Equipe de robótica do Mackenzie se prepara para maratona de campeonatos no segundo semestre

Equipe de robótica do Mackenzie se prepara para maratona de campeonatos no segundo semestre

16.07.201909h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Equipe de robótica do Mackenzie se prepara para maratona de campeonatos no segundo semestre

Primeiro desafio é o campeonato regional, mas ambição do time é chegar ao torneio nacional, em outubro. Preparação passa pela construção de um novo robô para as competições

 

A equipe formada por alunos do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília (CPMB) participará, no dia 24 de agosto, da modalidade regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Os estudantes competirão no Centro de Educação Profissional Articulado do Guará (CEPAG) por mais um título regional, além da chance de, mais uma vez, representar o Distrito Federal (DF) no campeonato nacional de robótica. Ao todo, o Mackenzie já acumula 12 títulos regionais e 3 títulos nacionais, das 13 edições do evento realizadas até agora. O Colégio ainda tem na estante um torneio mundial, vestindo a camisa do Brasil. Neste ano, o time estará ainda mais competitivo com um robô novo, elaborado com inovações tecnológicas para atingir o protagonismo em todas as disputas. 

 

A fase da Olimpíada a ser disputada no CEPAG é a segunda. A competição ocorrerá por meio de uma prova teórica. O exame, segundo o próprio material de divulgação da OBR, aborda problemas na temática de robótica que possam ser solucionados a partir de ferramentas e conceitos compreendidos no currículo escolar básico, como ciências, matemática e linguagens.As notas do exame são calculadas pelo Sistema Olimpo, primeiro sistema eletrônico brasileiro voltado exclusivamente para o gerenciamento de Olimpíadas e competições científicas, utilizado pela OBR para determinar o ranking do torneio. Participam dessa etapa alunos selecionados pela instituição e que compõem as turmas de robótica do CPMB. O curso, extracurricular, é oferecido a todos os estudantes do Colégio.

 

A primeira fase foi disputada em junho, no dia 7, também em uma prova teórica. Na ocasião, todos os alunos do CPMB participaram. “Foi uma forma de encontrarmos novos talentos”, explicou a professora Lucilene Campanholo, coordenadora de Informática Educacional do CPMB e responsável por coordenar a robótica. Assim como na fase posterior, o Sistema Olimpo aponta os medalhistas. “De toda forma, premiamos todos pela participação”, acrescentou. A estimativa, até o fechamento dessa edição, era a de que pelo menos 63 alunos do Colégio alcançaram notas para medalhar na primeira etapa da OBR. “Significa que temos muitos valores potenciais em nossas salas de aula e queremos explorar isso, por isso a importância de aplicar a prova a todos”, completou Campanholo. 

 

Após essas duas primeiras fases, a seleção de robótica do CPMB passa para a etapa prática, que tem previsão de ocorrer até setembro.Nela, os robôs competem na modalidade “resgate”. A prova é uma das categorias do campeonato mundial e é a escolhida para os torneios, no Brasil, pelo fato de ser a única da competição internacional a acolher estudantes da educação básica. O torneio entre países, via de regra, só tem disputas para graduandos. No confronto, as máquinas são colocadas em um ambiente de “desastre hostil” e devem resgatar vítimas sem interferência humana. Elas precisam driblar obstáculos e circular por caminhos não-lineares para recolher pequenas bolas que representam as vidas e os corpos a serem resgatados. 

 

Na prática, o robô deve, depois de vencer os desafios físicos do trajeto, recolher primeiro as bolas que indicam pessoas com vida e depois as que simulam corpos de pessoas mortas. O desempenho é avaliado a partir da pontuação acumulada na arena: desvios, escolha do melhor caminho, obstáculos, rampas, gaps na linha que indica a rota perseguida pelo robô e o resgate de vítimas. Após 3 tentativas,os juízes registram pontuações e as duas melhores notas de cada time determinam o campeão. 

 

Os vencedores passam para o torneio nacional, levantando a bandeira do Estado de origem. Nesse ano, a etapa nacional ocorrerá em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, de 22 a 26 de outubro. A expectativa é a de que o CPMB vença as etapas regional e nacional para, mais uma vez, ter a chance de trazer o título mundial para o Brasil. Os alunos e a equipe técnica estão preparando surpresas para o campeonato.

