foco em comitês originais e inovadores. O comitê do Jânio todo mundo quer, por exemplo, mas nenhuma simulação tem. Então, procuramos, com 

senso crítico, por temas engajantes, originais, ímpares e sensíveis”, comenta.

 

“O segundo pilar é o da independência editorial, que nos foi assegurada pelo Mackenzie. São apaixonados por essa atividade e estão nos incentivando bastante. Eles também acreditam na independência da organização do projeto. Eles cederam a estrutura, mas nós tomamos as decisões acadêmicas. Existem várias outras simulações de excelente qualidade, mas uma grande parte tende a ser genérica. Nós queremos que a nossa tenha um sabor único, que seja memorável”, acrescenta.

 

O terceiro pilar, de acordo com o estudante, é o da transparência fiscal. Novak acredita que os demais Modelos de Nações Unidas não garantem aos participantes total acesso a informações relacionadas à gestão dos recursos. “Não sabemos como são usados. Temos simulações custando R$ 150, para 600 pessoas, mas que não explicam como esse recurso é usado, o que gera no delegado um sentimento de impotência”, criticou. A ideia do grupo organizador da SOI² foi o de diminuir o valor de inscrição (R$ 65) para permitir a participação de pessoas com menos recursos. “Além disso, otimizamos a transparência para que saibam como e com o quê estamos utilizando o seu dinheiro”, explica.

 

O “Secretariado Sênior” da SOI², que é o time responsável pela organização do evento se divide em duas equipes. A “Coordenação Acadêmica” tem Luca Cechinel, aluno da escola Britânica do Rio de Janeiro, e Luiz Buscariolli, estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Brasília e Secretário Acadêmico do SOI². A “Coordenação Administrativa” conta, além de Erik Novak, com Eduardo Koranyi, da Escola Britânica do Rio de Janeiro e diretor de Operações de Brazil Model United Nations (BRAMUN), e Lucas Spezia Justen, estudante da Escola Americana de Brasília. 

 

O projeto nasceu pela iniciativa de Buscariolli, Cechinel e Novak, que montaram um comitê para sugerir a uma simulação, mas receberam uma negativa à proposta. “Ficamos decepcionados, mas aí pensamos em criar uma simulação diferente, que aborda outros debates. Pensamos que Brasília seria o melhor lugar, Brasília tem, por ser a Capital do País e abrigar o centro de decisões políticas, um ambiente mais propício ao debate. É nesta cidade que está a maior quantidade de pessoas que participam de simulações da ONU no ensino médio e superior, per capita, por exemplo”, argumenta. 

 

Conforme projetam os organizadores, a ideia é que o SOI² chegue a 500 participantes nos próximos anos. “É uma simulação diferente do que a gente encontra em outras. Temos delegados de primeira viagem participando, o que é excelente, mas ela vai começar a chamar a atenção de quem já participa desse tipo de evento há algum tempo e está à procura de algo diferente”, diz Novak. “E, hoje, mais do que nunca, o entendimento de Relações Internacionais é muito importante para entender o que acontece ao nosso redor, na medida em que o mundo vai ficando cada vez mais globalizado, mais conectado. É importante entendermos e termos posições sobre o que acontece ao nosso redor”, conclui.

 

Diplomáticas

 

As simulações diplomáticas foram iniciadas na forma de simulações da Sociedade das Nações (League of Nations) na década de 1920. Tais eventos evoluíram e passaram a simular a ONU por volta da fundação da entidade, em 1945, e subsequente extinção da Sociedade das Nações,em 1946.

 

Uma das primeiras MUN’s notáveis foi a St. Lawrence University Model UN, em 1949, seguida por conferências americanas como a Berkeley Model United Nations (BMUN), Harvard Model United Nations (HMUN) e National Model United Nations (NMUN). As simulações existentes no Brasil são normalmente conduzidas usando procedimentos baseados em conferências como essas. 

 

Em 1968, a prevalência das simulações na Europa foi solidificada com a THIMUN, acrônimo para The Hague International Model United Nations, uma conferência que cria a base para os modelos europeus, com mais de 3.200 alunos participando.

 

Atualmente, os modelos têm prevalência internacional e criaram-se diversos procedimentos. Recentemente, comitês de crise e simulações históricas ganharam força rem relação a simulações mais tradicionais. Famosos que participaram em MUN incluem Ban Ki-moon, Barack Obama,Chelsea Clinton, Samuel L. Jackson, Guilherme Alexandre dos Países Baixos e George Stephanopoulos; entre muitos outros.

 

Assessoria de Comunicação

Mackenzie - Unidade Brasília

Rafael Querrer 

rafael.querrer@viveiros.com.br

(61) 3521 - 9098