Presidente e vice eleitos no Mackenzie

“Se nos omitirmos, de uma maneira ou de outra, vamos acabar sendo governados por aqueles que não escolhemos”, afirmou o desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Paulo Sérgio Brant de Carvalho Galizia, em conversa com os alunos do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) sobre a importância da participação nos processos políticos do país.

A visita do desembargador ao campus Higienópolis do Mackenzie aconteceu durante o evento de diplomação dos alunos Pedro Valim, presidente, e Amanda Gargalaca, vice-presidente, ao final do processo eleitoral do Fundamental II, do CPM. Os candidatos foram escolhidos pelo restante dos estudantes, mais de 700, que vivenciaram, na prática, todo o processo eleitoral nos últimos meses, com campanhas, debates e a eleição efetivamente. O projeto foi realizado pelo Colégio em conjunto com a Escola Judiciária Eleitoral Paulista (EJEP-SP).

O diretor de Educação Básica do CPM, Solano Portela, elogiou a participação dos alunos, professores, coordenadores e direção da escola durante o programa educacional, além de frisar a relevância de se discutir a questão política desde cedo. “O envolvimento dos estudantes não engloba só a participação como candidato. No momento em que você vota, você está expondo uma ideia, defendendo uma posição. Com isso, também está se envolvendo politicamente”, explicou Portela.

O evento fechou um ciclo de três meses de trabalho dos alunos no qual “aprenderam sobre estruturas de partidos políticos, realização de campanhas e também a como montar suas propostas de governo”, explicou Ricardo Peres, professor de História do colégio.

Durante os discursos de posse, Pedro Valim agradeceu a presença de todos e ao professor  Peres em especial, que organizou o projeto. “Junto à Amanda Gargalaca, pretendo realizar um excelente trabalho para tornar o Mackenzie cada vez melhor”.

A vice-presidente se mostrou feliz com a iniciativa e agradeceu aos seus colegas apoiadores da campanha. “Esse projeto nos uniu ainda mais. Além disso, nos ensinou muito sobre como é votar e escolher a pessoa certa para nos representar. Quero agradecer ao Mackenzie por dar a oportunidade de termos essa voz”, disse ela durante seu discurso.

Projeto Pedagógico

A ideia surgiu do debate em sala de aula sobre corrupção e fraudes eleitorais no início da República Brasileira. O projeto foi montado para que alunos do 5º ao 9º ano tivessem a oportunidade de eleger um presidente que os representasse nas decisões de melhorias da escola junto à Direção do CPM.

O projeto envolveu cerca 760 estudantes e propiciou a experiência de todo o processo eleitoral, desde a criação de um partido, passando pela campanha, visitação ao TRE-SP, bate-papo com o presidente da instituição, desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin, até chegar, enfim, às votações com urnas originárias do TRE.