 

“Nesse ano, nosso robô está muito melhor que nos anos anteriores, em que fomos campeões. Foi todo redesenhado e reconstruído pelos alunos com peças feitas na impressora 3D e também com lego, para atender às necessidades da competição. Não pegamos nada pronto, tudo foi feito do zero, sob medida. Estamos usando tecnologias novas e muito modernas. Então, a expectativa é de acrescentarmos mais títulos às nossas estantes. Levaremos esse robô para o regional e também, se for o caso, para o nacional e para o mundial, com adaptações para um torneio desse porte”, explicou a professora. 

 

O Mackenzie tem dois times no ensino médio e dois times no ensino fundamental. Ambas as equipes participam das competições regional e nacional, com provas diferentes para as categorias, mas apenas a equipe do ensino médio, com mais idade, pode participar do mundial. 

 

Olimpíada 

 

Material de divulgação OBR*

 

As olimpíadas científicas são uma iniciativa para a popularização e difusão da ciência e tecnologia junto aos jovens utilizada em praticamente todo o mundo. Além da difusão, as olimpíadas realizam muitas outras atividades e, em muitos casos são também atores no processo de atualização dos professores e escolas. Duas das mais importantes são a Science Olympiad, realizada nos EUA, desde 1983, e a European Union Science Olympiad, realizada em toda a União Europeia desde 2003.

 

As olimpíadas científicas tiveram seu início no Brasil em 1978. Desde 2002, no entanto, o poder público passou a apoiar oficialmente essas iniciativas através de edital público. Trata-se de uma iniciativa pública, sem fins lucrativos, suportada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com apoio do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Nos últimos anos, diversas olimpíadas são suportadas pelo CNPq, dentre elas as Olimpíadas Científicas de Física, Robótica, História e Astronomia. Essas olimpíadas possuem um objetivo comum estabelecido por edital.

 

Por que uma Olimpíada de Robótica?

 

Material de divulgação OBR*

 

Há dois pontos de vista sob os quais responder a esta pergunta: com foco na ferramenta educacional ou com foco no tipo de recurso humano formado. Em primeiro lugar, a robótica e a automação são áreas estratégicas para o país no caminho para o seu desenvolvimento. A robótica tende a se tornar uma das dez maiores áreas de pesquisa na próxima década.

 

Apesar de ser uma área em franca expansão no mundo, o Brasil tem se situado de forma marginal nessa área, arriscando-se a perder um imenso potencial para a geração de empregos, técnicas, tecnologias e produtos devido, principalmente, à falta de incentivo para a formação de recursos humanos na área. Além de praticamente não produzir robôs em território nacional, o Brasil também não possui uma cultura que estimule uma maior utilização de tecnologias robóticas no parque tecnológico ou mesmo nas residências.

 

Divulgar a robótica, suas aplicações, possibilidades, produtos e tendências é uma forma de também estimular a formação de uma cultura associada ao tema tecnológico, proporcionando a formação de um cidadão que se relacione melhor com a tecnologia e também a formação de um mercado consumidor consciente e, portanto, exigente para produtos tecnológicos no país nos próximos anos.

 

Sob o ponto de vista do ferramental tecnológico para educação, a robótica é uma tecnologia emergente que tem se tornado elemento praticamente obrigatório nas escolas modernas devido à sua possibilidade de atuação em diversas dimensões. A temática associada aos robôs – representantes inatos das novas tecnologias no imaginário do jovem da atualidade – tem mostrado grande aceitação pelos mesmos. 

 

Mais do que isso, essa temática tem propiciado o surgimento de um novo leque de atividades práticas construtivas: kits robóticos têm sido frequentemente utilizados em escolas de ensino fundamental a universidades, com excelentes resultados em todos os níveis em termos de mudança de paradigma para o aprendizado baseado na experimentação, trabalho em grupo e motivação do corpo discente. 

 

Interessantes experiências têm demonstrado que a robótica pode atuar como inclusora, não apenas digitalmente ou tecnologicamente, mas socialmente, levando estudantes a se integrarem de maneira efetiva à sua comunidade escolar e à sociedade. Mais do que isso, a robótica tem sido utilizada como ferramenta para o ensino de conteúdos transversais, tais como ciências, física, matemática, geografia, história e até mesmo português.

 

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Assessoria de Comunicação

Mackenzie - Unidade Brasília

Rafael Querrer 

rafael.querrer@viveiros.com.br

(61) 3521 - 9098